domingo, dezembro 30, 2007

Em busca de um quadro Azul...

Eduardo Viana
k4. O quadro do azul - 1916

... no tempo e no espaço... um quadradinho azul!
Com diversas formas, cores e sabores e nada de saudosismo!

That's my new year wish!


Do silêncio...





Alain Dumas

...de se estar a descoberto
e adormecer com a sensação de não se possuir nada
a não ser um corpo!



domingo, dezembro 23, 2007

Sem rosto




"Dormes na minha insónia como o aroma entre os tendões da madeira fria.

És uma faca cravada na minha vida secreta.

E como estrelas duplas consanguíneas, luzimos de um para o outro nas trevas."


A carta da paixão, Herberto Helder



quinta-feira, dezembro 20, 2007

13º Apóstolo em Perspectiva(s)








Aprendo todos dias convosco e a maior das aprendizagens é a relativizar os problemas com uma piada e um sorriso. Não temos ovos mas fazemos omoletes, ou algo parecido!

Nunca me esqueço que face a um problema seja qual for a sua natureza existe sempre uma solução... posso sempre dar um tiro no pé ou cortar os pulsos!

E ter essa opção faz-me sorrir ao contrário do que seria de esperar, pela ternura com que ouvem e partilham os problemas, pelo humor, pela brincadeira. A união faz a força! Vocês são um mimo na minha vida! Adoro-vos!





quarta-feira, dezembro 19, 2007

Les yeux au ciel




De coração ressequido e olhos inchados...






... a desejar que me ames menos, mas por mais tempo!


(Inspirado no filme Les Chansons D'amour, 2007, Christhophe Honoré)



Estrelas



Quando as estrelas se passeiam pelo chão...
E estão ao alcance da tua mão...
Te trazem luz e inspiração...




Tu finges que não... não sentes... nem as vês!


domingo, dezembro 09, 2007

Sensações


O tempo nestas alturas flui com uma lentidão profundamente dolorosa. Porque o tempo de distanciamento dos dias de música, dos dias de afectos se tornou insuportável.

Os dias deixaram de ser forrados de azul e salpicados de estrelas. Dormir, o sono dos justos é o estado mais repousante que consigo alcançar nos dias que correm. A dolorosa despedida dos meus lençóis... quentinhos, ao longo dos tempos estabelecemos uma relação patológica, uma dependência!

Semanas camufladas de azul, um azul que não se vê bem mas que se sente, apesar da poluição atmosférica que impede um olhar transparente de um azul profundo que não se vê mas que se sente. Um toque, dois, três ....que me tocam, a tua ausência presente!

Uma amálgama de situações antagónicas e martirizantes, verdadeiramente dolorosas e ao mesmo tempo terrivelmente doces e apetecíveis.

Um contentamento descontente, um mar de sensações e afectos em que mergulhamos na tentativa de encontrar um tesouro perdido.

Certo tipo de dor é inevitável quando se vive um grande amor e nunca se entende muito bem essa perda.

Dispo-me de intenções, numa hemorragia de sonhos que se escapam nas entrelinhas do desejo e da vontade de alcançar o azul. Por todos os poros transbordo desilusão!

Hoje ondulei pelo dia sem saber bem porque o sentia derradeiramente nostálgico, não mudou nada e ao mesmo tempo parece que mudou de forma avassaladora.

Anoiteceu e hoje apetece-me quente, apetece-me cobertores e um bom filme. Hoje apetece-me sonhar com um amanhã diferente. Hoje apetece-me relembrar-te esquecendo-te, esquecer-te relembrando-te.


sexta-feira, dezembro 07, 2007

Já tão longe de ti como de mim




"Agora que o silêncio é um mar sem ondas, e que nele posso navegar sem rumo... Não respondas às urgentes perguntas que te fiz, deixa-me ser (in)feliz assim, já tão longe de ti como de mim. Perde-se a vida a desejá-la tanto. Só soubemos sofrer, enquanto o nosso amor durou. Mas o tempo passou, há calmaria... Não perturbes a paz que me foi dada. Ouvir de novo a tua voz seria matar a sede com água salgada."

Miguel Torga, Súplica