terça-feira, dezembro 21, 2010

domingo, dezembro 12, 2010

Ampulheta

Hoje, ou melhor, ontem, que já é tarde, comprei uma ampulheta! E pronto, era só isso! Às vezes existem coisas que sempre quisemos ter, sem motivo ou razão aparente. E, apesar de ,não ter utilidade aparente... faz-me sorrir. Estou sempre a virar o jogo, e assim, o tempo não foge. Ok, vou dormir! A sorrir e a ouvir Sara Tavares, Ponto de Luz: 

Escutando no vento
Tua voz secreta
Que me sopra por dentro
Deixa-me ser só seu
No teu colo eu me entrego,
Para que me nutras
E me envolvas
Deixa-me ser só seu
Um ponto de luz
Que me seduz
Aceso na alma
Um ponto de luz que me conduz
Aceso na alma
Por trás dessa nuvem
Ardendo no céu
O fogo do sol raia
Eternamente quente
Liberta-me a mente
Liberta-me a mente
Um ponto de luz que me seduz aceso na alma
Um ponto de luz que me seduz aceso na alma

sexta-feira, dezembro 03, 2010

quarta-feira, dezembro 01, 2010

Arrepio gélido

Sinto-me a esvaziar o coração, a esgotar-se qualquer réstia de sentimento puro. Quero sentir raiva por te ter deixado afectar-me assim e nem esse sentimento me arrancas. Nunca soubeste verdadeiramente que podias ter, o melhor de mim. Uma amizade pura e envolta de ternura . Mas não afastas-me, afastas-te, afastas o que fica de mais puro e comprovas a teoria de que a amizade é mesmo só daqueles que a sabem verdadeiramente preservar e sentir. Existem pessoas que não estão aqui todos os dias, e que estão cá dentro, sei que se gritar no instante seguinte as tenho aqui e dói-me que não sejas uma dessas pessoas. Gela-me o coração, é quase que inacreditável. A determinação às vezes é mal interpretada, a vontade de demonstrar que estamos lá pode ser entendida como negativa, ou imposição. Mas não te convenças disso! Não te enganes mais do que me enganas a mim. Não tolero rótulos para a pureza dos meus sentimentos.

domingo, novembro 21, 2010

Sussuro...

Abraça-me, não me deixes em silêncio. Acorda-me desta dormência que a dúvida causa. Diz-me que é mentira, ou verdade, o que os meus olhos querem ver e o que o meu coração sente. Dá-me motivos palpáveis para acreditar. Embala-me em sons que só tu sabes que são nossos. Dá-me luz, vida ou então, não me dês nada para depois me voltares a tirar o sorriso do rosto. Desperta-me com o teu beijo doce, com a sensibilidade tão singular que só tu me transmites. Arrebata-me a alma, faz-me vibrar. Incendeia a minha vida aqui e agora. Emite sinais de luz, de espontaneidade, de vida.
Ou então, deixa-me de vez, deixa-me sem te respirar tão perto, sem ouvir os teus sussurros, sem sentir a tua liberdade nos meus poros, sem  conseguir cheirar o aroma fresco e jovial que emanas. Faz desvanecer a admiração, a ternura e o sorriso feliz que mora cá dentro. Diz-me baixinho!

quarta-feira, novembro 17, 2010

Longe do mundo



Em modo teardrop!

domingo, novembro 14, 2010

Vida!

Tenho medo. Tenho mesmo receio de estar a desaparecer. Ok, não é de estar a desaparecer, é de estar num estado de pouco equilíbrio em que o trabalho pesa mais que tudo e me absorve. Estou a viver outras vidas que não a minha, e ao mesmo tempo a viver a minha como se tivesse um colete de forças. Choro, vivo, lamento e sofro com eles. E dói, dói demais saber certas coisas. A vida ensina-me muita coisa e cada vez mais. Mas vida, às vezes não sei ler as lições como devia. Não sei deitar a cabeça na travesseira para dormir e esquecer. Vivo tudo demais, com profundidade, com sentimento desmedido. Vida, estás aí? Não me deixes cair mais, não me deixes desaparecer. Lembra-me todos os dias que as épocas de sacrifício valerão a pena, sim? Lembra-me, que existe afecto, tacto, visão, olfacto, sensibilidade e vida para além da minha. Adrenalina e amor. Não me deixes esquecer.

segunda-feira, novembro 08, 2010

Lentes adequadas?



Sussurro para mim mesma que não é verdade. Que os meus olhos querem ver e ouvir aquilo que eu mais desejo que aconteça. Às vezes desejamos tanto que aconteça aquilo com que sempre sonhamos nas profundezas do nosso ser. Mas chegamos a um ponto em que nos colocamos em dúvida. Estarei a ver a realidade que quero ver com as lentes adequadas? Quero ver com nitidez sentir com nitidez, viver com a pureza das emoções ser livre sem ser verdadeiramente livre. Quero voar com asas na direcção partilhada, quero ver aqueles filmes e aquelas séries, quero sentir e ter a certeza que é verdade.

domingo, novembro 07, 2010

Void

Hoje acordei com a estranha sensação de vazio. Com a sensação de que aprendi tanto com a vida, de que aprendo todos os dias com a vida dos outros que me passa pelas mãos. E a cada dia que passa sei, que muita coisa tem que mudar, muita coisa tem que acontecer. Sei que está nas minhas mãos o poder de iniciativa. Vejo pessoas com uma sensibilidade que me arrebata, quero tê-las por perto mas não saio da minha concha. Porquê? Por respeito a outras pessoas, por regras que imponho a mim mesma, por receio de ser mal entendida e parecer ridícula. Estou cansada de ter tantos princípios, de assumir demasiado as responsabilidades e não conseguir olhar para o meu umbigo mais vezes. Cansada de não exigir o que de facto mereço do mundo e das pessoas. Cansada do silêncio, cansada da não vida, cansada de não estares aqui para me abraçar.

sábado, novembro 06, 2010

terça-feira, novembro 02, 2010

Beaucoup...

Penso e repenso. Acordo e olho para o lado. Saudades de acordar e poder fazer diabruras a dois. Sei que estás aí longe, em silêncio. Acima de tudo sei que existes e o quanto desejo a cada dia que passa que estivesses aqui. Sim, eu sei beaucoup de romântico! Just in case!

Stress



Stress muito stress, tem sido a palavra de ordem nos dias que correm e será até meados deste mês de Novembro. De qualquer forma um obrigadinho especial a quem permitiu que um peso enorme saísse das minhas costas, ao dizer que até ao final do ano estou a modos que empregada. Agora o que eu gostava de saber era se terceiros me induziram mais trabalho do que necessário de propósito, com essa grande desculpa. Mas lindo, lindo foi ver as caras dessas mesmas pessoas desmascaradas numa reunião geral. Em todo lado existem pessoas ambiciosas, com vontade de vencer. E isso é mesmo legitimo, agora passar por cima dos outros só porque sim ou tratar as pessoas de modo diferente alto lá! Bullying no trabalho? Isso é que era bom!
Deixa-me feliz poder contribuir para que pessoas com histórias de vida complexas e muito duras possam ter novas oportunidades na vida, e que eu apesar de todos os obstáculos e aprendizagens que exigi contribui para isso. Mais 2 mesinhos de hard work, mesmo a doer e vai saber bem ao fim ver as pessoas realizadas e sentir o peso da responsabilidade a esvoaçar... para longeeee. Prometo a mim mesma que 2011 será ano de uma viagem de comemoração. Aceitam-se sugestões e companhia da boa. Já estou a sonhar...

quinta-feira, outubro 28, 2010

What

"And I want to be held down. I don't know what to do with the horrifying freedom that can destroy me."


Clarice Lispector

Who's?

terça-feira, outubro 19, 2010

Emoção

É com imensa emoção que fico quando a vida me presenteia e permite a partilha de finais felizes de pessoas que tanto são importantes para nós. Existem conversas no tempo e no espaço, vivências que para sempre ficarão gravadas nas nossas memórias e nas ruas de Coimbra.
Saber e sentir que existem valores, sentimentos, emoções, a partilha desses momentos e que se concretizam é o maior dos privilégios. Assistir aos momentos felizes, à caminhada, a uma luta e saber que valeu a pena. Não existem palavras para descrever apenas um sentimento genuíno de pura felicidade. Um momento de lágrima ao canto do olho. A felicidade conquista-se é bem verdade. E para aqueles que a conquistaram, que tenham a boa sorte de a saber preservar e manter. Façam o favor de ser muito felizes!

sexta-feira, outubro 15, 2010

Inspiração

Sinto uma tremenda responsabilidade e respeito pelas pessoas adultas que acompanho na minha profissão. Hoje num momento de recta final, emocionei-me pela inspiração que me deram, pelo alento e esperança. Leio todos dias histórias de vida, com cada lição e penso muito nas pessoas. E como lutam para chegar onde chegaram e como continuam a lutar. Dos temas mais focados hoje foi a aposta na formação na progressão da escolaridade e na aposta da formação contínua. 
Hoje senti uma compulsão e uma vontade tremenda de deixar tudo aqui e agora e ir fazer mais formação. Penso muito nisso, com os meus botões é me intrínseco causa-me estranheza sentir-me parada. Quero evoluir,crescer, aprender. Especializar-me em vertentes do foro social e da psicologia quem sabe. Preciso de encontrar novo rumo não tarda. Ando a espreitar o exterior.  Preciso de vida, novos horizontes, quem sabe uma viagem por uns meses e uma formação. O útil e o agradável.  Também já pensei em ir uns meses fazer voluntariado para fora, sentir-me verdadeiramente útil, fazer a diferença. Ou talvez comece só por fazer voluntariado cá, algures num sitio que me motive. Ando à procura... Quero muito maiiiiiiiiiiiiis!

quarta-feira, outubro 13, 2010

Far inside


I resigned
From myself
Took a break
As someone else

It's like i've come undone
And i've only just become
Inflatable for you

(...)

I don't mind
Most of the time
But you push me so
Far inside 


Bush, Inflatable


segunda-feira, outubro 11, 2010

True Story


Este fim de semana aconteceu-me algo de muito inesperado que me deixou a pensar e muito. Estava sentada à espera, perdida nos meus pensamentos quando senti alguém a cruzar um olhar com o meu. A pessoa dirigiu-se a mim, atendeu-me com uma gentileza inexplicável, massajou-me a cabeça de forma não usual e delicada. Conversou comigo e o tema acabou por ser a qualidade de vida, não falei muito. Ando sempre muito distraída e absorta num mundo paralelo, muitas vezes falam para mim e não estou lá e nem ouço, como se desligasse o botão espontâneamente. Facto que me leva a ser constantemente criticada pelos meus familiares e que já me causa muito mau estar. Mas voltando ao assunto anterior falámos e senti uma empatia enorme da parte da senhora. Disse-me simplesmente que estarmos vivos era a maior bênção que existe e que o devíamos agradecer todos os dias. Pode parecer demasiado banal ou simples o que ela disse mas o contexto foi tão idiossincrático que me deixou paralisada. Ainda estive para continuar a conversa e dizer que de facto quando a saúde afecta as pessoas que nos são mais próximas e queridas, e quando põe em causa o bem estar básico das pessoas de facto, é uma bênção estar bem, de boa saúde e vivos. Mas a conversa não ficou por aqui, ela disse-me ainda que estarmos bem connosco mesmos é a maior das riquezas, a confiança faz-nos sentir pessoas com auto estima elevada. E agora pensando bem estava na cabeleireira. Mas estas palavras sábias perfuram-me e ficaram a ecoar. Como se tivesse contactado com um monge sábio e ele me estivesse a transmitir o maior dos seus segredos e sabedoria. Contei hoje é minha irmã e ela disse tu realmente pensas em cada coisa, és uma tolinha. Talvez... Para a próxima já não conto nada. Serei eu assim uma pessoa que vê o que não existe? Sente e interpreta diferente? E será que o facto de ser assim me afasta da vida?


Momentos delicodoces...

Ouvi no outro dia alguém dizer que sabemos que estamos apaixonados quando essa pessoa entra no messenger e nos nossos rostos sentimos aquele sorriso fácil e sincero, e a voz baixinho cá dentro a dizer: estás aí! Quando o coração palpita, o nervosismo cresce, a ansiedade aumenta. Perdeu-se o romantismo dos gestos antigos, a tentativa de demonstrar o que se sente através de flores ou outras surpresas mais românticas e apaixonadas. Ganhou-se a proximidade a tempo inteiro mesmo que virtual. Mas quando o sorriso nasce de forma espontânea dentro de nós desta forma sempre, quando já não é a paixão que fala é a ternura de tropeçar em alguém que nos é querido. Confesso que sinto saudades do get physical, de roubar um abraço sentido, de roubar um sorriso com um gesto ou carinho. Será que as pessoas se tornam mais frias e conseguem viver sem estas representações palpáveis e tão saudáveis, ou será uma necessidade dos tempos mais modernos e as pessoas deixam de se manifestar pessoalmente não só por motivos de distância (física e emocional)? Fiquei lá atrás no espaço intemporal e imaterial em que o sorriso espontâneo não se esgota, não posso pensar na frieza dos afectos, não posso pensar que continuo apaixonada pelas pessoas, sei que vejo uma luz e quero olhar para a luz, a verdadeira essência dos momentos delicodoces e ficar dentro deles como que numa bola de sabão que não vai rebentar. Isso não, ninguém  me pode tirar. E se as pessoas são ou deixam de ser espontâneas e sinceras, não faz mal. Todos temos aqueles pensamentos mais íntimos que simplesmente não vamos partilhar... mas sei, sinto cá dentro que os trago comigo. E as vezes estes pensamentos saltam de trampolim em trampolim ou não fosse a vida complexa e precisar de ser agitada de vez em quando. Está quase, vem aí em breve nova fase de mudanças.... aqui vou eu outra vez. E como queria que fosse finalmente a mudança que tanto preciso. Subir para aquele patamar a alguns níveis. Chamemos-lhe o patamar da estabilidade. Mas pensando bem será que existe tal coisa??


domingo, outubro 03, 2010

Against erasing....

Quando chegamos a uma altura na vida em que temos que deixar de ouvir determinadas músicas porque vão para além do que podemos aguentar, sabemos que muita coisa tem que mudar. Não consigo ouvir aquela música. A sua beleza transformou-se na lágrima que irei segurar quando a ouvir. Mas sabemos sobretudo que existem sentimentos que simplesmente não temos o dom de apagar ou evitar. Cada vez mais me apercebo do que as pessoas tentam apagar para conseguirem continuar em frente. No fundo sei que algures no tempo, naquele microsegundo em que deitam a cabeça para dormir, pestanejam porque também se lembram. 

Mas por cada dia que o evitarem cada vez mais e durante menos tempo pensarem é mais fácil, as probabilidades que desapareça aquela memória talvez seja mais fácil. Mas e aqueles que não querem esquecer? Aqueles que fazem por lembrar porque sim, porque a vida não se apaga. Porque a dor existe e temos que avançar através da sua aceitação? Será justo todo o sofrimento? Será justo sentir-se que as pessoas não são as mesmas ou agem como se não fossem aquela que um dia nos abraçou forte e chorou no nosso colo. Será justo que a partilha e a cumplicidade deixe de existir apenas porque sim? Para além das relações amorosas somos pessoas, seres vivos sensíveis, que partilhamos momentos e vidas e que crescemos juntos. Serão as pessoas tão frias, para seguirem em frente como se as pessoas deixassem de existir? Neste mundo das relações todos temos muito a aprender, crescemos, tornamo-nos pessoas melhores, pelo menos alguns de nós tentamos. Saberemos que crescemos e somos pessoas melhores quando já não doer o convívio ou a ausência. Quando guardarmos apenas o que é bom de guardar, quando soubermos juntar os pedacinhos, olhar para trás e dar a mão a quem um dia nos deu o seu mundo e partilhou cada dia de forma única, nem
que fosse por momentos. Ou não, será utopia? Inocência? So hard to find?

terça-feira, setembro 21, 2010

Do Desassossego...




"Tenho ganas de gritar dentro da cabeça. Quero parar, esmagar, partir esse impossível disco gramofónico que soa dentro de mim em casa alheia, torturador intangível. Quero mandar parar a alma, para que ela, como veículo que me ocupassem, siga em diante só e me deixe. Endoideço por ter que ouvir. E por fim sou eu, no meu cérebro odientamente sensível, na minha pele peculiar, nos meus nervos postos à superficie, as teclas tecladas em escalas, ó piano horroroso e pessoal da nossa recordação.
E sempre, sempre, como que numa parte do cérebro que se tornasse independente, soam, soam, soam as escalas lá em baixo, lá em cima...."

Livro do Desassossego, Bernardo Soares

segunda-feira, setembro 13, 2010

Mudanças vs Estabilidade


Estou sempre a pensar em mil e uma coisa ao mesmo tempo. E hoje é este o tema. A procura de casa, a procura de mudança nas nossas vidas nem sempre está associada a uma vontade própria. Às vezes temos que nos sujeitar ao que a vida nos traz, ao que o vento sussurra mesmo que não o queiramos ouvir. Às vezes não tem a ver com com o que desejamos ou queremos, às vezes temos que ser responsáveis e esquecer os sonhos, as vontades, fazer sacrifícios, assumir compromissos. Porque é isso que esperam de nós, porque não podemos recusar certos caminhos que não são os perfeitos mas sabemos que foram difíceis de alcançar apesar de não constituírem a nossa primeira opção. Faltam uns meses para que este meu caminhe acabe. E o perfeito, perfeito sei como se desenha mas é incerto saber se o conseguirei alcançar com tantos cruzamentos e caminhos intermédios, se o conseguirei suportar. Às vezes a vida é isto, não estamos com quem queremos, onde queremos e continuamos estáveis nem que seja economicamente. A felicidade infelizmente não vem primeiro. Vem a razão, o sacrifício. E o coração apertado!

domingo, agosto 22, 2010

Flutuar

Nestes dias estava eu a dar umas inocentes braçadas numa piscina, a experiência de estar a flutuar na água, a olhar para o céu fez-me pensar que aquilo era a minha vida. Estava a olhar para o céu azul, lindo perfeito destes dias de verão e simplesmente não lhe posso tocar. 
Existe algo de perfeito no acto de flutuar pois existe uma tranquilidade, estamos ali imóveis a respirar e relaxados e o céu lá em cima tão perfeito. É assim que me sinto, vejo-te por aí tão espontâneo, tão completo tão feliz e gostaria de estar próxima mas é como o céu está lá lindo mas não lhe consigo tocar.
É a metáfora perfeita para explicar o que sinto neste momento. E o mais provável é nem saberes que existo e ser história na minha cabeça. O preço da iniciativa é este mesmo sermos corajoso o suficiente para no pior dos cenários levarmos com um redondo não! Existe uma frase que li na minha adolescência que não esqueci e por muito desactualizada que esteja, sou da old school em que "o homem paga um preço: a iniciativa, porque a mulher paga o preço mais alto: a entrega." Ok, ok lirismo a mais ... já sei... vou mas é dormir. 

quinta-feira, julho 29, 2010

O som das horas...


As horas passam e eu sinto que os dias se tornaram iguais. Penso sempre muito e demasiado. Olho para as pessoas à minha volta e sinto-as pouco fluidas, pergunto-me se serão felizes? Se fazem o que gostam? Se ao final do dia de trabalho esquecem tudo nos braços daquela  pessoa. Aquela e não outra. E sorrio com este meu pensamento. 
A vida é muito clara quando menos esperas és surpreendido mas se esperas desesperas, já diz o velho ditado. 
Sei que sorrio de menos nos dias que passam, que danço menos, que privo os sentidos e a vida me priva de sensações e emoções que nos elevam a um estado de espírito mais leve ou não. Depende, depende sempre do contexto.
Apetece-me mudar, fazer coisas diferentes, ir por esse mundo fora. Nada a perder. Conto comigo e com os que trago comigo. Entristecem-me as distâncias. Parece que a vida avançou e todos foram ou ficaram longe. Aquecem-me o coração aqueles que do longe fazem perto através das novas tecnologias. Tenho saudades tantas de amar, viver, sonhar e ser quem sempre fui. A vida não se faz só de trabalho, as pressões sociais, a sobrevivência e a autonomia pregam-nos grandes dissabores. Dizem que isto é ser responsável, tornar-se uma pessoa com mais maturidade. Mas eu quero acreditar que um dia a responsabilidade se poderá agregar à felicidade e realização pessoal. 


quinta-feira, julho 15, 2010

Electro[cardio][grama]

Batimento cardíaco acelerado ou não! Bloqueio incompleto do ramo direito! WHAT? Dá para rir ou até mesmo chorar. Na vida as analogias ou metáforas que se podem fazer são inúmeras, que timming. Não sei o que pensar, não sei o que sentir. Sei apenas que não estás comigo.Será também um bloqueio? Terá esta estrada um fim? Por onde andas e quem és tu verdadeiramente?
Existe algo de subtil no silêncio, na espera incessante e no vazio. A prova cabal é a sua existência. E quando sinto que isto não é viver lamento pelos segundos, minutos, horas e dias perdidos. Viver e não sobreviver será um lema arrojado dos corajosos? Assola-me pensar que já não tenho idade para o CARPE DIEM porque existem responsabilidades e quando acordo no dia seguinte viver por viver não basta. Existe algo de maravilhoso e belo quando não se viveu por viver mas se construíram momentos significativos e inesquecíveis de partilha.


sexta-feira, junho 18, 2010

One DAYYYYYYYYY!




Existem dias e dias. E esta semana houve um dia que no espaço e no tempo em que me cruzei com esta música e senti uma profunda necessidade de a partilhar. Pela música, pela mensagem, por todos, por mim e por ti. Dias depois ainda a ouço e não consigo parar de contemplar a sua grandeza. Isto é arte... e eu sinto-me privilegiada de ter tido acesso a algo tão mágico, tão simples e tão bonito. E as minhas palavras são pequenas.... 

REPEAT MODE, DANCING FREEEEEEEEEE! 

terça-feira, junho 15, 2010

A chuva ouviu e calou...



Dos momentos mais espontâneos surgem as maiores incógnitas! E a voz some-se, o arrepio à flor da pele ... sim é real e aconteceu. E desta vez não vou perguntar nem tu vais responder ou evitar. Existem momentos em que as palavras não conseguem ganhar força. Em que a lágrima é maior, mais sublime! Saudade, saudade é pouco! Dói! Sinto-te aqui como se nunca tivesses partido, tantas e tantas dolorosas vezes. A história fica para contar. Entorpecem-se emoções, pára-se no tempo por minutos. Respira-se fundo e recomeça-se... E é inevitável não olhar para trás. Foi tão intenso, tão doce, tão nosso.

quarta-feira, junho 09, 2010

Fases ....

Cheguei a uma altura em que simplesmente deixo correr a ver onde a vida me leva. Existem objectivos e lutas diárias. A minha vida nos últimos anos caracteriza-me pelo oito e pelo oitenta ou tudo ou nada. Fases antagónicas e difíceis. Muita instabilidade, muitas lágrimas, muito suor. O tempo passa a voar estou no oitenta e num abrir e fechar de olhos voltará o oito. Os amigos que estão longe e apesar de tudo compreendem e fazem do longe perto. Adoro-vos do fundo do coração, obrigada por me fazerem acreditar que a amizade existe mesmo apesar da distância. Obrigada pela partilha de um simples sorriso, uma mensagem, uma imagem, uma música. Pedacinhos que guardo valiosos. Vejo vidas no dia-a-dia tão sofridas que me sinto pequena e feliz por ser quem sou e ter a família que tenho apesar de todos os desejos e aspirações. Todos os dias penso em ti e porque demoras a abraçar-me. Porque não és de sorriso fácil e meigo. Gosto de ti, tanto. E não gosto de ti porque não lutas, escondes-te na sombra envolto nos segredos que guardas de ti e de todos. Chega a ser fascinante ver-te, sentir-te também a lutar todos os dias em silêncio. Respeito muito a tua própria luta. A temperatura diminuiu e agrada-me, já não sou a mesma não suporto tanto o calor. Sabe-me bem o vento fresco na face, o friozinho dos dias cheios de trabalhos e vazios de ti. Já está a findar a minha capacidade de manter os olhos abertos coisas da vida. Existe algo de mais maravilhoso que adormecer com o cansaço de um belo dia de trabalho? Existe mas não vamos falar disso! Boa noite!

domingo, abril 25, 2010

Heroes and Saints by Nikolaj Grandjean



Turn the lights down
Rest your case
Leave me lonely, sugar
This honeymoon is alright
State your rights lightly
Leave your wicked minds outside
Time has come, to rest these tired eyes
Forever on, these sacred given vows will sit around by me They're stronger than anything, than anything
Night is alright
Night is okay
Inside your arms the right fire
God forbid, we'll get ourselves burned!
Heroes and saints, better stand by our side now
By our side
Reason says -
Please don't break,
Fortune is the way it swings
Surely we'll get by.
Treason lives, and whenever I preach
Deep within, these promises fade.
For lullaby song on these nights of ours
Place our bets in here
To be stronger than anything
Than anything
Night is alright
Night is okay
Inside your arms the right fire
God forbid, we'll get ourselves burned!
Heroes and saints, better stand by our side now
Night is alright
Night is okay
Inside your arms the right fire
God forbid, we'll get ourselves burned!
Heroes and saints stand by our side now
Night is alright
Night is okay
Inside your arms the right fire
God forbid, we'll get ourselves burned!
Heroes and saints stand by our side now
On these lonely nights of ours

Novas Oportunidades



Se existem pedidos que fazemos para nós próprios ao longo da vida são oportunidades para podermos demonstrar quem somos tanto nas relações pessoais e sociais como nas relações profissionais. Não pedimos ou pensamos simplesmente em oportunidades, pensamos em novas oportunidades que mudem algo, tragam algo de novo decisivo nas nossas vidas. Pois bem, eis que surgiu uma nova oportunidade... mais uma vez temporária e que demorei a entender face às condições inerentes. Substituir alguém é sempre ingrato para quem substitui e para quem irá ser substituído. Existe sempre uma possibilidade de comparação mas isso no caso nem importa. Não existe comparação possível. Experiências novas de facto estou a ter e a desenvolver. Estou a aprender muito, agradeço a sensibilidade e paciência de quem integra e acompanha. Mas a questão que me assombra de momento é a realização pessoal. Tenho que dar uma oportunidade nova a um contexto novo que nunca pus hipótese espontâneamente. As condicionantes do mercado de trabalho assim obrigam, e a sorte conduziu-me por este caminho. Sei que a experiência não é muito diferente de outra à qual me rendi e na qual me sinto ainda hoje realizada. Mas ... novamente me questiono porque me adapto facilmente ou dificilmente mas sempre com o mesmo empenho e dedicação. Realizada ou não? É cedo para respostas. São dias de trabalho intenso.. mãos à obra!

segunda-feira, março 08, 2010

(Des)esperar...


Dou comigo a pensar ... pressões à parte. Apetece-me mandar tudo para o alto. Na incessante procura de emprego a palavra experiência começa a fazer-me alergia. Como poderão as pessoas desenvolver experiência se não lhes é dada uma oportunidade.
E na vida pessoal? A experiência conta e de que maneira. Se pudesses não cometer os mesmos erros talvez não cometesses mas seriam tão doces as experiências, tão vividas e sofridas? 
O que será preciso para crescermos verdadeiramente para além dos momentos de sofrimento e todos os obstáculos. Tenho para mim que são as oportunidades, as pessoas, os momentos, a cultura, a arte mas sobretudo a vida.  Saúde faz sempre falta. É dificil manter a cabeça sã nos dias que correm. Depois do oito e do oitenta entendo cada vez mais a importancia do equilibrio. Tomei decisões nesse sentido. Protegi-me da não vida e voltou o vazio. Todos os dias procuro alternativas e todos dias penso "ainda não foi desta." Passa uma semana, passam duas, um mês, ok quando se chega a um ano as coisas pesam. Como uma mochila que carregamos às costas com os dias todos de luta, de espera, de fé que ao fim ao cabo seriam positivos e dar-nos iam forças mas começam a pesar tanto mas tanto que ansiamos desesperadamente o dia em que pousamos a mochila. O dia em que a esvaziamos para colocar dentro forças, mantimentos para uma nova viagem ou direcção.
Estou verdadeiramente sem forças. Quero sair e ir pelo mundo viver. Tenho feito tentativas imensas. Estou em casa apetece-me sair, estou fora apetece-me estar em casa. O ânimo esgota-se depois de tantas tentativas, de tanta luta. Não tenho tolerância para exigências. Os meus amigos sabem que podem contar comigo e eu sei que posso contar com eles e mais não é preciso. Uma das maiores aprendizagens a amizade sim precisa de ser alimentada mas com a adultez, as responsabilidades e a distância e não queiram lá ver com a Internet os meus amigos podem estar mais próximos que os que estão próximos fisicamente. Amo a liberdade! Tudo o que me prende cansa-me. Tudo o que não me respeita ofende-me. Quero acreditar que vai ser amanhã. Que vou acordar e vai ser amanhã. Mas se não for ... só peço forças para mais um dia e que a luta e o pesar dos dias não me tornem numa pessoa ainda mais pessimista, amarga e ansiosa. Amanhã... é dia de (des)esperar... porque embora não vejas não te sintas no direito de criticar estou a lutar.


sexta-feira, março 05, 2010

learn how to fly...



Baby look at me
And tell me what you see
You ain't seen the best of me yet
Give me time I'll make you forget the rest

I got more in me
And you can set it free
I can catch the moon in my hands
Don't you know who I am

Remember my name
Fame

I'm gonna live forever
I'm gonna learn how to fly
High

I feel it coming together
People will see me and cry
Fame

I'm gonna make it to heaven
Light up the sky like a flame
Fame

I'm gonna live forever
Baby remember my name

Remember

Baby hold me tight
Cause you can make it right
You can shoot me straight to the top
Give me love and take all I've got to give

Baby I'll be tough
Too much is not enough
I can ride your heart til it breaks
Ooh I got what it takes

Fame
I'm gonna live forever
I'm gonna learn how to fly
High

I feel it coming together
People will see me and cry
Fame

I'm gonna make it to heaven
Light up the sky like a flame
Fame

I'm gonna live forever
Baby remember my name
Fame


 

terça-feira, fevereiro 23, 2010

Retalhos



Tenho saudades. Saudades de acordar e tudo fazer sentido. Ou pelo menos de ter uma meta e lutar por ela. Ok estou a dramatizar eu tenho metas. Mas sinto uma descrença incrível nas pessoas.

Tantas histórias para contar… mas sinto-me sem asas para voar quando não sei onde pára o teu olhar. Sinto-me sem chão, sem céu.

Como uma ilha… sem alguém para partilhar o sol dos dias, a chuva refrescante, a beleza das paisagens. Sinto falta de a toda a hora e em qualquer lugar poder correr para ti. Sinto saudades de perder o controlo, de viver por viver, de correr para ti contra tudo e contra todos e sentir-me bem. Sentir-me viva. De olhar para o teu sorriso com a sensação de missão cumprida. De ser feliz aos bocadinhos… como uma manta de retalhos que se vai construindo pedaço a pedaço. Sim eu sei que os retalhos são pouco face ao que merecíamos. As pegadas da vida resultam das decisões mais difíceis. 


quarta-feira, janeiro 27, 2010

Chocolátra


Depois do natal e com o ínicio do ano... o mês de Janeiro é critico. Muito mesmo. E este ano em especial... não é que me ofereceram um fondue de chocolate :)))))))) se existe um deus foi a pessoa maravilhosa, criativa, fascinante que inventou o chocolate. Mas o verdadeiro problema persiste... são as caixas de chocolate que me ofereceram ali... marotas a piscar o olho.... :p não resisto. Se existem prazeres na vida, comer chocolate é sem dúvida um grande prazer.

 Na época de estudante eram ração de combate em época de exames, mimos que motivavam e acompanhavam as horas infindáveis de estudo. Belos tempos!!!
Estou a envelhecer, a mudar ... dou comigo a pensar em coisas simples e a sorrir. Mais uma dentadinha... yummmmiiiii :))))))). 



quarta-feira, janeiro 20, 2010

Last drops...


Olho para vós já a despedir-me ... absorvo cada um, os sorrisos, as malandrices, os amores e desamores. Custa deixar-vos depois de lutar tanto por vós, depois de me dar de alma e corpo. Estou esgotada, vou em paz. Fiz o melhor que pude. 
Meu querido pequenino quando vieste cantar-me ao ouvido a música "Eu dava tudo para te ter aqui.." emocionaste-me mais do que algum dia poderás perceber. 
A noite que passámos juntos no hospital, em que te tive nos braços como um filho e muitas vezes me chamaram de mãe por engano ... foi para mim exemplo claro do colo que precisas e precisarás.
Sinto os vossos olhares na contagem decrescente... agradeço aos mais velhos o carinho sempre a alertarem os mais novos para os bons modos e a educação comigo. Gritar não é de todo solução para nada...
Existirão pessoas lá fora que não entendem o quanto me absorveram ... lá fora tudo é diferente. Este pequeno ninho com prefeitos e defeitos é só vosso e será. Aproveitem o carácter temporário... aproveitem a vida.

terça-feira, janeiro 12, 2010

Almost there ...


Falta pouco muito pouco para os dias de privação do sono acabarem. E sinceramente parece mentira. Apesar de levar desta experiência uma bagagem tremenda que não esquecerei nunca... aqui vou eu. 
Abram alas quero deslizar ... quero ir. Quero tanto que me dói. Dói-me a partida. As relações humanas são sem sombra de dúvidas controversas. Daqui reforço a crença inabalável de que não se pode confiar em ninguem e que de facto existem pessoas que valem a pena. É preciso é conseguir reconhecê-las, cativá-las e preservá-las. 
Meus amores nunca me senti tão enternecida. Agora que sabem da minha partida tenho direito a beijos, abraços e mimos nunca vistos. Finalmente vejo em vós o reconhecimento apesar de tarde e de modo inesperado. No fundo vocês sabem quem vos cuida e reconhecem mas são mauzinhos ao ponto de nos fazerem a vida negra só porque sim. Porque está na idade de testar os limites, de ser cool ou o mais mal comportado. Simplesmente porque sim. 
Onde quer que esteja, onde quer que vá vou em queda livre de braços abertos. Feliz e orgulhosa de ser genuina em cada gesto, atitude e comportamento. 




segunda-feira, janeiro 04, 2010

Getting away...



"We're getting away with it all messed up
Getting away with it all messed up
That's the living
We're getting away with it all messed up
Getting away with it all messed up
That's the living
Getting away with it
Getting away with it
That's the living
That's the living"


James, Getting away with it (all messed up)

Carta a vós, a 2010...


Espreito 2010 ainda com o pé em 2009. Arrepio-me do que não prevejo, do inesperado, do não previsto que está para vir. Tenho medo, apavora-me o que virá, 2009 foi um ano com muitos altos e baixos. Mais baixos que altos é bem certo. Eu nunca gostei de números ímpares pode ser que o próximo seja melhor. Uma coisa é certa, inicio 2010 com uma decisão não me sujeitar ao que a vida me dá, lutar pelo que tanto desejo. Dentro de 3 semanas serei outra vez um pássaro a voar à procura de ninho. Mas serei um pássaro livre e feliz das suas convicções. Preciso tomar decisões mais vezes e melhores, adeus laisse faire. Adeus não vida! Adeus tirania, adeus exploração! Peço apenas saúde e trabalho. Saúde, paz de espirito, qualidade de vida. Trabalho por favor quantos forem precisos até conseguir aquele! Formação profissional e pessoal bastante por favor, é me indispensável sentir que não estou a estagnar. 
Amor... amor não peço. O amor não se pede, existe ou não existe. Cresce como quem não vê, atropela tudo e todos, e no fim é mutuo ou não. Peço apenas rasgos de luz, esperança e muita inspiração. Agradeço todos dias as pessoas maravilhosas que passaram pela minha vida e permanecem cá dentro. Amigas, amigos e amores. Querida família vocês são o pilar, não existem palavras e gratidão suficiente que se expresse em palavras. Aturar-me não é verdadeiramente fácil. 


Despeço-me com um grande abraço porque beijos toda a gente dá. 



Here goes nothing! **