domingo, dezembro 04, 2011

The start of my greatest fight...


É agora que começa a dor que consegue ser mais excruciante. É agora que tenho que me parar. É agora que tenho que me obrigar a reagir. É agora que a luta interior se intensifica. Não me posso permitir continuar a lamber as feridas ... sei que se o continuar a fazer passarão dias, meses e anos e eu estarei aqui a afundar-me. Está na hora de quebrar o ciclo, não me posso negligenciar a esse ponto novamente. Não me posso afundar novamente a esse nível destrutivo. Não posso, mas não sei se consigo. Ainda estás aqui cravado no meu peito. Ainda sinto um amor profundo, ainda me derreto ao ver o teu sorriso, ainda sinto o teu abraço forte, o teu perfume, a tua voz, o teu beijo...ainda espero um milagre que mude tudo. Que nos faça ser pessoas melhores. Ainda acredito que a qualquer momento me digas que a vida vale a pena ser vivida nas asas do teu voar. 
Eu tentei, à minha maneira, tentei ser uma pessoa melhor. Tentei engolir o orgulho, todo o ressentimento e mágoa. Tentei por momentos abdicar desses sentimentos que me afastam de ti e ser pura e genuína. Mais uma vez me afundei. Tenho que me agarrar a um egoísmo que não sei onde ir buscar, a sentimentos que tenho que construir do nada e não sei onde buscar. Tenho que buscar caminhos ainda que os odeie e me façam sentir mal, e ser uma pessoa que não quero ser. Tenho que voar ainda que não saiba voar sozinha. Tenho que ter forças ainda que queira deitar-me e esquecer que existo. Tenho que te deixar partir ainda que saiba que te vou esconder no canto mais especial do meu ser. Tenho que te deixar de respirar, ainda que isso seja perder o sentido, os significados que tanto me agarram à vida. Tenho que me perder nos caminhos tortuosos vezes sem conta até encontrar os certos novamente. Não quero ouvir palavras de conforto...  quero sentir, quero perder-me no meu vazio,  andar com a nuvem o tempo necessário para lhe chamar amiga. Caminhar sem rumo, até conseguir suster a respiração e sentir-me viva. Até chorar incessantemente e sentir que as memórias não estão tão definidas e claras. Até que as emoções e sentimentos se dissipem e já não saiba percorrer os trilhos que me levam até ti. Sei que vou parar e olhar para trás à tua procura. E sei que não estarás lá para me dar a mão. Dói e irá doer por tempo indeterminado.