Sinto uma agonia crescente cada vez que vejo desde ontem sempre a surgirem nas redes sociais a notícia da morte do Pedro Cunha, um jovem actor português, tão jovem. A suspeita de suicídio por estar no desemprego, bate-me bem fundo. Sinto-me solidária com o sentimento de vazio, de não saber o que se anda a fazer no mundo, de não aceitar que toda a dedicação de uma vida de estudante pode ser reduzida a pó. Sinto o murro no estômago, sempre que me identifico com o que este jovem fez. É maior o murro quando penso que compreendo o que sentia. E vem-me as lágrimas aos olhos, cada vez que dá uma reportagem de pais a despedirem-se de filhos que foram para o exterior. Doem-me profundamente estas coisas.
Os dias azuis são e serão sempre dias felizes. Se não fossem os dias azuis eu não seria quem sou...
terça-feira, abril 29, 2014
quarta-feira, abril 09, 2014
O meu sentir não é igual ao teu
O meu sentir não é igual ao teu. O meu mundo disperso é tão diferente do teu. A minha mente não estava sintonizada com o teu sentir naquele momento, naqueles momentos. Eu não sabia que sentias o que eu nunca entendi verdadeiramente. E quando percebi estava tão embrulhada numa história à procura de ser feliz que não percebi que passaram meses e anos de pequenos gestos que podiam ter sido interpretados de forma tão intensa. Deus, como sou tão obcecada com as vivências que me esqueço de tudo à minha volta. Peço que possas entender que nunca foi minha intenção magoar-te. A sério, acredita que não sou a mesma pessoa, a minha memória vai juntando pedaços e memórias que não consigo analisar de repente e, em momentos isolados, quando menos espero as coisas começam a fazer sentido. Sinto-me como se tivesse quebrado em pedaços sem entender bem como passaram os anos e o que aconteceu na jornada. Dói-me o coração só de pensar naquela frase, não importa o fim o que importa é a caminhada. Perdi a essência da caminhada, e o sentir-me uma tábua rasa é tão intenso que me esgota por si só a energia de sequer recomeçar a escrever uma nova caminhada. Deixo de estar alerta, deixo de ouvir, deixo de sentir, perco-me nas estradas secundárias sem conseguir distinguir ou sequer reconhecer a estrada principal. Mas não faz mal vou caminhando.
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