Hoje não me consegui conter... deixei que a tristeza viesse das profundezas com a intensidade que infelizmente tão bem conheço. Aquele peso na cabeça, aquele aperto, aquele sufoco... esta sim sou eu. Não sei ser feliz... não sei andar sozinha pelos caminhos da vida... faltas-me... e não entendo este novo pesar. Não entendo esta minha cabeça... é assustadora. E, ainda assim ... dizes que não estás assustado, pois eu estou em quantidade suficiente pelos dois. Não te aprendi tanto como gostaria, não sei interpretar sobretudo a tua calma, o teu silêncio... Sou um ser em constante e tremenda agitação... estou repleta de sombras e perguntas, sinto um medo terrível. Chego a pensar que só, não me martirizo tanto... chego a desejar no último nanosegundo da hora... a paz que a solidão já me trazia antes de entrares na minha vida. É tão desgastante ter-te e não te ter ao mesmo tempo. O peso que a espera tem causado, a insegurança, a tristeza, a solidão .... tem sido demasiado duras. A culpa é sempre da intensidade com que nos partilhamos antes a tantos níveis, sempre ali a toda a hora... não existiu equilíbrio tanto que a balança pesou e doeu. Ainda dói...
"Eu sou um aeroporto. Chegadas e partidas são a única certeza na minha vida!" Lucas Silveira