quinta-feira, julho 28, 2011

Ordinary Days

Life goes on... so slowly without you. Ok, é tempo de férias. Desafio aceite, um mês inteirinho afastados. Vida porquê isto agora? Quem disse que iríamos aguentar? Quem disse que ia ser fácil? Quem? Not me! Not you! E, ainda assim calei-me com a maior das tristezas. Achei que ia ser fácil, que ia ser muito madura, que ia passar a voar. Not! Miss u like hell! É mais fácil ceder à tristeza. É mais fácil ficar sem fôlego, sentir o desespero e as lágrimas a rebentar. Puro medo de perder tudo, não não me tirem este momento, não me tirem a vida, não me tirem por favor. A distância mesmo com as tecnologias existe, mói, remói e volta a moer. Será que as relações efectivamente sobrevivem às distâncias? Os dias não são iguais, a vivência não é igual. As saudades misturam-se com maresia e areia, distracções, livros, música, mas nada nada me contenta ou sossega. Já pensei ir comprar uma tonelada de livros, já pensei marcar os dias no calendário para ver se passam a correr... tolices.. parvoeira dos dias vazios. Quero crescer... acreditar deixar de me sentir minada pelos maus exemplos anteriores. Acreditar que sou capaz, que somos capazes... quero ser madura, criar alicerces, crescer... mas é mais fácil ficar com uma neura dos diabos e fazer birra. Está a custar-me, está a custar-me horrores. Estou a crescer? Estou a  sentir? É esta angústia que se sente?

sexta-feira, julho 22, 2011

Voa



Voa ... Voa borboleta deixa-me acreditar que a liberdade vale a vida que ainda pode ser vivida nas asas do teu voar. 


Shuuu..........

Era uma noite como tantas outras.... (cont.3)


O plano era... não existirem limites temporais naquela noite. O jantar...Depois o passeio. Os primeiros beijos, o primeiro abraço. A entrada num mundo e espaço físico desconhecidos... Tantas e imensas sensações. E se não houvessem mais horas já teria sido maravilhoso. Mas a vida decidiu ser gentil e presenteou-os com mais uma madrugada inteirinha... E tão doce.. tão sentida. Não existem palavras para a intensidade com que se sentiu amada. Nunca existiu beijo mais perfeito, abraço mais sentido. Partilharam-se com uma intensidade notável... com o maior dos sorrisos. Sem dúvidas. Com a certeza inabalável de se poder confiar e partilhar o mais profundo dos seres e sentimentos. Seria cedo... devíamos esperar... Nahhh já esperaram uma vida, não existem regras para os momentos perfeitos.. simplesmente acontecem e são tremendos. Inesquecíveis.  Ambos completamente sem fôlego, e sim foram os imensos beijos mas também o estado de choque que se instalou na mente dela. Ele também não queria acreditar. Sentia tudo.. Aquela dormência... não isto não existe... existe? Não!Sim? É real? Rewind... Espera ... Sim, estou aqui. Não vou fugir. Pára tudo......! Só mais uma vez... que é para ter mesmo certeza, e outra e mais outra.... É verdade! Inacreditável. E a paz foi-se instalando... tomou conta deles... adormeceram... Não... ele adormeceu. Ela levantou a cabeça semi-adormecida, olhou para o lado.. olhou para o espaço... sim agora pertencia ali. E eram imensos... os pensamentos que jorravam do seu olhar esgazeado ... Mas naquele momento dormir era a resposta perfeita a todas as suas perguntas. Finalmente dormir... sem insónias, sem pesadelos.. Dormir em paz... simplesmente!

quarta-feira, julho 20, 2011

Era uma noite como tantas outras.... (cont..2)


Um dia ... ela no seu sofá de casa ... pensou... nunca vou poder partilhar o sofá a ver um bom filme com alguém especial. Assim deitadinhos, enroscados, como gosto bem quentinha. Pensava que esse era um privilégio de muitos a que nunca teria direito por força das circunstâncias... E sofria quando pensava nisso. Era um desejo simples ... mas parecia tão difícil de concretizar.
Noutro dia ali estavam ambos no sofá e esse seu desejo percorreu-lhe a cabeça. Sorriu... quis partilhar esse seu pensamento mas pensou que seria tolice. Abraçaram-se com intensidade, ela sempre adorou abraços, beijos dão-se a toda gente mas abraços só uma pequena percentagem de pessoas os dá... Beijaram-se como se a noite não tivesse fim, como se o sentimento que ambos nutriam fosse esgotar a qualquer momento, como se tivessem que aproveitar cada segundo... e a vivência com este tipo de pensamento torna-se numa experiência poderosa e intensa. Ele mostrou-lhe as divisões da casa, abriu-lhe o coração e dançou rodopiou com ela pela mão num sorriso desmedido. Ela entrava em cada espaço que ele lhe abria como se uma luz incandescente a envolvesse e abraçasse. Parecia fora de si, era outra pessoa a viver uma experiência, o seu verdadeiro eu estava completamente noutra vida, numa vida em que o amar alguém ... era a sensação mais próxima de afecto. E de repente do nada... transbordava sensações, sentimento, vida...

terça-feira, julho 19, 2011

Era uma noite como tantas outras....


Ele falava sem parar contava as suas histórias e peripécias. Ela ouvia-o e ouvia tantas outras coisas que os seus pensamentos não continham. Alguns segundos ou até mesmo minutos, os seus pensamentos vagueavam e já não estava ali, apenas o fitava com olhar atento para não o decepcionar tal era o entusiasmo com que contava aquelas histórias. Ela estava num estado de dormência abstracta, a despedir-se ... de sentimentos passados, a tentar perceber o que seria ou não fiel aos seus princípios. O que se estaria ali a passar... como é que do fundo do poço, se encontrava num novo capítulo da sua vida. A sensação era a de ter estado ausente de uma parte da sua própria vida recente... uma amnésia momentânea... quem lhe explicaria como tudo tinha mudado num abrir e fechar de olhos. Relembrou ao ouvir um psicólogo na tv dizer que depois de um grande sofrimento, depois de bater fundo no poço as pessoas sentem necessidade de agir, de se ajudarem.... Parecia haver uma explicação... ela precisava, precisa de entender... que não traiu os seus sentimentos, apenas olhou em direcções diferentes... e caminhou até que chegou... a uma estrada e encontrou alguém também a percorrer o caminho. E se não foi mágico este encontro, foi verdadeiramente abençoado, tão divino que ainda ambos o olham como uma conquista tão doce... que não se esgota... este sentimento.
Deram um passeio em torno do estádio, olhavam-se e conheciam-se sob as estrelas. Era simples e perfeito. Sem grandes planos... Enfim sentaram-se num banco daqueles espalhados, a noite começou a arrefecer. As árvores testemunhas daquelas conversas, daqueles olhares tímidos e sinceros, daquelas gargalhadas... Ela gelava não fosse o frio... estaria ali horas a fio... encostou-se a ele, ele abraçou-a tão naturalmente que parecia que ela já fazia parte dele. Continuaram a conversar abraçados, um carinho aqui, outro ali tudo muito sentido e devagar. Os sentidos todos em alerta... e uma paz tremenda a invadia... não conhecia este sentimento que a confundia... onde estavam todas as indecisões ... todas as perguntas... não existiam esfumaram-se para dar lugar às certezas. Ele roçou-lhe a cara no rosto num gesto doce e carinhoso... ela sem saber como beijou-o de leve, mal sentiu os seus lábios... e de repente a timidez veio ao de cima, refugiou o rosto no peito dele, ali bem aconchegada... ele sempre tão calmo... tão silencioso... abraçou-a. Ela sentiu necessidade de quebrar o silêncio e disse, desculpando-se com ar maroto e envergonhado: apeteceu-me! Ambos riram... Ele, respondeu: e então? que tem? Ela estava completamente surpresa consigo mesma... Mas não era hora de olhar para trás... era tempo de fazer história, de iniciar outro capítulo. Voltaram-se a beijar vezes sem conta, abraçaram-se com intensidade, encontraram-se naquele momento ... 

Breathless






Don't stop me now... cause I'm having such a good time!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, julho 14, 2011

The first step

Era uma noite como qualquer outra... simples, tranquila na tremenda cidade dos estudantes que tantos segredos tem escritos na calçada. Fui com um nervosismo que já desconhecia, que até náuseas me provocou. Lutei comigo mesma, vou, não vou... E não fui... como consigo fechar-me na dúvida, como me seguro face à incerteza. Sou tremendamente complexa e difícil. Pintei-me assim... Precisei de tempo para me resolver. E se não fui na sexta, no sábado a noite convenceu-me de que as expectativas não existiam, logo nada podia correr mal. E fui... de coração nas mãos... arrumei-te ali no canto não permanentemente porque isso seria negar-me, mas porque ainda me desgastas muito, mais do que gostaria e tinha que ir.. já tardava... meses.. quase anos-luz... sim sou um ser que faz do sentir a maior hipérbole que traz nas mãos...
Dei por mim a recordar os tempos de estudantes, as tardes, em que caminhava e me sentava à beira rio para fazer as confidências do dia... ao rio confuso com as águas a correrem ao contrário sempre tão enigmático. A ponte luminosa, musa inspiradora do meu olhar, metáfora da possibilidade de deixar-me ir finalmente. Luz, luzes, cores, vida... 
Debrucei-me a ouvir os sons da noite, coloquei os phones e deixei que a vida me surpreendesse... e ainda assim... nessa noite, nessa madrugada gelada de passeios solitários ... esperei-te horas... e achei que não devia esperar mais e já gelada decidida a partir, olho e lá estavas tu também nervoso. O teu nervosismo consolidou a minha paz... tão tolinhos que somos pensei... tantas expectativas criamos que nos matam a espontaneidade, os momentos simples e bonitos... e se tive friooo foi porque assim o quis... mas o frio dessa noite fez-me voltar nas noites seguintes... nem só de amores à primeira vista reza a história ...!


terça-feira, julho 12, 2011

Babysteps

Primeiro veio a euforia, a adrenalina desmedida..uiiii foi tãoooooooooo bommm. Depois o medo, a insegurança, a sombra do passado... o silêncioooooo, tão esmagador como consegue ser quando o que mais queremos é expressar tudo, deitar tudo cá para fora. A seguir ... aceitação da realidade não esperada mas há muito desejada. Pensa-se demais... olha-se demais para trás... mas o grande desafio da estrada que está para vir é que assusta.... E antes de darmos passos maiores que a perna... revemos a matéria, olhamos para o melhor e o pior que já lá vai. E agora é preciso ganhar coragem e dar o salto, as passadas .... despreender a mágoa, soltar as amarras a uma solidão indesejada mas confortável. É preciso ingressar na floresta mágica, é preciso sensatez mas também loucura, é preciso ir... The time is now!

quarta-feira, julho 06, 2011

Luz


Não sei porque demorou a chegar, sei sim que por mim não vai partir tão cedo. Esta luz que me encontrou ilumina-me de uma forma intensa e dedicada, conhece o meu lado lunar, tem o seu próprio lado lunar. Partilha comigo afectos e a vida. Faz-me ficar eufórica e calma ao mesmo tempo. Enche-me as medidas. Incendeia-me com um abraço, faz-me desejar estar a seu lado sempre... tem a capacidade de me cativar tanto mas tanto. Cuida-me como ninguém. Tudo o resto era não vida. Tudo o que não fosse uma partilha intensa, era não vida. Oh vida, obrigada por mais esta lição. Desta vez fico-te mesmo a dever uma, ou umas centenas.... Ok já fiquei em estado de pura adrenalina, de choque, de medo.... estou na fase da aceitação de que afinal existe esperança, existe alguém assim para mim. Mas não, não é fácil soltar amarras... depois de um luto tão devorador, tão intenso. E até nisso esta luz me ilumina... é tão incandescente, lê-me, surpreende-me, está lá sempre... parece surreal. Estarei a sonhar.... Se sim .... shuuuuu .... quero acordar só daqui a uma década.