terça-feira, abril 29, 2008

Dói-me




Dói-me a vida. Doí-me a morte e o sofrimento. Mas hoje doí-me essencialmente a não-vida. Diriam os mais optimistas que é mentira, tens amigos, família, saúde, o que mais podes querer? Eu diria que queria crer. Quero a fórmula do optimismo por favor, se não for possível e já estiver esgotado...pronto forneçam-me apenas a fórmula do bem-estar, do distanciamento, de algo que me amenize esta turbulência e não me faça aterrar do pior modo possível. Que rídiculo isso eu também não quero, tenho medo ... aterroriza-me pensar sequer em tornar-me uma pessoa amarga e fria. Aterroriza-me aquele role model com que a vida me obriga a conviver todos os dias. É odioso o que o barulho de uns saltos autoritários fazem ao estado de alerta das pessoas. Isso, ignora-me, faz de conta que nesta semana eu não existo. É que esta semana existes aqui, para a semana já não, leis de um ciclo vicioso cheio de caprichos. Quando surgem as oportunidades e elas podem ser criadas passo atrás. Para que viver segundos que podem causar dias a fio de sofrimento, para quê negar. Para quê acreditar ... para quê sobreviver? Para quê viver o momento? Para quê fazer planos? Porque sim, planificação é precisa, não para todos mas eu preciso. Preciso que entendam que é preciso estrutura, fundamentação, preparação, registo, memórias... coisa de educóloga metódica e pessoa com historial de vida no minimo irónico. Existe a célebre frase a vida é o que acontece enquanto fazes planos, mas eu acrescento que a vida não é aleatória fazes escolhas, escolhes direcções, segues instintos é uma fusão de acontecimentos espontâneos e reflectidos. A vida de uma forma ou de outra acontece... e mais uma vez se coloca a questão de que caminho seguir o racional ou o emocional? Parece tão simples, como a última peça de um puzzle à espera de ser colocada no local certo.


P.S. Too much information... The system will shut down ... temporarily unavailable! Reboot? No! Sleep.