Os dias azuis são e serão sempre dias felizes. Se não fossem os dias azuis eu não seria quem sou...
sábado, janeiro 28, 2006
Ouro sobre azul....
Os nossos dias podiam ser como a minha caixinha de música ...
Forrados de azul e salpicados de estrelas.
Ouro sobre azul, a combinação perfeita!
Sim e naqueles dias em que as nuvens nos sobrevoassem
Eu dava-te corda;
E tu a mim? Será que me darias corda?
E a melodia aos poucos entranhava...
Até que não fosse preciso dar mais corda...
E a música numa harmonia sublime
Simplesmente existisse!
sábado, janeiro 21, 2006
Semana camuflada
Sábado a sexta!
Uma semana em que o tempo voou e parou, ao mesmo tempo uma semana dolorosa e ao mesmo tempo produtiva, uma semana como muitas outras...
Sábado: o fim de semana que não existiu, devido ao poder da formação, os olhos fechados, as encruzilhadas de palavras, os abraços e beijos, o gosto de ti baixinho, que tocou o meu eu adormecido, o constrangimento de um desconhecido a tocar-te e o constrangimento de cumprimentar alguêm que nada significa, o assumir de comportamentos assertivos e não passivos, a afirmação do eu no seu esplendor ... do modo mais humanamente adequado.
Domingo: o dia de que não me lembro porque passei metade a dormir, e a outra metade a fazer as malas para voltar à azáfama da rotina diária que se apoderou abruptamente do meu dia-a-dia. Dormir, o sono dos justos o estado mais repousante que consigo alcançar nos dias que correm.
Segunda: reunião de investigação: "Estilos de vida e atitudes dos jovens face à saúde", que título tão sugestivo, ora se pensarmos que não tivemos hora de almoço decente e que quando dei por mim eram oito da noite, estava exausta e ainda tinha de ir trabalhar no projecto labirintos, o stress disparou! Bom modo de começar a semana, muita saúde a todas as estilosas e saudáveis.
Terça: Formação das dependências técnicos, alunos e pais, um dia importante, para reflectir ora bem dependências... Ora o que me ocorre: Chocolate, por favor! Energia, bom humor precisa-se! Será que se vende? Eu queria ai uns 10 kilos!
Quarta: Era madrugada acordei sobressaltada, fotocópias, questionários, investigação... meia hora depois toca o despertador, será que alguém terá noção de que o meu organismo não aguenta este ritmo! Planificação para cima, questionário para baixo, um sobe e desce alucinante, onde andará a mestre? Mapificação? Sim mestre, espaços, sim mestre! Acentos e vírgulas, claro! 7 estilosas e umas sandes numa carrinha de sete lugares, mais um vermelho na estrada mais uma dentadinha na sandes! Rumo à escola dos meus meninos. Final do dia missão cumprida, fotocópias e questionários para a próxima etapa. A fotocopiadora frenética e eu parada no tempo.
Quinta: Madrugada? Não era ainda de noite parece que alguem bateu à porta, sete da manhã!!! Devia estar a sonhar. A dolorosa despedida dos meus lençois.. quentinhos, ao longo dos tempos estabelecemos uma relação patológica, uma dependência! Questionários aplicados, reunião improvisada! Revisão esperada! Ora o dia vai ser longo... reunião sem riscos de não me expressar. Jantar a caminho da formação. Àlcool.. e simpsons, homer simpson... os olhos já não abriam... De repente acabou! Era meia noite! Um novo dia começara! E eis que a festa de anos mais louca da semana se deslocava do pátio da inquisição para a associação. A ironia da formação sobre o àlcool antes de entrar na associação, antes de vos ver minhas amigas do coração a desidratar! Ser a única a estar sóbria depois de uma semana assim parece-me a maior bebedeira de todas! Tinha tantas saudades vossas!
Sexta: Dia livre! Não acredito, depois desta semana bem mereço. Espera lá, tenho de fotocopiar para segunda as cópias, e tenho de analisar os questionários no fim de semana. Faculdade-estágio, estágio-dolce vita (as calças já tinham desistido de mim, mas eu enfim lembrei me delas), dolce vita-faculdade, faculdade-casa, casa-comboio, comboio-lar doce lar! Mãe!!!!!!!! Comidinha quentinha e bolinho! Internet! Ah e trabalho muito trabalho, segunda é o dia importante! E sexta o derradeiro do semestre!
Enfim foi uma semana como muitas outras, uma semana camuflada de azul, um azul que não se via bem mas que se sentia, apesar da poluição atmosférica que impede um olhar transparente de um azul profundo que não se vê mas que se sente. Um toque, dois, três ....que me tocam, a tua ausência presente! O sorriso e o carinho que surgem quando se acende a luz e o som me confirma... que algures no tempo e no espaço existo para ti!
Semana camuflada de azul ...
... trabalho, saúde e A........ que mais pode querer um ser vivo!
domingo, janeiro 08, 2006
Te quiero!
Caminhos incertos, encruzilhadas partilhadas que escondem as profundezas de um ser como muitos outros mas especial, complicadamente especial. Um verdadeiro labirinto com caminhos tortuosos, distância e afastamento, prazer e carinho ... e amor. Sim amor! Não aceito a tua negação mais que óbvia da felicidade. O impedimento que impões a ti e a mim. A um nós que não deixas existir. Uma amálgama de situações antagónicas e martirizantes, verdadeiramente dolorosas e ao mesmo tempo terrivelmente doces e apetecíveis. O prazer insano, a loucura das pulsões misturada com a loucura e a irracionalidade dos afectos. Assim eras tu, assim eramos nós. O arrepio gélido de uma noite de inverno que não dispensamos pelo desejo que provoca e pela intensidade que flui entre dois corpos àvidos. O calor de uma noite de verão que insiste em perturbar e encantar pela sua volúpia e charme. Um contentamento descontente, um mar de sensações e afectos em que mergulhamos na tentativa de encontrar um tesouro perdido. Um amor que não se revelou, apenas porque não deixas fluir, não o deixas vir à superficie porque o amarraste nas profundezas do tempo e do espaço. Nas profundezas cheias de potencialidade, um mundo repleto de cores e fantasia um mundo só teu. Gotas e gotas de dedicação, fui tentando aquecer o teu coração que vivia algures num país longinquo, num planeta gélido a preto e branco. E tu foste derretendo, eu sei que sim! Mas sempre que te sentias a perder o controlo, viravas costas e refugiavas-te de novo na caverna, sem o beijo desconcertado, sem o abraço sentido, sem mim! Mas tu voltavas, demorasse o tempo que demorasse tu voltavas. Eras um vaivém perdido que ora vinha ora partia. Vinhas buscar junto de mim o combustível, o afecto, para partires para uma nova viagem, mas o combustível acabava e voltavas ... inseguro, confiante, atrevido, envergonhado. A chegada era o toque, a partida era a batida da porta, a rua num só sentido em que desaparecias. Antes ficava a ver-te desaparecer até que não te vislumbrasse mais, últimamente fecho de imediato a porta. A despedida é sempre dolorosa. Sim eu sei eu não sou perfeita, tenho limitações imensas. Sou obcessivamente dedicada e dependente. Sem ti não existo! E nem quero existir. A existência perde a essência quando caminha para a solidão. Quando não partilhas ... quando não me dás a mão e não me levas a conhecer o exterior. Quando dou por mim o teu silêncio congela as minhas palavras, congela os meus movimentos, o meu olhar... abraças-me vezes seguidas, ficas tatuado em mim... absorvo o calor do corpo como os alimentos para viver, dou por mim a descodificar sinais, gestos e resisto de novo ao teu olhar caio sobre ti e beijo-te de novo. Sabes porquê? Porque és meu, porque estás em mim, porque sou tua. Porque nós existimos e a complexidade desvanece quando os nossos lábios se unem em busca de um só, só mais um momento a dois. Insólito, louco e tão nosso. Espero por ti
Principezinho, T.Q.
sexta-feira, janeiro 06, 2006
The end
Como podes dizer que não consegues retribuir?
Se nem sequer tentaste?
Se nem sequer te permites fazê-lo?
Como é possível
Dedicar um ano inteiro
Sem exigências,
Sim um ano, mas não um ano qualquer...
Um ano díficil, muito duro, com muitos contratempos,
Tempestades, nuvens, chuviscos ...
E aquando o tempo anuncia decisões ...
Porque tudo deve seguir uma ordem,
Tudo evolui, tudo menos estagnar!
E tu nem sequer pões a hipótese
De passar um mês que seja a tentar
A dedicar-te, por pouco tempo que fosse
Ao menos a tentar!
Desistir, desaparecer
É sempre o caminho mais fácil...
D'ont give up...
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