Lutar contra algo que já não controlamos parece missão impossível. Quando já desejamos nem sequer sentir o que quer que seja, quando nos privamos da partilha que tanto nos faz falta e achamos ser acima de tudo saudável. Inspiro ansiedade, expiro preocupação. Utilizo os meios ao meu dispor para ocupar a cabeça e o corpo. Transpiro ideias e emoções que parecem não ter fim. Mas o batimento cardíaco alterna ora num estado de pura contenção ora num estado desgovernado que me deixa incontornavelmente descontrolada. Ok eu não desisto de me entender, de compreender tudo e todos. Preciso de entender para poder aceitar. Não é negação, não é raiva, é compreensão pura e dura. Aquela que nos obriga a alcançar as verdades, a batermos de frente contra elas, a chorar, a gritar, a desesperar, a expelir cá para fora tudo o que ficou e fica por dizer nos dias que o vento leva e não voltam mais. E depois espero, desejo, necessito de uma paz interior profunda mas como se diferencia a paz de vazio. O vazio que permanece inegavelmente pois existem demasiadas distâncias a superar. And it's so hard.