sábado, maio 27, 2006

I MISS YOU

To see you when I wake up
Is a gift I didn't think could be real.
To know that you feel the same as I do
Is a three-fold, Utopian dream.
You do something to me that I can't explain.
So would I be out of line
If I said "I miss you"?
I see your picture.
I smell your skin on
The empty pillow next to mine.
You have only been gone ten days,
But already I'm wasting away.
I know I'll see you again
Whether far or soon.
But I need you to know that I care,
And I miss you.
(I miss you - Incubus)

Distância de Segurança


Dormi a tarde toda. A cabeça ainda pesa ainda estou a recuperar. Adormeço a pensar em ti e acordo contigo em mim, passeio pela casa, vejo televisão, ouço música, trabalho um pouco. Mas tu estás lá comigo, volto para os lençóis fecho os olhos é a tua essência que paira no ar. O que eu não dava para que estivesses aqui. O telemóvel olha para mim pisca-me o olho e quando dou por mim já te enviei uma mensagem. Brinco dizendo a verdade. Adormeço a altas horas penso no presente e no futuro como se o futuro começasse daqui a um mês. Tudo vai mudar. O mais provável era que não viesses… mas eu tinha de tentar, eu não te posso deixar ir assim. Teimosia e uma esperança paradoxal não me deixam desistir…

Acordo, ena são duas da tarde. Adoro os dias afastados da rotina, dos horários, das obrigações. Gosto de me sentir livre. De acordar por acordar e de dormir por dormir todas as horas possíveis e imaginárias. E acordar bem disposta. Vou a caminho da cozinha e ouço o telemóvel. Volto para trás, entro no quarto pego no telemóvel, leio a frase mais simples mas a mais bonita de sempre “Estou à tua porta para te ver.” Levo o telemóvel ao peito enquanto vejo a tua sombra através do estore. Respiro fundo e quase que nem acredito que vieste. Dou meia volta no corredor atrapalhada. Corro até ao espelho de pijama e toda despenteada. Perfeito, o pior de mim e o melhor, eu simplesmente eu! Abro a porta e abraço-te. Mostras desconforto. Fico apreensiva mas entendo. És muito bom coração e cedeste à minha pressão. Manténs a distância de segurança. És um bom condutor da nossa relação. Mais um milímetro e poderás encontrar-te na faixa de risco, o meu espaço a considerada zona crucial de impacto. Agora devo ser eu que tenho um sinal de trânsito proibido algures. Evitas mergulhar mantendo o farol aceso a qualquer custo. Admiro a tua resistência, penso boicotar a tua resistência. Não posso! Respeito-te demasiado para o fazer. Falo que nem uma tagarela. Observando-te, pensei imensas vezes que aquela era a parte em que colocavas a cabeça no meu colo e eu te mimava e fazia cafoné…
Dou por mim dizes ok três vezes seguidas, estás mesmo para ir embora, mal falaste, mal me tocaste, mas sei que me sentiste. Foste! Sinto uma lágrima a querer escapar, sempre que partes fico com um nó cá dentro. Demora a desatar.
Contigo aprendi a esperar…

domingo, maio 21, 2006

On my way

"O principal é deixar que flua sem vírgulas no caminho, pois o amor é uma frase interminável que começa com maiúscula e se escreve de dentro para fora e vice versa, e cuja leitura nunca termina, até que acaba."
Bruno Campell
Por favor esquece as vírgulas... e escreve... escreve gestos de carinho, escreve o encontro da àgua com a cascata em tempo de secura, escreve dentro de ti que és ouro em tempo de crise, escreve que te espero... escreve que te quero... e deixa-me a mim escrever também. E depois? Vamos ler cada palavras devagarinho degustando cada significado sem promessas mas com vivências. Acredita em mim...

sábado, maio 20, 2006

Amarras



O ar começa a invadir-me
Através de um sussurro
Um arrepio demorado
Uma vibração antagónica
Ora afável, ora desconfortável
Inspiro levemente
Paulatinamente…

Começo aos poucos
Como se chamasses por mim
Como se me desses forças
Sem teres noção
Como se me chamasses
Por impulso
Num acto arbitrário


E subitamente
As tonturas passam
As dores de cabeça desvanecem
E eu sigo-te…

Vamos largar as amarras
Deixar a âncora que prende
Pairar sobre a brisa
Voa, vem comigo
Prometo um mar de estrelas
E de gotas de azul …

O antes e o depois
Pertencem aos deuses
Não nos vamos preocupar
Soltas as amarras desta vez?
Prometo devolver-te às estrelas..
Soltas??

Frémito do meu corpo


"Frémito do meu corpo a procurar-te,
Febre das minhas mãos na tua pele
Que cheira a âmbar, a baunilha e a mel,
Doida anseio os meus braços a abraçar-te,
Olhos buscando os teus por toda a parte,
Sede de beijos, amargor de fel,
Estonteante fome, áspera e cruel,



Que nada existe que a mitigue e a farte!
E vejo-te tão longe!
Sinto a tua alma
Junto da minha, uma lagoa calma,
A dizer-me, a cantar que me não amas...
E o meu coração que tu não sentes,
Vai boiando ao acaso das correntes,
Esquife negro sobre um mar de chamas..."

Florbela Espanca

Respirar



Eu quero respirar, respirar perdidamente!
Respirar só por amar: Aqui... além...
Mais hoje e amanhã,
Respirar-te e não a toda a gente!
Respirar! E não respirar mais ninguém!





Ps. Homenagem a Florbela Espanca

Para ser lido correctamente deves substituir a palavra respirar por amar.

domingo, maio 14, 2006

Pedras no caminho



"Posso ter defeitos,
viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo,
e que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver,
apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas
e tornar-se um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si,
mas ser capaz de encontrar um oásis
no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica,
mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."

Fernando Pessoa

sábado, maio 13, 2006

NIGHT SEVEN


Pronto! Já sei pirei de vez...
Internem-me por favor.
Vou descansar...
Tou a ter alucinações...
Tonturas...
Doi-me a alma e o coração!
Dóis-me!
Socorro!

NIght six: FRÁGIL


Põe-me o braço no ombro
Eu preciso de alguém
Dou-me com toda a gente
Não me dou a ninguém
FrágilSinto-me frágil

(...)

Frágil Sinto-me frágil
Frágil. Esta noite estou tão frágilFrágil
Já nem consigo ser ágil

(...)

Acompanha-me a casa
Já não aguento mais
Deposita na cama
Os meus restos mortais
FrágilSinto-me frágil
FrágilEsta noite estou tão frágil
Frágil
Já nem consigo ser ágil

Jorge Palma

NIGHT FIVE

Não houve noite porque a noite sou eu.
Se a tristeza tivesse um nome e uma morada.
Seria o meu rosto neste momento a sua casa e a sua morada!
Porque me tratas assim… Eu não merecia! Eu merecia 10 minutos que fossem, eu merecia.


TORTURAS-ME MAIS DO QUE SUPORTO! E desfaleço... atiro-me contra o abismo na esperança de renascer. Mas será que não percebes que preciso de ti, da tua ajuda! Como consegues... sei que não és assim!

NIGHT FOUR : VOO NOCTURNO


É incrível como a tristeza pesa e desequilibra nestes dias de festa. Como a tua ausência me fere. Encontro-te e não resisto em interpelar-te. As tuas bengaladas na minha cartola apaixonada. O teu olhar enternecido, tão doce. Apetece-me abraçar-te e não te largar mais e de súbito desapareço na multidão na tentativa de controlar o ímpeto e a vontade. E de novo no meio da multidão alienada e alucinada são os teus caracóis que sobressaem e me impelem num olhar ávido de ti uma vez e outra incontrolavelmente sem fim. Estarei louca tu também me olhas… Este mundo só pode estar do avesso. As amigas chamam-me à razão, outra aconselha-me a viver o presente. Não suporto ter de fugir à vida, ao que sinto. É demasiada tortura. Basta! Arrasto-me até casa é insuportável estar a metros de ti e não poder abraçar-te. Voo para longe de ti sempre na esperança de que me impeças ou voes comigo…
Preciso de me acalmar, preciso de acreditar no amanhã mas é difícil guardar-te sem que a ferida renasça da cicatriz ainda por sarar…



Contentores
A carga pronta metida nos contentores
Adeus aos meus amores que me vou
P'ra outro mundo
É uma escolha que se faz
O passado foi lá atrás
Num voo nocturno num cargueiro espacial
Não voa nada mal isto onde vou
P'lo espaço fundo
Mudaram todas as cores
Rugem baixinho os motores
E numa força invencível
Deixo a cidade natal
Não voa nada mal
Não voa nada mal
Pela certeza dum bocado de treva
De novo Adão e Eva a renascer
No outro mundo
Voltar a zero num planeta distante
Memória de elefante talvez
O outro mundo
É a escolha que se faz
O passado foi lá atrás
E nasce de novo o dia
Nesta nave de Noé
Um pouco de féletra
Xutos & Pontapés

Day Four


O cortejo


“A malta salta e é realista
Que a melhor malta é a finalista”.

Day three












Fomos de directa para a figueira
Não cabia mais vivalma naquele comboio
Foram pessoas em locais estranhos
Bagageira, no chão entre os bancos
2 doutores de engenharia animaram a viagem
Divertidos e fofos
Daqueles a quem se aperta a bochecha
Ainda com mais uns anitos pela frente
Que sortudos!

A Chegada…
Depois de uma infindável caminhada
Sem dormir uma única hora
Eis que vejo o deslumbre
Uma praia de areia branca
Invadida por centenas de capas negras
Foi uma visão mágica…
Que guardo comigo
Das mais bonitas e belas
Destes dias de festa

Enfim aterramos na areia
Depois de umas fotos
Não fosse eu a fotógrafa de serviço
As recordações vão comigo
Não me perdoaria, se assim não fosse.
A tua chamada ecoava dentro de mim
Incógnita e silenciosa.

Dormi duas horinhas
Naquele êxtase de estudante trajada
Numa praia embrulhada sobre a capa negra
Como uma verdadeira quintanista
Que vai à garraiada

Enfim o desfile na arena
Quintanistas orgulhosos
Foi lindo olhar para a bancada
Fitas laranja a acenar
Inesquecível e deslumbrante
Um sentimento de verdadeira estudante.


NIGHT TREE


E ENTÃO DORMI…………….depois de um dia lindooooooooooooooo!


Ps. Às quintanistas mais companheiras e amigas do coração (Mari, D e Guida)

Night TWO



A noite sobre a cidade
A tua chamada que ainda não percebi
E que não explicaste
O que entristece
Rui Veloso na madrugada
Mais uma vez …e um ano depois:


”Ai o que eu passei, só por te amar.
A saliva que eu gastei, para te mudar.
Mas esse teu mundo era mais forte do que eu.
E nem com a força da música ele se moveu.
(…)
E era só a ti, quem eu mais queria,
Ao meu lado no concerto nesse dia."

Não há palavras…

NIGHT ONE, FRIDAY


Coimbra alucinada, Coimbra dos doutores. A noite cai sobre a cidade. Desço as ruas até encontrar as minhas estrelas-amigas. A festa é inebriante, a alegria contagia. A música eleva-me. É curioso como oitenta por cento das músicas falam de amor. De histórias vividas… E é incrível como a multidão as canta a plenos pulmões. A multidão só quer ser amada, a multidão quer muitos mimos como tu. Busquei cafeína porque o dia foi de trabalho. E após a busca demorada da cafeína mais uma vez o meu olhar encontra o teu. Porque será que o teu demora tanto a encontrar o meu…Quando fui notificada pelas amigas da tua presença, tardiamente porque o meu olhar já te virá muito antes. Derramaram me o café no casaco. Ainda pensei dar o teu nome à nódoa em homenagem. Mas não pude porque as nódoas se eliminam. E tu continuas sempre comigo! Perdoa-me foram momentos alucinados. Após a bebida orgásmica de eleição! Não percebo porque sentia tanto frio. Muito frio mesmo. Perco me com a paisagem e fecho os olhos para nunca mais a esquecer. A vista para a cabra levo-a na algibeira, porque a ti levo-te no coração.
E quando mais tarde cruzas o caminho e me perguntas se está tudo bem…Impulsivamente Apetece-me responder: Não amor, quando não estás não estou bem! Sem tigo…Mas hei-de ficar um dia…
Que a vida não pode ser tão madrasta. Sete da matina, os meus lençóis esperam-me… E tu não!

Serenata da despedida

Amigas reunidas
Fitas laranja para acenar
Porque a partida começa a ameaçar
Horas a fio de espera


O fado começou …

E o coraçãozito disparou

A declaração de amor que interrompeu

A sirene do inem que não se esqueceu

E mais uma vez no meio da multidão

Na ruela da direita lá estavas tu

Porque será que para além de estares sempre comigo

A vida faz questão de conduzir sempre o meu olhar até ti.

O fado começou a soluçar…

As lágrimas a dançar entrelaçadas com a face da vida

O momento da mensagem, dou por mim

Estás ao pé de um sinal de trânsito proibido

Será que alguém cruel me estaria a querer dizer algo…

Que metáfora desconcertante…

Enfim perdi-te na multidão..

Mais uma vez…

O Grito dos estudantes ecoou

As fitas escrevinhadas que a tua mão não abençoaram

As fotos para recordação…

E zás a vida prega-me outra partida

O viajante fotógrafo outrora amante

Encontrou me de semblante

Eis que surge a ironia

Dois anos depois o mais louco de todos

Vem ter comigo abraça-me estranhamente

E pergunta como vai a vida!

A vida vai, eu é que vou ficando…



p.s. aos amores que não esquecerei e que ficam comigo…

segunda-feira, maio 01, 2006

capa negra de saudade


Sentes que um tempo acabou
Primavera de flores adormecida
Qualquer coisa que não volta que voou
Que foi um rio, um ar, na tua vida

E levas em ti guardado
O choro de uma balada
Recordações do passado
O bater da velha Cabra

Capa negra de saudade
No momento da partida
Segredos desta cidade
Levo comigo p’ra vida

Capa negra de saudade
No momento da partida
Segredos desta cidade
Levo comigo p’ra vida

Sabes que o desenho do adeus
É fogo que nos queima devagar
No lento cerrar dos olhos teus
Fica a esperança de um dia aqui voltar

E levas em ti guardado
O choro de uma balada
Recordações do passado
O bater da velha cabra

Capa negra de saudade
No momento da partida
Segredos desta cidade
Levo comigo p’ra vida

Capa negra de saudade
No momento da partida
Segredos desta cidade
Levo comigo p’ra vida

bye..;(
BALADA DE DESPEDIDA DO V ANO JURÍDICO 1989