Era um 38 muito especial... da janela ... uma abertura para mundo exterior... da porta para dentro uma abertura para o meu mundo... durante os 4 anos mais significativos da minha existência. Ás vezes a palavras saudade deve sentir-se aflita para albergar tamanho significado que lhe atribuímos, de uma só enfiada todos os segundos, minutos, horas, dias, meses e anos.
Era um cantinho muito especial do tudo e do nada, dos sonhos e das vivências, das quatro paredes brancas em que escrevia o teu nome. Dos golfinhos azuis ... que me protegiam e das gotas de azul que condiziam comigo e com o branco ainda por escrever... por rasurar... por amar. Pintámos as paredes tantas vezes de azul... Partir não devia ser uma palavra, não devia existir... permanecemos nos locais e nas pessoas que marcamos. Ainda tentei apagar as minhas impresões digitais, tonta eu ... tantas horas perdidas!
Desta vez não foste só tu que partiste... ambos partimos seguimos caminhos separados... eu alguns kilómetros para norte e tu para nordeste... Não fica assim tão longe pois não? O norte do nordeste? E afinal não existe nada como o centro para nos encontrarmos de novo.
Desta vez tranquei a porta mas fechei-me do lado de fora...
Tranquei-me cá fora!
So long 38! Rest in peace ....