Era um plano... um simples plano de protecção e de introspecção que não deu certo porque o desejo falou mais alto e surgiu a desculpa esfarrapada embrulhada numa série de palavras que soavam bem ao ouvido e enterneciam ao coração.
Uma vez o plano quebrado, que enfim deu certo por linhas travessas e me revelou o que precisava de saber...
O plano trouxe-te até mim... mas será que os motivos foram válidos? Tenho as minhas dúvidas e gostaria tanto que revelasses os verdadeiros motivos... se é que eles existiram! Que fosses sincero conosco, comigo e contigo.
Com a tecnologia ao dispor apesar do espaço, tentei chegar até ti... uma, duas vezes...
Mas quando chegaste até mim já vinhas numa órbita disfuncional, talvez tenhas sido influenciado por outro planeta, que a luz do meu deixou de te iluminar quando não te permitiste estar em sintonia com a minha órbita, então as palavras chegaram como esteroides e atritos vindos do espaço não esperados... e como tal provocaram estragos.
As tuas desculpas chegaram tarde para não variar era quase meia noite por ironia, será que te apercebeste que passaram mais de 48 horas sem sinais de vida, que o tempo nestas alturas flui com uma lentidão profundamente dolorosa?
No entanto as desculpas amenizaram o aperto no coração causado pela indiferença e o silêncio que me fazias chegar.
E agora o plano já não fui eu que tracei... virou-se o feitiço contra a feiticeira, ou direi o tempo contra o espaço?
Como diz a musica do Rui Veloso tens todo o tempo do mundo... para mim o tempo e o espaço é que já são limitados.
Um ano, não foi um dia, não foi uma semana, não foi um mês, foi um ano! Hasta... un dia!