quinta-feira, março 08, 2007

Disarm me with a smile...





Dou comigo a tentar encontrar respostas ... sem fazer as perguntas. Sim eu sei que dizes sempre que faço perguntas difíceis ... é a minha natureza procurar respostas, é a minha tentativa de alcançar o outro e procurar entender as suas razões e motivos, é a criança que existe em mim a tentar aprender o porquê das vivências, dos acontecimentos. Sinto-me a voltar ao início, sinto-me no meio da multidão, naquele dia em que encontrei ao acaso no teu olhar a resposta para a minha solidão, em que encontrei no teu olhar algo em comum, volto àquele micro segundo em que o meu coração bateu mais forte por ti. Só que desta vez não olho para ti, olho para o vivido (a vida realmente consegue ser irónica) e lembro-me de como o teu sorriso me desarmava inesperadamente. Quando mesmo magoada, a ternura e o carinho falavam mais alto. Quando estás alegre, os meus olhos enchem-se de ternura, só fico tranquila quando estás em paz contigo e automáticamente sinto uma tranquilidade consequente. Não sei ser de outra forma, eu sei que não me devia preocupar como dizes, mas ainda não sei a fórmula para o evitar, e é agonizante sentir-te a sofrer. Perco-me nas memórias guardo-as em mim. Aprendi a não deixar o passado fugir e a registá-lo porque me recuso a permitir-me esquecer!! As histórias de vida valem o que valem e eu sou o que vivi, as pessoas que um dia me tocaram de modo especial. Sinto-me como uma tela de cores salpicadas ao acaso sem razão ou sentido, mas no fundo se repararmos bem o indefinido é que faz verdadeiramente sentido, as cores dispersas... e a tela assume um valor incalculável, só quem a pintou a pode exprimir por palavras, enquanto que os que a admiram apenas podem especular e NUNCA SENTIR OU RELEMBRAR O FRÉMITO MOMENTÂNEO, A ESCOLHA DAS CORES, O MOVIMENTO, O ESPAÇO E O TEMPO. Que saudades de me sentir viva, que saudades de não conseguir esconder um sorriso, a tua luz iluminava-me, aquele palpitar salutar, o arrepio leve. O mais bonito era a sinceridade que compartilhávamos, eram os olhos que lacrimejavam escondidos nos abraços sentidos, porque a sinceridade é assim, por vezes mais do que desejamos, dói e fere. Não controlamos o que queremos e acabamos sempre por querer o que não controlamos. E por isso preciso de encontrar as respostas, mesmo que sozinha, e embora às vezes sinta que as saiba, preciso de as entender e dizer bem alto para que as assimile e as aceite. É que a vida ainda não se explicou bem comigo e eu com ela. E às vezes dou por mim a olhar no horizonte e lá vou eu a correr para ti e para o melhor dos abraços. Porque os lugares especiais e as pessoas especiais permanecem apesar das mudanças de tempo e espaço e as podemos visitar sempre que quisermos. É dado adquirido essa resposta já encontrei.