A vida dá muitas voltas, faz-nos pensar e repensar o modo como agimos, porque agimos ou porque não o fazemos. Quando deixamos de viver espontaneamente e demasiados pensamentos nos ocupam a mente, toldam a forma como agimos, como vivemos. Pensei demais, pensámos demais e o preço foi pagarmos por não vivermos juntos logo agora... Visto de fora parece tolice. Visto de dentro ... não era preciso já um teste destas dimensões, não era preciso... Não somos tão fortes quanto já queríamos ser. Eu não sou, nem pretendo. Eu a esta altura do campeonato não tenho estrutura para aguentar dias cheios de cor... tão preciosos para depois ser novamente privada por tempo indeterminado... Estou... sou frágil e instável como o tempo, preciso de segurança, não quero mais incertezas e não vida. Ao olhar-me sei que já não sou a pessoa saudável que um dia fui. Sou apenas eu com as minhas sombras e nuvens e tornei-me numa pessoa que precisa de saber e sentir... Existem estudos que comprovam que não aguentamos fisicamente o estado de paixão pois é demasiado esgotante emocional e fisicamente... e por isso os sentimentos vão mudando, as relações vão sofrendo alterações e vão crescendo ou não. Quero dizer que sinto paixão... mas já nem sei os seus sintomas... se são inquietação, insónias, um aperto bem forte quase falta de ar... uma esperança absurda de que as próximas semanas deixem de existir... então é isso.