Acabei de ver uma amiga a perguntar porque é que as pessoas investem tão pouco umas nas outras. E sem querer pensei em ti, em mim. Ponho-me a pensar no que nos move enquanto seres humanos que procuram a outra metade.
Não posso conceber que haja alguém que não procure, apenas alguém que se resignou, ou que se magoou tanto que já não aguenta mais abrir as portas porque o brilho dos seus olhos ficou lá atrás algures com alguém. Não posso acreditar que alguém queira simplesmente uma liberdade que acaba por ser uma prisão repleta de solidão.
Na maior parte das relações cedemos efectivamente quando a persistência nos toca ? Ou não nos toca minimamente, conseguiremos ficar insensíveis às manifestações das pessoas que nos rodeiam. Conseguimos ficar indiferentes a um desconhecido, se sentirmos aquela adrenalina que nos move, as tais borboletas?Ou efectivamente, não vamos sentir nada por essa pessoa, ou não o suficiente como às vezes desejaríamos para sermos um bocadinho assim mais felizes. Fazemos uma viagem, em que conhecemos várias pessoas e aquela poderá simplesmente não ser a única e a última a ver-nos o sorrir? Ou enganamo-nos com esta ideia? Será tão louca e descabida?