sábado, dezembro 10, 2005

Era uma vez...


...uma noite como muitas outras.
Uma noite fria e gélida
Sem direito àquele abraço.
Sem direito a nada.
NADA!
Apenas o direito àquela lágrima marota
Que escorrega sem permissão
Pela face anestesiada.
Muitas mais virão, sinto.
Hoje sinto uma força que me eleva
Que me conforma, que me encoraja
E me aquece o coração lentamente
Tão subtil que quase não a sinto.
QUASE!
Mas basta-me o quase
Para me agarrar à força do vivido
Que chega a ser absurda
Mas que vibra dentro de mim
E não consigo apagar a chama
Embora fraca e ténue.
Porque acredito tanto nas pessoas?
E ao mesmo tempo
Porque me custa tanto olhar nos olhos de um desconhecido
Tocar-lhe?
Porque me privo do resto do mundo?
Porque só a ti quero dar esse privilégio?
Porque sou assim!!!
Talvez um dia mude
TALVEZ!
Foi uma noite insólita como tantas outras
Sem final feliz ...
Sem os caracóis travessos a espreitar à sucapa
SEM...
ti!