Arrepia-me a indiferença. Revolta-me o desprezo. Mas eu assusto, EU! Eu sou o que sou e tu és o que és. Eu sinto o que sinto e tu sentes o que sentes. Debruço-me sobre o coração para ver a lua e as estrelas mas tu não! Tu olhas simplesmente para dentro e para cima. É uma questão de perspectivas diferentes. Caminhos separados, mãos que não se unem. Corpos que se cruzaram. Vontades distintas. Emoções abstractas. Um sonho-pesadelo que durou num tempo e espaço igualmente abstracto, indefinido mas sentido. O cumulo da insanidade aliada a um conjunto de circunstâncias que se transfiguram em pensamentos. O espelho de um ser em constante mutação, a sombra que uma lágrima deixou enquanto escorregava pela alma. Isto sou eu hoje, isto eras tu ontem.