"Uma relação é um ser vivo. Tem a
sua dinâmica, o seu próprio crescimento, a sua própria identidade. Não é
o absoluto, tão-simplesmente porque os absolutos não existem. Mais
do que a ultima a morrer, a esperança deve ser cada dia mais VIVA em nós, para que
aceitemos de uma vez por todas que se ainda estamos ‘sozinhos’ é porque ainda
não chegou a hora de estarmos acompanhados."
http://entrenos-livro.blogspot.pt/, Isabel Leal
É a vulnerabilidade da incerteza que nos torna frágeis. Não me arrelia nada estar só, pelo contrário faz sentido para mim que assim seja. O que me arrelia são as perguntas de pessoas familiares e outros que tais que do alto da sua sensibilidade conseguem fazer as perguntas mais constrangedoras ou as afirmações mais preconceituosas e estereotipadas. Sei quem sou, reconheço a minha complexidade e reconheço o quanto é difícil estar lá para mim, sou cansativa, sou teimosa, sou eu. O que eu não posso aceitar mais é estar com alguém só para não estar só. O que eu não posso aceitar é uma relação caótica, cheia de disparidades e sofrimento isso não posso mais, essa aprendizagem eu já fiz. Agora que existe uma senhora Esperança, que segundo dizem é a última a morrer e que acredita que um dia vai encontrar alguém muito especial, existe pois existe. O problema da esperança é que consome. Mais vale viver uma vida a sentir me completa e una e só, do que uma vida esperançada em algo que poderá não acontecer. Grande parte da literatura diz que só quando a pessoa se sente em paz consigo mesma é que está preparada para a existência de alguém na sua vida. Isto dá-me uma vontade rir incrível é que só conhecendo o estado em que vai a minha cabeça... isso deve ser daqui a anos-luz. E portanto não vale a pena, esperar e desesperar. Vale a pena, viver cada dia e sentir que vivemos a fazer aquilo que mais gostamos.Só peço vida, não desistas de mim.