Cheguei a uma altura em que simplesmente deixo correr a ver onde a vida me leva. Existem objectivos e lutas diárias. A minha vida nos últimos anos caracteriza-me pelo oito e pelo oitenta ou tudo ou nada. Fases antagónicas e difíceis. Muita instabilidade, muitas lágrimas, muito suor. O tempo passa a voar estou no oitenta e num abrir e fechar de olhos voltará o oito. Os amigos que estão longe e apesar de tudo compreendem e fazem do longe perto. Adoro-vos do fundo do coração, obrigada por me fazerem acreditar que a amizade existe mesmo apesar da distância. Obrigada pela partilha de um simples sorriso, uma mensagem, uma imagem, uma música. Pedacinhos que guardo valiosos. Vejo vidas no dia-a-dia tão sofridas que me sinto pequena e feliz por ser quem sou e ter a família que tenho apesar de todos os desejos e aspirações. Todos os dias penso em ti e porque demoras a abraçar-me. Porque não és de sorriso fácil e meigo. Gosto de ti, tanto. E não gosto de ti porque não lutas, escondes-te na sombra envolto nos segredos que guardas de ti e de todos. Chega a ser fascinante ver-te, sentir-te também a lutar todos os dias em silêncio. Respeito muito a tua própria luta. A temperatura diminuiu e agrada-me, já não sou a mesma não suporto tanto o calor. Sabe-me bem o vento fresco na face, o friozinho dos dias cheios de trabalhos e vazios de ti. Já está a findar a minha capacidade de manter os olhos abertos coisas da vida. Existe algo de mais maravilhoso que adormecer com o cansaço de um belo dia de trabalho? Existe mas não vamos falar disso! Boa noite!