quinta-feira, julho 29, 2010

O som das horas...


As horas passam e eu sinto que os dias se tornaram iguais. Penso sempre muito e demasiado. Olho para as pessoas à minha volta e sinto-as pouco fluidas, pergunto-me se serão felizes? Se fazem o que gostam? Se ao final do dia de trabalho esquecem tudo nos braços daquela  pessoa. Aquela e não outra. E sorrio com este meu pensamento. 
A vida é muito clara quando menos esperas és surpreendido mas se esperas desesperas, já diz o velho ditado. 
Sei que sorrio de menos nos dias que passam, que danço menos, que privo os sentidos e a vida me priva de sensações e emoções que nos elevam a um estado de espírito mais leve ou não. Depende, depende sempre do contexto.
Apetece-me mudar, fazer coisas diferentes, ir por esse mundo fora. Nada a perder. Conto comigo e com os que trago comigo. Entristecem-me as distâncias. Parece que a vida avançou e todos foram ou ficaram longe. Aquecem-me o coração aqueles que do longe fazem perto através das novas tecnologias. Tenho saudades tantas de amar, viver, sonhar e ser quem sempre fui. A vida não se faz só de trabalho, as pressões sociais, a sobrevivência e a autonomia pregam-nos grandes dissabores. Dizem que isto é ser responsável, tornar-se uma pessoa com mais maturidade. Mas eu quero acreditar que um dia a responsabilidade se poderá agregar à felicidade e realização pessoal. 


quinta-feira, julho 15, 2010

Electro[cardio][grama]

Batimento cardíaco acelerado ou não! Bloqueio incompleto do ramo direito! WHAT? Dá para rir ou até mesmo chorar. Na vida as analogias ou metáforas que se podem fazer são inúmeras, que timming. Não sei o que pensar, não sei o que sentir. Sei apenas que não estás comigo.Será também um bloqueio? Terá esta estrada um fim? Por onde andas e quem és tu verdadeiramente?
Existe algo de subtil no silêncio, na espera incessante e no vazio. A prova cabal é a sua existência. E quando sinto que isto não é viver lamento pelos segundos, minutos, horas e dias perdidos. Viver e não sobreviver será um lema arrojado dos corajosos? Assola-me pensar que já não tenho idade para o CARPE DIEM porque existem responsabilidades e quando acordo no dia seguinte viver por viver não basta. Existe algo de maravilhoso e belo quando não se viveu por viver mas se construíram momentos significativos e inesquecíveis de partilha.