domingo, junho 24, 2007

Block out thoughts



Hate me by Blue October

sexta-feira, junho 22, 2007

A qualquer momento...



"Tudo pode mudar,
a qualquer momento, inesperadamente e para sempre".

Paul Auster

A fragilidade da vida resume-se a uma frase tão simples como esta.
Para positivo ou para negativo o amanhã pode vir a ser diferente.
Pode não estar nossas mãos ou até estar. Mas este é dado adquirido.
Preciso de mudanças positivas, é urgente.


quarta-feira, junho 20, 2007

Laços invisivéis





Deixo de acreditar no amor, não no Amor... Mas sim no encontrar o amor, um amor para mim. Um amor correspondido. Nunca senti o amor incondicional de outrém, ou me permiti sentir... em casos especiais não correspondidos. Tambêm eu gostava de acordar e adormecer com um sorriso libertador e purificador. Depois de mais de duas décadas deixo de acreditar. Hoje não acredito, amanhã quem sabe espero acreditar. Não acreditar torna tudo menos luminoso, acrescenta muitas sombras a uma vida. Implica um olhar para trás para páginas escritas de um livro que ninguêm leu entusiaticamente. Um livro em que se escreveu um grande romance mas sem final feliz. Um livro que se fecha a cadeado por guardar letras demasiado sofridas, frases amadas, inesquecíveis na minha mente mas esquecidas no tempo e espaço. Tenho momentos de raiva imensa comigo mesma, odeio o modo como sou capaz de me entregar a um amor, a intensidade das minhas vivências, odeio a minha capacidade de sacrificio e sofrimento. Odeio a falta de assertividade e a incapacidade que revelo de dizer não a mim mesma. De me impôr limites a nível emocional, de não quebrar barreiras. Odeio-me por fazer de espectadora ao saber que caí no fundo do poço. Odeio-me por me orgulhar de cair por amor. Odeio-me por pensar que valeu a pena lutar por este amor. Odeio e amo este romântismo obscuro, odeio-me por pensar que nasci no século errado.

Magoa-me cada vez que penso que nunca, nunca, por nunca ser puseste a hipótese de te render a um amor assim. Mas ensinaste-me algo muito importante. O não assumir compromissos significa que se valorizam as coisas. Que valorizas demais os sentimentos e por isso mesmo não podes negar o que te move, essa procura sem requisitos apenas o sentir. E essa meta, que se transfigura num sorriso, é idealista e bela. Aguardo que um dia me notifiques de que encontraste a inspiração desse sorriso mesmo que seja outrém a torná-lo possível. Para que um dia também eu possa acreditar que poderá existir tambêm para mim, uma vez que o sorriso que provocas em mim está condenado a ser apagado pela borracha do tempo, apesar de se desenhar espontâneamente vezes sem conta.

Olho para trás só mais uma vez... relembro e guardo tudo para levar comigo. Estou esgotada. Não suporto mais tanto desprezo. Não o mereço sobretudo, sabes que não. Todo ser humano tem limites. Todo o ser humano depois de tanta compreensão, tanta partilha, tantos momentos... Perdi-me em laços invisivéis aos quais não atribuis significado. Quebrei-me como as ondas na praia. Quebrei-me vezes sem conta, por acreditar em ti. E tu nunca acreditaste em mim, esse conflito será de todos o que mais custará a resolver dentro de mim. Dói, e tu não me abraças. Dói e tu não me cuidas. Dói, tu afastas-me e dói a dobrar. Dói e tu começas a esconder-te nas palavras. Dói e desejo em delirio, que seja apenas um pesadelo, e que o sonho esteja à espreita nas próximas horas. Estou em queda livre...

domingo, junho 17, 2007

Efeito borboleta...



...as condições iniciais da teoria do caos!!!


"Amor é fogo que arde sem se ver
é ferida que dói e não se sente
é um contentamento descontente
é dor que desatina sem doer"

Que o poeta de todos os poetas
me conceda boa estrela
que a estrela de todos os astros
me premeie na lapela
prémios de honor
prefiro os muitos
oferecidos pelas mãos do amor
coroando o amor e seus heterónimos
nem vão caber nos Jerónimos

Amores anónimos não há
e assim foi pela madrugada
mesmo que seja um "assim fosse"
vou nomear-te namorada
ninguém já soube o que é o amor
se o amor é aquilo que ninguém viu
uma cor que fugiu
de um pano leve
e pairou serena e breve
no ar
(Pousa agora, borboleta
na pena deste poeta )

É uma cor que dá na vida
o amor
é uma luz que dá na cor
É uma cor que dá na vida
o amor
é uma luz que dá na cor
mas é uma batalha perdida
que se trava com ardor
é uma cor que dá na vida
o amor
dor que desatina sem doer

Se devagar se vai ao longe
devagar te quero perto
mesmo que o que arde nunca cure
vou beijar-te a sol aberto
é já dos livros que o instante
se parece tanto com a eternidade
e que o amor, na verdade
só se cansa de ti
se de ti mesmo te cansas

Mordidas mansas, emoções
suspiros densos, afagares
liberto das definições
o amor define os seus lugares
ilhas desertas até ver
ver o sol, a chuva
o arco do corpo
arco-íris, corpo a corpo
cara a cara, cor a cor
incandescendo o olhar
(Pousa agora, borboleta
na pena deste poeta)

É uma cor que dá na vida
o amor...

E ao pôr o dedo nas feridas
que supúnhamos curadas
provas de fogo atravessamos
no mar alto festejadas
não se controla o inesperado
nem se diz o indizível do amor
uma cor que fugiu
de um pano leve
e pairou serena e breve
no ar
(Pousa agora, borboleta
na pena deste poeta)

É uma cor que dá na vida
o amor...



Definição do amor: Sérgio Godinho e Camões
In Vida Real


Shhh.....




quarta-feira, junho 13, 2007

Mais




"Uma vez mais
Sem saber por quê desisti p'ra te dizer
Nada mais, quero mais...
Se não for assim
Esconde esse sorriso que me faz querer matar por mais
Mais mais, quero mais
Mais mais...
Por isso esconde esse sorriso que me faz querer matar por mais"

Esfera by Pedro Khima

sexta-feira, junho 08, 2007

Do silêncio...



Gostava de entender os motivos e a razões do silêncio... se me dizem que é liberdade, respeito mas não posso concordar. Ser livre é muito mais que isso... e além disso o outro também me pode libertar. Se me dizem que é paz que nos envolve e nos acalma em certos momentos, aí sim acredito já o experienciei. Quando o barulho exterior é demasiadamente estridente ou semelhante ao interior... procura-se uma paz um cantinho cá dentro que não produza som, que simplesmente pacifique o estado de alvoroço, o mau estar. Por outro lado o silêncio pode significar o inverso, afastamento, decepção, isolamento. Pode-se estar em silêncio e profundamente mal, sem saber o que pensar, como agir. Mas e quando duas pessoas por vontade de uma ou até das duas se remetem ao silêncio...??? Faz-me confusão... embora perceba situações e condicionantes que o provoquem. No entanto só me ocorre que nos dias que passam o diálogo, o conversar ... o reunir esforços para encontrar um caminho, uma solução, uma luz... não é definitivamente para todos. Um dia quando me ligar verdadeiramente a alguêm ... aliás esse alguêm se um dia existir ... vai ter que ser uma pessoa que apesar dos maus momentos e contratempos converse comigo, e apesar de poder estar triste ou zangado nunca adormeça sem conversar comigo e me dar um abraço. Admiro os casais já de alguma idade e com relações de anos a fio que andam de mãos dadas. Quero andar de mãos dadas com a vida, quero poder conversar contigo e simplesmente saber que estás aí para mim. O silêncio... só devia ser permitido quando os corpos se beijam numa dança... em homenagem ao próprio silêncio. Ok estou a ser radical ... o silêncio é preciso. Mas devia ter limites. Acendam-se muitas luzes... iluminem-se as pessoas, iluminem-se os caminhos. Acende-me uma luz esta noite...

quarta-feira, junho 06, 2007

Quebrámos os dois...

Eu a convencer-te que gostas de mim,
Tu a convenceres-te que não é bem assim.
Eu a mostrar-te o meu lado mais puro,
Tu a argumentares os teus inevitáveis.

Eras tu a dançares em pleno dia,
E eu encostado como quem não vê.
Eras tu a falar para esconder a saudade,
E eu a esconder-me do que não se dizia.

Afinal...
Quebramos os dois afinal.
Quebramos os dois...

Desviando os olhos por sentir a verdade,
Juravas a certeza da mentira,
Mas sem queimar de mais,
Sem querer extingir o que já se sabia.

Eu fugia do toque como do cheiro,
Por saber que era o fim da roupa vestida,
Que inventara no meio do escuro onde estava,
Por ver o desespero na côr que trazias.

Afinal...
Quebramos os dois afinal.
Quebramos os dois afinal.
Quebramos os dois afinal.
Quebramos os dois...

Era eu a despir-te do que era pequeno,
Tu a puxar-me para um lado mais perto,
Onde se contam histórias que nos atam,
Ao silêncio dos lábios que nos mata.

Eras tu a ficar por não saberes partir,
E eu a rezar para que desaparecesses,
Era eu a rezar para que ficasses,
Tu a ficares enquanto saías.

Não nos tocamos enquanto saías,
Não nos tocamos enquanto saímos,
Não nos tocamos e vamos fugindo,
Porque quebramos como crianças.

Afinal...
Quebramos os dois afinal.
Quebramos os dois afinal.
Quebramos os dois...

É quase pecado que se deixa.
Quase pecado que se ignora.



Toranja

Limbo




É ter a certeza da pior das verdades.

E mesmo assim desejar perder-me em ti.

domingo, junho 03, 2007

Talvez...




Talvez o sorriso já exista dentro de ti.
Talvez não precises de alguêm que te devolva a vontade de sorrir.
Talvez estejas a procurar o amor num vazio sem fim.
Já pensaste nisso?
Talvez eu deva ir dormir.
Talvez...

...o beijo que trago comigo
e o abraço sentido...

Talvez...