quarta-feira, novembro 25, 2009

Misunderstood

 
É verdade que a vida nos embrutece. É verdade que tenho a mania de fazer tudo correcto de não falhar e ponho as coisas em prática com rigor. Mas isso não dá o direito às pessoas de interpretar o meu trabalho de forma fria e muito menos vazia. Sou eu em cada segundo, posso não abraçar ou andar contigo ao colo mas acompanho-te, estou atenta, preocupo-me o suficiente não para te vigiar como entendes mas para ver constantemente se estás bem. E tu não entendes, vocês não entendem. Sou contra determinadas regalias, sou contra coitadismos, sou a favor do crescimento interior nos momentos de crise, de afastamento, nas distâncias percorridas nesta vida. Tenho-vos comigo, desejo-vos o melhor possível. É certo que diferencio quem merece mas me esforço por não o transparecer. Hoje quero apenas dizer-vos baixinho enquanto dormem... que estou aqui e que podem contar comigo. 
 
Não vos vou abandonar... vou em breve... para o bosque porque quero viver deliberadamente, sugar todo o tutano da vida, aniquilar tudo o que não é vida. 
 
Um abraço minhas pestinhas e amorzinhos!

quarta-feira, novembro 18, 2009

Gravity






Something always brings me back to you.
It never takes too long.
No matter what I say or do I'll still feel you here 'til the moment I'm gone.

You hold me without touch.
You keep me without chains.
I never wanted anything so much than to drown in your love and not feel your reign.


Set me free, leave me be. I don't want to fall another moment into your gravity.
Here I am and I stand so tall, just the way I'm supposed to be.
But you're on to me and all over me.

You loved me 'cause I'm fragile.
When I thought that I was strong.
But you touch me for a little while and all my fragile strength is gone.


I live here on my knees as I try to make you see that you're everything I think I need here on
The ground.
But you're neither friend nor foe though I can't seem to let you go.
The one thing that I still know is that you're keeping me down

Sara Bareilles


Emocionalmente (in)disponível



Sinto-me emocionalmente indisponível, frágil, tão frágil que se me agarram vou estilhaçar em própria defesa. Com medo de quebrar, de novo vezes sem conta, de ceder, de não ser eu mesma. Sou só eu à alguns anos mas sou eu a resolver-me. Sou eu perdida no meu próprio deserto, a construir trilhos e uma longa caminhada até conseguir voltar a confiar. A conseguir dar-me como se não houvesse amanhã, a sugar todo o tutano da vida. Estou a ir, passo a passo. Pegada ante pegada, hesito antes de pisar o chão para não cair novamente. Estou por aí ... a abastecer forças para uma vivência plena, o mais saudável possível. Merecidissima! Mas ainda é cedo... não me pressionem, não inventem arranjinhos, não por favor! Não existe coisa mais lamentável a meu ver, não entro nesses esquemas. Sou genuina nos afectos, apaixonada o suficiente para não ir por aí. Sei que estás aí algures... e vou sem pressa ao teu encontro meu amor.


Tropeçar na vida...


Sei que um dia vou tropeçar! E também sei o quanto a vida muda de um dia para o outro. O futuro tem tanto de incerto como de inesperado. A vida segue lá fora como diz a música da Moniz. O passado volta inumeras vezes, passa na televisão com um futuro promissor, manda-nos emails a perguntar onde andas? Passa meses sem dizer nada mas volta sempre ao pensamento. Olho para trás e sorrio até rir à gargalhada, ou então não, fico pensativa e estrago logo a pintura com aquela lágrima marota que vai chamar as restantes. Ontem adormeci a pensar em ti. E hoje outra pessoa fez-me lembrar vivências tão intensas que me fizeram sorrir e orgulhar de quem fui e do que vivi. Agora chegando ao inicio da madrugada e talvez mais lúcida e consciente por incrível que pareça penso que devia ser proibido certas histórias acabarem sem explicação ou sem o verdadeiro entendimento. Foste a maior das lufadas de ar fresco na minha vida, o aventureiro dos aventureiros, o romântico dos românticos. Em 3 meses intensos o melhor dos amantes, o mais apaixonante, o mais criativo e intenso. Trocaste-me e foste sem uma palavra pela Europa fora e eu soube sempre em segredo pelo teu amigo em que cidade estavas, o roteiro exacto dos teus passos. Jordânia, Turquia, Azerbeijão, Paris...
Mas nunca por ti, uma única palavra. Ensinaste-me a olhar a vida, como tanto precisava, pintaste paisagens em mim, passeaste comigo pela nossa eterna Coimbra, trouxeste-me flores e vida. E foste ... de todos a maior das aprendizagens. Não lido bem com o abandono e nunca compreendi aquele abraço que quase me esmagou naquela serenata de finalistas que tanto significou, um ano depois ....e especialmente depois de nunca ter tido noticias.
E de todas as aprendizagens o poema eterno que me declamaste pela noite dentro de capa, batina e cartola. Sabias que o digo sempre que a vida não corre bem... digo-o baixinho e no instante imediato aquelas palavras fazem sentido. Mostram o caminho... Hoje é dia de o repetir... Um abraço forte.


domingo, novembro 08, 2009

Longe do mundo...



Parece-me que estou a ter um pesadelo de longa duração desde Agosto. 3 meses que me marcaram de um modo irreparável. stress, mau-estar e sofrimento. É impossível passar indiferente a realidades tão negras e tão pouco coloridas. E impossível não ficar afectado quando vemos jovens a degradarem, a tomar decisões que os irão perseguir para o resto da vida. Por muitos esforços que tenhamos para que o dia-a-dia possa evoluir com naturalidade simplesmente o mau-estar generaliza-se. Ordens superiores incompreensíveis! Parece que anda tudo doido. Será possível haver paz? Entro numa nova etapa é preciso saber parar quando atingimos o limite. A saúde vem primeiro, cedi ao que mais resisti até ao momento. Entrei no mundo dos ansioliticos para já de origem natural. Iniciei medicação para dormir. Todos estes problemas e as pessoas ainda sobrecarregadas com estes horários infernais. Turnos e mais turnos inexplicáveis. Não suporto injustiças e sobretudo não suporto exploração.
Tenho dito! Será que alguém ouve?