sexta-feira, agosto 31, 2007

Descoberta da semana...*



Não sei viver sem gavetas !!!



Gavetas, armários... preciso de espaço compartimentado para não me perder ... Será que eles não entendem que o caos me divide e fragmenta?
Que me confunde a idea de acordar e estar tudo ali amontoado a meus pés? Gavetas por favor! Hoje, amanhã e sempre.
Sim, sei conforto de menina mimada, mas preciso.
As coisas precisam de estar nos seus lugares, para que possa ver o espaço livre e me sinta bem e confortável. Para que não me perca no emaranhado da confusão que pode ser o dia-a-dia.
Não quero tropeçar na vida.


*Crónicas de uma jovem em mudanças



domingo, agosto 26, 2007

A Dália Azul






Sendo o segundo romance que li, estou duplamente rendida. Uma leitura suave que me aquece e diverte durante horas a fio. As palavras e as vivências são de uma ternura imensa, dá vontade de saltar da realidade para o papel e fazer parte desta bela história. Desta vez contive-me e pela primeira vez não li o livro de uma assentada, de um só trago... no máximo um romance destes duraria 2 a 3 dias no máximo nas minhas mãos. Consegui prolongar custosamente para uma semana para o saborear, para o sonhar, para aprender a controlar a minha ansiedade. Frustrada sinto que aumentou a minha ansiedade quero desesperadamente ler o seguinte da trilogia. A minha vénia a Nora Roberts. Pelo dom de escrever e criar uma obra tão sensível entre jardins apetecíveis e desejados.

Fico a sonhar com o dia em que alguém irá plantar comigo uma flor azul, não sou exigente ao ponto de escolher uma Dália, não fosse a minha alma estar embriagada desta cor tão intensa e profunda, sou verdadeiramente suspeita. Que dia magnífico! Não existe nada de mais maravilhoso do que acabar um dia ao mesmo tempo que se acaba um livro com uma satisfação imensa e um sorriso sonhador. É que não consegui sentir final de dia mais perfeito faz uns tempos.
É que saber que alguém algures o escreveu justifica acreditar que apesar da descrença, que se vai instalando, ainda posso sonhar em encontrar alguém assim. Onde andas e porque demoras? Não sabes que temos uma flor para plantar juntos?


P.S. Sim eu sei, meu amor isto de plantar exige dedicação e o criar raizes não é fácil, eu espero-te.


Uma flor a nascer





"Uma erva daninha é uma flor a nascer no sítio errado."*

Existirão caminhos ou sítios errados???
"Tudo é verdade e caminho"
Parece um chavão
Mas quando vejo as pessoas
A serem tão pouco flexíveis
Juro que as olho e as penso com tristeza.
É preciso ter limites, isso é óbvio
Mas de facto a liberdade do outro acaba onde começa a minha.
E se no momento sinto que devo estar aqui
Chamem-me erva daninha
Mas sinto-me tão confortável como se estivesse em casa.
E se desabrochei foi porque acreditei em mim e porque tenho bases sólidas.
Tão sólidas que me apoiam e alimentam todos os dias.
Os que não compreendem as decisões...
Assalta-lhes uma agressividade tonta e absurda.
Mas até percebo.

Olho-os com ternura porque o tempo as feriu
Mas tenho que me afastar de negativismo.

Vou voar daqui a nada
Deixo as minhas raizes aqui.
E levo pétalas perfumadas em livros escondidas.
Levo-te comigo.
Levo-vos a todos.
Só eu fico.
Ser flor e erva daninha ao mesmo tempo...
É uma luta constante.



*in A Dália Azul, by Nora Roberts


quarta-feira, agosto 22, 2007

Momento alto da semana .... ;)




Gaivotas em terra tempestade no mar!!!
Devido ao vento que se fez sentir era impossível estar na praia
Ok arranja-se outro programa...
Passear à beira mar
E na paragem mais próxima
Comer uma tripa pa aquecer
hehe ;p
A famosa tripa das praias de aveiro.
Já era fã da de chocolate mas agora com a
Minha estreia com a mista (chocolate e ovos moles)
Estou rendida
Aconselho vivamente!!! ;)

segunda-feira, agosto 20, 2007

Apenas canetas com tinta...





"Às vezes tenho ideias, felizes,

Ideias subitamente felizes, em ideias
E nas palavras em que naturalmente se despegam...

Depois de escrever, leio...
Porque escrevi isto?
Onde fui buscar isto?
De onde me veio isto? Isto é melhor do que eu...
Seremos nós neste mundo apenas canetas com tinta
Com que alguém escreve a valer o que nós aqui traçamos?... "


Álvaro Campos

18/12/1934


* The writting on the page says:

hidden in this beautiful darkness
these 4 walls keep ahold the thoughts, the secrets, the suicides.
writting by a piece of mind at deviantart

sexta-feira, agosto 17, 2007

Beach time



Hoje acordei com uma vontade da noite.
Não simplesmente da noite, mas da noite na praia.
Sentir aquele frio da madrugada a entranhar...
Ter aquele casaco quentinho e o calor humano à minha volta.
Lembro-me das escapadelas da adolescência pela mata rumo à praia.
Da alegria de finalmente ver o mar apenas sob o luar.
Das gargalhadas na tenda do campismo

Aquelas noites quentes...
A fogueira, as maluquices.


terça-feira, agosto 14, 2007

Rise inside




Quero nascer por dentro.
Quero sentir-me viva.
Cada vez mais me convenço
De que não pertenço aqui
Mas será que algum dia me ...
Será que algures serei a peça do puzzle que falta
Ou apenas uma peça solta perdida
Destinada a percorrer o caminho sozinha
Tenho saudades de sentir o amar
Não, não tenho saudades tuas, nem dele...
Só de mim ... ! Quando nem esperança temos ...
Sabemos que chegámos ao fundo
Levanto os braços e entrego-me a uma incerteza que corrói
Na esperança de sentir a brisa e de que ouça as minhas preces
Vem, beija-me de uma vez que já vens tarde

Vem buscar-me, vem encontrar-me de vez se é que existes.
Mas não demores que estou cansada, amor.
Ou então dá-me sinais e indica-me o caminho no mapa.
Oh que digo eu... já sei que não é assim tão fácil.

É que de tão cansada eu posso estar a perder-te
Por não ver. Por não sentir.
Ajudas-me a nascer por dentro

?



quinta-feira, agosto 09, 2007

Pétala a pétala...






Aproxima-se o momento de desabrochar
De cair pétala a pétala
Naquele micro segundo
Pairará levemente
E em poucos dias
Já não existirão vestígios
A vida passa
O tempo esgota-se
E o azul desaparece...
Por não lhe vermos a côr...
Será que desaparece?

E eis que voltamos ao mesmo.
Podamos o coração
Regamos várias vezes
Para que não secar de afecto
Mas será que alguma vez poderá brotar
De vez.... o merecido azul?
A tonalidade e intensidade?


domingo, agosto 05, 2007

Lean on me




Sometimes in our lives, we all have pain

We all have sorrow
But, if we are wise
We know that theres always tomorrow

Chorus
Lean on me, when youre not strong
And Ill be your friend Ill help you carry on
For it wont be long, till Im gonna need
Someone to lean on
You can call on me brother when you need a hand
We all need somebody to lean on
I just might have a problem, that youll understand
We all need somebody to lean on
Please swallow your pride, if I have things
You need to borrow
For no one can fill, those of your needs
That you wont let show

Chorus
If there is a load, you have to bear
That you cant carry
Im right up the road, Ill share your load
If you just call me...call me
If you need a friend....call me
If you need a friend....if you ever need a friend
Call me....call me....

Michael Bolton

P.S. Don't be afraid to lean on me


Chama






No vaivém em nos transportámos inúmeras vezes para os mais recentes capítulos das nossas vidas surge sempre uma tentação latente que nos faz encontrar no espaço e no tempo e consequentemente escrever mais uma página. Não uma página qualquer uma página desejada, uma página intensa que nos tira o fôlego. Parece que somos ambos amantes destas viagens apetecíveis mas perigosas. São precisas condições de segurança precisas. E acho que ambos tentamos compreender o porquê de mais tarde ou mais cedo cedermos. Claro que encontramos respostas... sabemos as respostas simples. Mas saberemos formular as verdadeiras respostas? Alcançamos um estado de libertação indescritível, para depois voltarmos ao ciclo vicioso aliciante e irresistível. Página escrita missão cumprida! Sorriso nos lábios ou não depende dos momentos, das circunstâncias mas no fim ambos ganhámos, ambos olhamos para trás para aquela chama que nos entrelaça na vida e nos faz naquele momento cruzar o mesmo caminho. Lembro da música do Ruizinho, aquela "Já não há canções de amor"... Recordo as primeiras quadras:

Um deste dias vou poder
apaixonar-me outra vez
sem me importar de saber
se vai durar um ano ou um mês

Correr e saltar num dia
depois não dormir tranquilo
pensar que o amor é isto
e descobrir que afinal é aquilo

Já não há canções de amor
como havia antigamente
já não há canções de amor

Um destes dias vou ser capaz
de encontrar a felicidade
avançar em marcha atrás
ir de verdade em verdade

Dizer que o amor é aquilo
que ontem estava descoberto
e ver que o fim duma paixão
espreita sempre um deserto

(...)

Sábias palavras do senhor Carlos Tê. Não me vou importar se vai durar um mês ou um ano esta chama. Um dia ambos vamos encontrar a felicidade não sei a que velocidade, em que estacionamento ou ruela mas vamos. Num lugar tranquilo algures vamos sentir de novo aquela batida, aquele brilho no olhar, aquele deslumbramento por alguêm... E se não for assim será de outra forma o inesperado reveste-se das cores mais simples e bonitas. E entretanto exploramos uma estrada alternativa, um oásis na estrada alternativa deste capítulo maluco. E ambos aprendemos algo importante é que não existem regras de sobrevivência vale quase tudo. Estradas secundárias, abraços que nos protegem do frio, às vezes faz um frio de rachar nas nossas vidas. Mimos que nos tranquilizam e acalmam dos dias de chuva, tempestades que insistem em vir para ficar quando os pensamentos atordoam. Tenho um orgulho desmedido do manual de sobrevivência que ambos escrevemos nestes últimos tempos. Vamos acender a fogueira que a noite já aí vem.