Adoro séries. Adoro histórias. Ainda bem que não tenho qualquer programa e não faço ideia de como as sacar, essa é a melhor coisa de um vício mantê-lo controlado com algo que simplesmente não controlamos. As novas tecnologias são fantásticas mas eu quero limites. De momento estou a acompanhar a anatomia de grey, californication, gossip girl, walking dead, covert affairs, homeland e existe uma lista de muitas mais que vou vendo e gostava de ver. Este fim de semana ao fazer o update semanal das best of do momento apercebi-me de uma palavra que foi repetida em várias. Ando muito atenta a palavras, ultimamente. Curiosamente andei a pensar sobre isso...E as palavras mais repetidas ou que pelo menos que mais eco tiveram em mim foram I'm in a good place. Excelente expressão. Very beautiful. Pronto gosto, gosto muito. Fez-me reflectir e aflorar as minhas ideias. Não estou num good place psicologicamente. Não sei bem onde estou. Entre um momento de sobrecarga de trabalho esgotante e um momento de inexistência de trabalho. Entre um momento de muita partilha e um momento de nenhuma partilha a nível afectivo. Entre momentos de grande sofrimento sem saber porque sentia tanta tristeza e um momento em que existe tristeza mas já não me fere como feria. O conhecimento que me atravessou nos últimos meses foi tão revelador como purificador. Mas isso não me impede de ser uma romântica incurável, as cicatrizes estão lá para sabermos que vivemos e crescemos e não para reviver os momentos, não para encontrarmos soluções ou respostas a perguntas que ecoam ainda baixinho mas ecoam. A aceitação dos momentos de mudança, de transição e até mesmo de sofrimento demora a chegar mas eventualmente chega. Não sei qual o meu lugar, não sei qual o meu caminho, não sei, estou naquele momento em que não existem setas, caminho apenas todos os dias com a esperança de encontrar água neste meu deserto.