Os olhos pesam e perdem-se na infindável numeração labirintica que me passa pelas mãos nos dias que passam. Esta última fase deste percurso começa a tornar-se insuportavelmente penosa. A cada pequena etapa superada um suspiro de alivio, a cada dificuldade mais um fechar de olhos de desespero. Acho que quando isto acabar desmaio de cansaço. Pé ante pé, arrastam-se os dias através de um esforço que já escasseia. As teclas tão cansadas! Pedem descanso. Se pudesse renovar as forças com um banho revitalizante de esperança e vontade de fazer mais e melhor, não hesitava. Coragem faltam apenas duas semanas para o merecido descanso. Para o extravasar de todas as emoções contidas num ano de descrições infindáveis. Tanta coisa que não passa para o papel. Tanta coisa que fica comigo. Visto-me de palavras semi-transparentes, quase azuis. Um azul quase transparente porque não gosto de ocultar desejos e vontade de esconder a pureza que os gestos podem transmitir. O visivel e o descritível jamais conseguirão alcançar a carga emocional que vai dentro de mim. Amei este ano maluco. The last but not the least. Bem hajam todos.