Completamente no limite. Confusa. Louca. Doidinha ao ponto de fazer loucuras esta noite. Já sei danos irreparáveis. Aguentar as consequências. E viver, mesmo que para isso não seja viver mas sim sobreviver. Deixar-me ir na corrente. Baixar a fasquia. Mergulhar no abraço do desconhecido e ser egoísta ao ponto de te levar comigo, dentro de mim a arder.... um fogo aceso, um fogo que me incendeia. A decisão está tomada hoje vou ... e depois de tanto tempo ainda tenho a sensação que mereço que me agarres esta noite e não me deixes ir. Como me engano ... tu já me deixaste ir há tanto tempo ... e não me agarraste. Não tiveste a intensidade, a garra, o sentimento, a iniciativa. Como eu queria que uma vez na vida partisses a loiça toda. Mostrasses espontaneidade... sentimento. Não aguento mais a ausência dos afectos. Não suporto a solidão tremenda a que me impus por ter-te cá dentro. Hoje os meus fantasmas vão tomar conta da situação. E, depois amanhã quando acordar serei eu, ainda mais desiludida com a vida. A repetir-te... A sentir na pele o reverso da medalha. Ou talvez não... Here goes nothing ....