Existem sorrisos e valores que me abraçam todos os dias. E de que me orgulho imenso. Sensibilidade e intimidade. Ser quem sou porque não sei ser outra. Gosto de quem sou, gosto de como cuido daqueles que me cuidam. Gosto da intensidade dos afectos e gosto sobretudo de sentir que no vasto silêncio que me afasta de muitos, existe uma paz imensa e transbordante e a certeza de que o amor incondicional na amizade e no amor se reveste de coisas simples e bonitas. Aspiro e transpiro todos dias por esse caminho de luz onde se abraça a pessoa como ela é, e não como nós gostaríamos que fosse ou agisse. Saber que este valores me iluminam, aquece-me o coração em dias de frio.
Os dias azuis são e serão sempre dias felizes. Se não fossem os dias azuis eu não seria quem sou...
domingo, novembro 25, 2012
domingo, novembro 11, 2012
terça-feira, outubro 09, 2012
Ser quem sou
"Nunca fui como todos
Nunca tive muitos amigos
Nunca fui favorita
Nunca fui o que meus pais queriam
Nunca tive alguém que amasse
Mas tive somente a mim
A minha absoluta verdade
Meu verdadeiro pensamento
O meu conforto nas horas de sofrimento
não vivo sozinha porque gosto
e sim porque aprendi a ser só..."
Nunca tive muitos amigos
Nunca fui favorita
Nunca fui o que meus pais queriam
Nunca tive alguém que amasse
Mas tive somente a mim
A minha absoluta verdade
Meu verdadeiro pensamento
O meu conforto nas horas de sofrimento
não vivo sozinha porque gosto
e sim porque aprendi a ser só..."
terça-feira, agosto 28, 2012
Camus, my friend... !
"In the depth of winter I finally learned that there was in me an invincible summer."
Albert Camus
Albert Camus
"You will never be happy if you continue to search for what happiness
consists of. You will never live if you are looking for the meaning of
life."
Albert Camus
Albert Camus
"Beauty is unbearable, drives us to despair, offering us for a minute the glimpse of an eternity that we should like to stretch out over the whole of time."
Albert Camus
"Blessed are the hearts that can bend; they shall never be broken."
Albert Camus
Às vezes vida apetece-me cair assim num pranto e chorar até se me esgotarem os sentimentos e a falta de compreensão que me atormenta e não deixa ver ou reconhecer as coisas boas com que me presenteias. Que alma esta a minha, tão esgotada de expectativas e lutas que mais ninguém a não ser eu vê. Sou diferente, sinto diferente e orgulho-me de ser diferente. Não consigo ficar feliz porque a tristeza espreita a cada segundo, em que o sonho se vê desfeito e, é substituído e amordaçado conduzindo a um silêncio que fere todos dias um bocadinho mais. Quando ser feliz ou ver feliz os que nos rodeiam passa por ser infeliz, que mundo é este onde ser feliz não é mais ser una e coerente. Este mundo não é mais feliz, este mundo é o que é uma máquina do tempo que nos engole as vivências e faz percorrer caminhos esgotantes. Eu sei....que posso mudar com o que me acontece mas o que não pode mudar é a certeza de saber e dizer o que sinto e quando sinto. E se os outros vêem alegria onde eu vejo tristeza, o que mais me entristece é que não aceitem que os meus olhos não conseguem calar a dor que é sentir este aperto cá dentro. Por isso Camus my friend, bates forte cá dentro!
quarta-feira, agosto 22, 2012
Semáforo da vida*
Luz vermelha: 1. Pára, acalma-te e pensa antes de agir.
Luz amarela: 2. Diz qual é o problema e como te sentes.
3. Define um objectivo positivo.
4. Pensa em várias situações.
5. Pensa nas consequências.
Luz verde: 6. Avança e tenta o melhor plano.
*Aula de competências sociais by Daniel Goleman, Inteligência Emocional
segunda-feira, agosto 20, 2012
a TERRA prometida!
"A terra prometida (a terra é sempre o símbolo da mãe), onde se diz que abundam o leite e o mel.
O LEITE é o símbolo do primeiro aspecto do amor, do carinho e da afirmação.
O MEL simboliza a doçura da vida, o amor pela vida e a alegria de se estar vivo.
A maior parte das mães é capaz de dar leite mas muito poucas são capazes de dar mel também. Para poder dar mel, a mãe deve ser não apenas uma boa mãe mas também uma pessoa feliz - e poucas atingem este objectivo."
Erich Fromm, A arte de amar.
Porque hoje em dia muita gente considera as manifestações de amor e sensibilidade lamechas, porque me irrita essa forma de interpretar as pessoas e mundo. Porque existem toneladas de indiferença, ataques pessoais e violência gratuita em simples diálogos, interpretações e manifestações de vida. Porque espero mais dos seres humanos, aqui fica este textinho, mel por favor! E leite, também.
sábado, agosto 04, 2012
UM SONHO
Hoje é dia para marcar no calendário, hoje completei um sonho. Contra tudo e contra todos. Contra preconceitos, sobretudo. Ao analisar a minha vida faz quase um ano percebi o quanto negligenciei o meu bem-estar físico ao longo dos anos. Muitos projectos poderia ter colocado em prática, a minha escolha incidiu sobre a realização de um sonho que tinha já há muitos anos. 7 meses de esforço, dedicação e sobretudo luta. Não é todos dias que podemos falar na concretização de um sonho. Hoje domino uma nova área, hoje sou uma pessoa mais realizada, hoje sou uma pessoa que se dedicou mais ao bem-estar e à importância que tem nas nossas vidas. Hoje acredito mais na minha energia e força para superar os meus sonhos e objectivos. Hoje acendeu-se em mim uma luz, uma esperança nítida de ser pessoa em potência, em construção para melhor a cada dia. O melhor para mim não é o melhor aos olhos dos demais, o melhor para mim no círculo das minhas relações positivas é o que me torna uma pessoa menos pessimista, uma pessoa menos infeliz. O melhor para mim é o amor incondicional pela pureza da essência que hoje fui e quero ser, a genuína força de quem embora ferido luta com as armas que tem onde as críticas não assumem peso algum, pois o amor incondicional, a amizade incondicional são do tecido de que os sonhos são feitos. O meu obrigada a quem me apoiou, a quem esteve lá, a quem através de uma escuta activa determinante e de um amor incondicional precioso... a quem partilha comigo do meu sorriso esperançoso nesta hora. A quem me conhece por preferir arder como uma estrela cadente do que deixar-me esbater como um astro gélido e distante contra as intempéries da vida. Cada um tem os seus limites, os meus limites psicológicos tem estado muito presentes na vivência desta fase angustiante da minha vida, nunca duvidei das minhas capacidades em qualquer contexto, duvidei sim da minha capacidade para suportar ser quem não sou.
terça-feira, julho 10, 2012
YOU
Se pensarmos nesta questão.... quantas pessoas poderemos enumerar para lhes atribuir uma importância tal, que seja geradora de mudanças e transformações nas nossas vidas. Tenho pensado muito nisto. Aquela e aquela pessoa mudaram a minha vida. A sua passagem foi determinante. O simples chavão "não fiques triste porque acabou, mas sim feliz porque aconteceu". É tão verdade. Muitas vezes apetece sorrir e relembrar as coisas boas e deixá-las fluir. Não podemos ser demasiados saudosistas ou viver demasiado agarrados às coisas boas ou más do passado porque iremos estar desfocados e não estaremos suficientemente atentos ao momento. É isso que pretendo, deixar as coisas boas e más a fluir num universo que as equilibre, de modo a que não me pesem para lá da conta. Porque se existe coisa que me marca profundamente é a passagem de alguém na minha vida e se existe algo que demora a sarar e a cicatrizar dentro de mim é a sua ausência. Não existem palavras de conforto que superem esta perda. Odeio positivismo barato, o simples facto de se induzir alguém a pensar positivo ajuda mas para alguém que não acredita estar a invocar tal positividade pode provocar efeitos nefastos, dizem os especialistas. É preciso viver a dor, é preciso aceitar mudanças, é preciso deixar partir pessoas é preciso deixar entrar outras, é preciso viver. Existe sim uma experiência que modificou a minha vida de forma profunda para os demais, a interpretação da minha super-vivência não será fácil de analisar. Existe uma certa falta de sensibilidade por parte de algumas pessoas que tenho que aprender a integrar. Existem pessoas que à partida não esperamos que sejam insensíveis ao nosso sofrimento, à nossa dor, ao nosso pior momento. A cada dia que passa tento perdoar um bocadinho mais, tento soltar aos ventos tamanha desilusão até que se desintegre e converta em brisa. Mas ainda assim dói-me todos dias em dobro, o pensamento intermitente, a dor de vos ter todos aqui bem fundo em camadas que me prendem. A dor de não te ter e partilhar o mundo contigo e de não sorrir contigo todos dias na varanda lá do alto, virados para o pôr-do-sol. Dói-me não estares aqui para me fazeres mousse de chocolate, salivo só de pensar em mousse de chocolate. E ao mesmo tempo sinto-me tão mais completa, tão mais livre, tão mais certa dos valores que me pesam e forram a alma para começar de novo e cruzar o caminho de outro ser maravilhoso. Sinto-me tão mais repleta de tudo para ser ainda mais feliz. E tem um sabor agridoce, delicodoce, é uma sensação repleta de amargura e doçura que me incendeia a vontade de viver.
segunda-feira, junho 25, 2012
Contra-Transferência
Às vezes o que não gostas que te façam a ti e, que por consequência, não fazes aos outros pode ser contraproducente pois os outros podem gostar daquilo que tu não gostas. E, nessa linha de pensamento, privas os outros de experienciar algo por causa da tua opinião. Palavra de formador: isso é contra-transferência. Hahaha :)
"Nem sempre faças aos outros aquilo que desejas que te façam a ti: eles podem ter gostos diferentes." Bernard Shaw
quarta-feira, junho 20, 2012
Círculo virtuoso vs círculo vicioso
Passei pela vida um astro doido a sonhar e quando dei por mim numa análise intensa e profunda dos afectos, sei que cuidei intensivamente daqueles que sentiram o calor das minhas mãos na sua pele. Nem sempre soube amar, amei como sabia, como a vida me tinha modelado de um jeito desmedido, de uma entrega inocente e intensamente lírica. Os olhos do meu amor, eram os olhos com que via o mundo. Perdi-me ao tentar captar, absorver cada trago destes seres vivos. Perdi-me tanto e sofri tanto. E hoje, quando me sinto a aflorar do conhecimento que me transborda na pele e nos olhos. Os olhos de quem atingiu um nível maior de compreensão da essência humana percebo o quanto conheci, e aprofundei o conhecimento do outro e o quanto o outro não me conheceu, não me cuidou.
Hoje sinto uma paz profunda, na certeza de que tive que me perder em mim e a cada dia que passa me encontro um pedacinho mais. E quando olho vejo uma transparência de quem sou e do que mereço ver no outro, para me identificar e poder partilhar da essência profunda de que se reveste o amor autêntico. Foi preciso cair, cair profundamente nas minhas próprias trevas, foi preciso ser tratada tão bem e antagónica e cruelmente tão mal para olhar para o ser humano com um medo e um horror de amar, um ser tão capaz do bem como do mal. Puro terror de amar num sítio tão frágil como o mundo.
Hoje olho para os meus valores e emociono-me cada que vez que vejo espelhado numa frase, numa imagem, num poema, numa história de vida uma forma de amar pura, doce sem maldade. Enternece-me, sossega-me, inspira-me a acreditar nos valores, nutre-me de esperança e vida, caminhar a cada dia e saber que existe ternura profunda e intensa. Saber que um dia alguém muito especial me vai fazer ser melhor pessoa, saber que o amor existe, profundo, intenso, autêntico, sem maldade. Saber que um dia alguém vai ser co-autor da minha vida e que eu não me irei perder mais no labirinto. Saber que a paixão e o prazer físico podem conduzir e contorcer uma vida por caminhos tortuosos e cruéis, saber das dependências que as emoções nos causam, que prendem e sufocam. Saber e sentir positivamente que a energia de acreditar é tão transformadora, como um filtro que me purifica e acalma o frenesim e emoção de ser, pacificamente, amada e amar, sem terror num sítio tão frágil como este mundo.
terça-feira, junho 05, 2012
Necessidade adormecida de corresponder
"Quanto menores forem as nossas expectativas - ou a nossa dependência - relativamente à compreensão por parte dos outros, menor será o nosso sofrimento quando não a recebermos.
Quanto menor for o nosso sofrimento resultante do que os outros parecem ser incapazes de nos dar, menor será a nossa tristeza nesses momentos sem resposta da nossa vida passada na companhia de amigos e inimigos.
Quanto menor for a dor que sentimos pelo que a vida parece negar-nos, maior será a paz em que nos sentiremos em relação a nós próprios.
Quanto maior for a serenidade que desenvolvemos para nos conhecermos a nós próprios, maior será a felicidade com que damos aos outros esta harmonia baseada na nossa consciência.
Sempre que demos aos outros esta nova ordem de consciencialização sem nada pedir em troca, aqueles que recebem esta dádiva serão silenciosamente tocados; sentem-se sensibilizados por esta disposição de colocar as suas preocupações à frente das nossas. E é este gesto que desperta nelas... A sua necessidade adormecida de corresponder.
A felicidade é um todo baseado na bondade consciente. É este o segredo dos relacionamentos perfeitos."
Guy Finley
Hoje, só me apraz dizer que a luz que existe em mim, opera milagres, aqui e agora.
segunda-feira, junho 04, 2012
Significado espiritual
"Sempre que pudermos trazer a nossa atenção, consciência e energia para o momento, de modo a estarem totalmente presentes connosco, começamos a penetrar na dimensão espiritual, onde experimentamos um sentimento de conexão, unidade e fluidez. Tudo o que fazemos com entrega total nutre-nos espiritualmente."
Os quatro níveis de cura, Shakti Gawain.
No mais profundo do meu ser, fecho os olhos e recomeço. Uma vez mais porque as anteriores não foram suficientemente profundas para me nutrir de maior essência, de maior fluidez, de mais calma e tenacidade. Sofro precisamente de entrega total, de atingir unidade e fluidez. Preciso de ser menos intensa e menos crente nas pessoas.
Preciso de me lembrar disso todos dias, e cansa-me ter que fazer essa aprendizagem. Cansa-me ver a maldade, cansa-me o sofrimento, cansa-me que as pessoas não sejam puras, cansa-me que não saibam o que querem. Que não saibam fluir e nutrir as pessoas que passam em seu redor, que tocam e que acariciam. Não entendo qualquer outro motivo para partilhar que não seja o fazer bem, que não seja reciprocidade, partilha, que não seja energia, luz, vibração e emoção. Continua a corroer-me já nem sei bem porquê e porque não parte daqui este conflito interior. Estou tão consciente da minha não vida que dói sentir a vida a esgotar-se no espaço do aqui e agora. Às vezes respiro, profundamente, para que o oxigénio me inunde de força e energia. Às vezes respiro fundo, e talvez seja dióxido de carbono, a mim parece-me tristeza acumulada, suspiro incessante encravado entre o coração e o pulmão da vida.
Nestes momentos inevitavelmente consigo sempre visualizar passagens do filme Into the wild.... e fico naquela banda sonora, naquele percurso de pura comunhão com a natureza e com os sentimentos e emoções. E caem-me sempre algumas lágrimas de emoção .... ao relembrar a cena final. A emoção transborda quando sinto que não precisei de percorrer uma viagem tão radical para perceber a base que sustenta tudo e todos. HAPPINESS IS ONLY REAL WHEN SHARED. Mas e se ... por mais que tentes, por mais que a entrega total ocorra....e se as pessoas em teu redor estiverem espiritualmente a quilómetros de distância??? Haverá significado? Sentido? Amor? Partilha? Profundidade? Pureza? Afecto? Felicidade?
domingo, maio 27, 2012
Sensação de Impotência
Eu sabia que o mês de Maio não se ia ficar pelo diagnóstico de 2 tendinites, sessões de acupuntura e muita tensão e dor no corpo todo. Quando a doença nos afecta, podemos ter menos forças, podemos stressar mas enfim a idade e os meios certos podem fazer maravilhas. Mas quando mexem com os nossos pais, quando se fala de doenças contra as quais a luta é invisível, quando os sintomas não existem e elas estão lá escondidas aí sim, trememos. Quando vemos os nossos e em especial os nossos pais a sofrerem sem nada podermos fazer. A última semana foi bastante complexa. A minha mãe depois de uma semana com dores intensas, lá a levei à urgência e lá ficou internada. Diagnóstico chocante pneumonia, mais derrame pleural e possível embolia pulmonar. Fiquei em estado de choque. Senti-me verdadeiramente impotente ao longo da última semana. A recuperação é lenta e angustiante. O Hospital torna-se a nossa casa e as histórias de vida que encontramos verdadeiras lições de vida. A quantidade de velhinhos abandonados é angustiante. Existem ainda assim histórias incríveis de pessoas que lutam pela qualidade de vida dos outros nem que seja nos seus últimos dias. Conforto, saúde, bem-estar. Muitos temos e não conseguimos valorizar. Quem não tem de todo, corta-me o coração. Quando já não somos nós que decidimos por nós. Quando o corpo nos trai. Quando a saúde nos trai. Quem somos sem os outros, a família e os amigos. Um corpo algures a sofrer de amores e desamores.
quarta-feira, maio 16, 2012
O arquétipo da perfeição
Sim vida, aqui estou eu a rebentar. Tenho a sensação de que mesmo escrevendo não vou conseguir expressar o turbilhão de emoções. Não vou conseguir fazer fluir estes sentimentos que rodopiam em torno de algo que já deixei de entender. A minha intuição diz-me que sinto algo bem forte porque as tentativas de serenar tudo e todos tem sido mais que muitas. O tempo tem sido imenso. A agitação do corpo inexplicável. O tremor de te sentir ainda aqui. Assusta-me tremendamente, continuar a manter um elo de ligação com uma sombra do passado, que nada faz para que exista ou faça sentido existir aqui dentro de mim, da essência que sou no dia-a-dia. Estava a começar a desligar, a serenar, a conseguir sentir-me com mais forças e depois uma visão do paranormal não podia ser. Alucinações. Retorna uma instabilidade desgastante. E já nem me rendo e já nem corro atrás dela. Ela que corra, dê quantas voltas forem precisas e vá de vez. Inspira. Expira. Hematose Pulmonar. Oxigénio. Coração. Grande Circulação. Pequena circulação. Músculo, bomba pulsátil. Sístole. Diástole. Inspira. Expira. Talvez exista uma perfeição na forma de se amar ou uma imperfeição perfeita. Sei sinto uma perfeição quando já me rendo e sorrio ao pensar neste delírio momentâneo. Haverá algo mais perfeito que amar com a ternura de saber que existes em mim. Não procuro arquétipo de perfeição, procuro a ternura dos momentos e a humanidade subjacente que se impregna na pessoa que vou construindo e com que deixo que sejas arquitecto com o esculpir do que já não sou mas ficou gravado na pedra que sou e que arrasto comigo. Um dia vou construir o castelo, e sem dúvida serei uma pessoa mais completa. Com ou sem arquétipo de perfeição. Existe alguma felicidade na solidão de se amar. Existe alguma paz e quando esta aumenta não existe nada que afecte o que já não tem remissão. Venha a próxima aprendizagem. Aqui estou.
quarta-feira, maio 09, 2012
MAIO, QUE VEM AÍ?
O Mês de Abril superou as expectativas. Do alto dos meus 29 anos, diagnóstico não 1 mas 2 tendinites no braço direito. Anti-inflamatório xxxx e semanas depois???? Nadinha. Apenas dores, muitas mesmo. Muitas mesmo. Dormência, tensão muscular, etc, etc, etc. Xiça penico! Soluções: Fisioterapia!!!!!!!!!!!!! Oh god! E vai, não vai duas semanas depois decidi optar por algo mais alternativo na onda do não negue à partida uma ciência que desconhece. Já vou na segunda sessão de acupuntura. Não dói nadinha estar com as agulhas, tremeliques à parte de um corpo meio acelerado. (hahahah, private joke). Para além disso Auricoloterapia e Ventosoterapia. Primeira sessão não custou nadinha, segunda sessão estou um bocado partida. Não sei se da sessão mas pronto. Ando com umas sementes como diria o Dr. Miyagi (nome fictício) no ouvido, por isso se me virem na rua com sementes no ouvido não liguem sou eu que estou a florescer. Ou então não! A minha conta bancária a decrescer. Habemos dores, again. Amanhã é outro dia, mas entretanto massagem de relaxamento e nova prova teórica. Hell, yeah! Existe vida em Marte. O que não nos mata, pode tornar-nos mais fortes. Mas será que estará relacionado com os níveis de dores que conseguimos suportar? Sim ... larga o computador. convence-te. There's a life outthere, uma com mão direita e tudo imagine-se! Maio, amigo do coração não te entusiasmes. Deixa a criatividade para lá sim? Novidades de outra ordem sim? Sê metódico my friend! Sê amigo, fofinho e generoso. Me liga vai... :p
domingo, maio 06, 2012
Erótico-Phílico-Agápicos
"A paixão (eros), a amizade (philia) e a ternura (àgape) configuram um mosaico dinâmico de possibilidades que, bem harmonizadas, ajudam a compreender e a viver o amor sem tanto sofrimento." Walter Riso
Hoje e daqui em frente sei que não me esquecerei:
- Tudo o que implica sofrimento não é amor.
- Amor e dor não são compatíveis.
- Não temos que sofrer por amor.
- Não temos que deixar de ser, fazer por amor.
E sinto-me uma pessoa melhor por isso, mais certa do que não quero para mim. Mais certa e segura de que o mundo não anda ao contrário e, mais tarde ou mais cedo, a sabedoria e a verdade são os maiores bálsamos para apaziguar do turbilhão de emoções que nos toldaram o pensamento e as acções no passado. Hoje sinto-me melhor pessoa. Mais completa... a evoluir e a preencher-me de ideias límpidas e sólidas.
segunda-feira, abril 30, 2012
Lado lunar vs lado solar
"A felicidade é uma eterna construção." A. Cury
Perceber que temos um lado lunar e um lado solar significa alcançar uma compreensão mais equilibrada e mais completa da experiência humana.
Deixar florescer as boas energias, cultivar o lado solar nem sempre é fácil. É missão e objectivo permanente.
"Não há talvez habilidade psicológica mais fundamental que resistir aos impulsos." Goleman
Hoje tenho que me segurar, que me refrear e à vontade insana de ser mais selvagem e saciar os meus impulsos mais recônditos. Hoje tenho que me lembrar que por muito que deseje algo, esse algo não merece sequer sentir o vislumbre do calor do meu corpo, o bater bem forte do meu coração e o respirar ofegante que brota em mim cada vez que penso nele. Luto todos dias contra este sentimento que por vezes me domina e quase me faz perder as estribeiras.
Preciso de me proteger, quero um amor maior, quero, mereço, vibro só de pensar nisso. E sei que existes, algures para mim.
Segundo Stern, fazer amor:
"Envolve a experiência de sentir o estado subjectivo do outro: desejo partilhado, intenções alinhadas e estados mútuos de excitação que se modificam em consonância."
E eu não quero só fazer amor, quero sentir amor, quero inspirar e expirar vida. Quero Àgape! Sonho-te! Qual lado lunar que acabará por chegar à minha vida para ficar e me iluminar anos-luz.
segunda-feira, abril 23, 2012
Curso de Primeiros Socorros Afectivos
"O amor é como as borboletas, se as perseguimos em desespero, elas afastam-se, mas se ficamos quietos, eles pousam sobre nós." Tagore
Tenho lido muito um autor que me tem deslumbrado pela sua subtileza e ínfima sabedoria. Este autor, Walter Riso, apresenta os 3 suportes das relações afectivas saudáveis, como sendo:
1. Desejo/Atracção
2. Amizade
3. Ternura/Entrega/Àgape
Parecem 3 componentes tão simples. Ainda assim existem inúmeras relações que não conseguem o equilíbrio entre as 3 ou até mesmo a sua existência em harmonia.
A NÃO ESQUECER:
-» "Se não vive em paz o amor não é o suficiente." Walter Riso
A REPETIR VEZES SEM CONTA:
-» "Mereço ser feliz no amor, não me resignarei ao sofrimento de uma má relação, não me submeterei a tolerar o que não é tolerável." Walter Riso
Tenho lido muito um autor que me tem deslumbrado pela sua subtileza e ínfima sabedoria. Este autor, Walter Riso, apresenta os 3 suportes das relações afectivas saudáveis, como sendo:
1. Desejo/Atracção
2. Amizade
3. Ternura/Entrega/Àgape
Parecem 3 componentes tão simples. Ainda assim existem inúmeras relações que não conseguem o equilíbrio entre as 3 ou até mesmo a sua existência em harmonia.
A NÃO ESQUECER:
-» "Se não vive em paz o amor não é o suficiente." Walter Riso
A REPETIR VEZES SEM CONTA:
-» "Mereço ser feliz no amor, não me resignarei ao sofrimento de uma má relação, não me submeterei a tolerar o que não é tolerável." Walter Riso
Durante a maior parte da minha vida aceitei estar em relações que não eram verdadeiramente plenas destes 3 suportes. Fui feliz ainda que temporariamente, cresci, amadureci, vivi. Ainda assim eu não sabia o quanto ia pagar psicologicamente pelos danos que me causei. Hoje consigo entender isso. Hoje sei o quanto mereço tudo, o "pacote" completo. Sinto-me feliz por conseguir interpretar o que se passou comigo e por cada vez mais me sentir em paz.
terça-feira, abril 17, 2012
Quando era tua e de mais nenhum...♥
Quando estávamos apaixonados, quando éramos felizes dentro de um momento, quando o coração batia mais forte, quando sorriamos. Quando o amor nos envolvia, quando a música nos transportava para os momentos doces. Quando sorriamos. Quando éramos maiores que o pensamento, quando sentíamos para lá das palavras, quando sentíamos a vida a sorrir, quando tudo parecia seguir o caminho certo, quando dávamos a mão e piscávamos o olho um ao outro. Quando as caretas eram sinónimo de brincadeiras boas. Quando o último sms do dia nos aquecia já a altas horas e tinha um significado especial. Quando percorria a mesma estrada, aquele caminho para cair nos teus braços, naquele colo só teu que me fazia sentir protegida e feliz. Quando as refeições eram momentos doces de partilha. Quando não existiam horas, nem responsabilidades que atrapalhassem o carinho e a ternura. Quando me apetecia perder em ti. Quando era livre e sentia o corpo a estremecer. Quando o beijo nos envolvia no calor dos dias. Quando riamos, quando sorriamos. Quando te despedias à janela, tão doce, sempre. Ai... que saudades quando era tua e de mais nenhum.... ♥
segunda-feira, abril 16, 2012
Duvidar, Questionar...
"Duvide dos seus pensamentos perturbadores. Questione o seu sentimento de incapacidade, questione porque é que está programada para ser infeliz. Grite dentro de si. Critique a sua fuga. Critique as suas fantasias. Determine-se estrategicamente a conquistar as pessoas à sua volta. Retire o seu eu da plateia. Entre no palco da sua mente e treine ser líder de si mesmo. Faça-o todos os dias e em silêncio."
Já li este livro faz uns meses por recomendação de uma amiga. Recomendo, belíssima história e metáfora do pensamento que a mente percorre entre o saudável e a instabilidade mental. O quanto as histórias, os contextos nos tornam pessoas tristes e alienadas. E o quanto precisamos de pessoas que não baixem os braços e abracem as árvores e pensamentos altruístas.
Hoje acordei com este pensamento, preciso de duvidar de tudo que atrai energia negativa e pensamentos que me fazem perder as forças em acreditar em dias melhores. Sobretudo, preciso de acreditar na minha força e potencialidade. Preciso de não me sentir frágil prestes a quebrar, estilhaçada em mil pedaços, sem vislumbrar um sentido, preciso de reproduzir e sentir uma energia boa e feliz. E o caminho é sem dúvida aspirar, acreditar, optimismo.
Quero ser àgua...
"Se alguém te bloquear a porta, não gastes energia com o confronto, procura as janelas.
Lembra-te da sabedoria da água:
A água nunca discute com os seus obstáculos, mas contorna-os.
Quando alguém te ofender ou frustrar, tu és a água e a pessoa que te feriu é o obstáculo!
Contorne-o sem discutir.
Aprenda a amar sem esperar muito dos outros "
Augusto Cury
Tenho tido imensa dificuldade em ser água nesta minha última experiência emocional. E tem sido verdadeiramente surpreendente, perceber o quanto tem sido difícil. Pelo desgaste que causou, consegui perceber o quanto bati fundo e o quanto cresci na procura de ferramentas para me agarrar ao sentido que a vida e as pessoas podem ter nas nossas vidas.
Consigo perceber o quanto é preciso equilibrar cada parcela do que somos o racional, o espiritual, o emocional e o físico. Sei, sinto o quanto descurei ao longo dos anos de elementos essenciais para alcançar um equilíbrio. Sei que ainda não o alcancei... sei que é gradual, mais ainda assim preciso de me lembrar cada vez mais de olhar para mim e me nutrir do que me equilibra.
sexta-feira, abril 13, 2012
Raio-x da alma
Passada a Páscoa, limpezas, o leitão, bolos, sobremesas e as amêndoas. Sossego. Dores. Noites mal dormidas. Diagnóstico por determinar. Ecografia e raio-x. Medicamentos. E uma sensação de inutilidade. Preciso de um braço direito sem metáfora e também a metáfora. O quanto uma mão direita é importante ... A mesma conversa de sempre bolsas, entrevistas, candidaturas. Rotina. Quero sentar-me no teu colo e dormir um sono tranquilo. Quero acordar com garra para a vida. Depois de muito tempo a olhar para dentro por uns 2ou 3 meses descurei um pouco das leituras da alma pois a memória estava a sucumbir com tanta leitura. E a mente já não aguentava perceber tantas questões, é que isso do perceber leva-nos a outra questão, à dissonância cognitiva. Eu sei o que faz mal, mas não é por o saber que o deixarei de fazer. Tanto a nível psicológico como físico. É que eu gosto mesmo de chocolate. Preciso de ter novamente forças para me cuidar e mimar. Preciso de não me negligenciar mais. Preciso de voltar à minha amiga eliptica e voltar a fazer as minhas caminhadas. Preciso muito, para lá de muito. Vontade e força anímica zero! Motivos para levantar a cabeça da travesseira zero! Esta semana um momento que me fez sorrir. Bonito, doce. De uma pessoa que não esperava mas alguém que viverá nas profundezas da ternura. Os meus amores adoram vir buscar mimos junto de mim. Mesmos os que partem e ficam para sempre. E é bonito que assim seja, mesmo que o mimo seja uma palavra, um conselho, um esclarecimento do passado. A percepção de quem fomos para alguém pode revelar muito sobre a nossa personalidade e fazer-nos pensar. Esta semana sei que fui muito especial para alguém e existem palavras-chave, códigos especiais que só nós dois é que saberemos. E a ternura de sentir esse sorriso especial, vale muito. A sabedoria das vivências e dos afectos transborda quando aprendemos a guardar as coisas boas. Valeu a pena relembrar, o quanto é importante guardar o que é bom, ou foi bom.
terça-feira, abril 03, 2012
"Ter cá dentro um astro que flameja..."
Ser quem sou. Aceitar-me. Conhecer-me. Percorrer os caminhos do modo mais difícil. Começa a ser mais cansativo do que posso suportar. Acordo de um coma assustador. Olho-te lá atrás. Não sei de ti, nem sei
se quero saber. Receio que todo o sofrimento que passou volte e me
absorva na sua teia sombria. Olho-te numa imagem de vislumbre e não sei
como foi possível a vida ter pintado certos momentos com nuvens e tons
sombrios que me sufocaram e desfizeram por dentro.
Sei o quanto bati fundo, mas também sei o quanto aprendi. O quanto o sofrimento me obrigou a perseguir um entendimento, das pessoas e das relações humanas. Sei o quanto pude perceber quem fui desde a infância e até aos dias de hoje. Quem me conhece consegue analisar o quanto a minha vida teve mais baixos que altos. Perceber que a tristeza nos rouba e suga a vida. Perceber o mergulho sombrio em águas demasiado turvas para se encontrar um caminho. Senti durante estes últimos sete meses, um alivio tremendo quando me deparei com certas verdades. Pude finalmente perceber o quanto fiz opções erradas. O quanto mantive as pessoas erradas e o quanto não dei oportunidades a pessoas que podiam ter sido as certas. Agora é tão claro, o quanto aceitei sempre menos do que merecia. O quanto por amor me deixei toldar e o quanto não deixei o racional falar. O quanto não me cuidaram... o quanto não se deram ao trabalho de me conhecer verdadeiramente. O quanto não partilharam comigo. E existe no meu pranto uma mágoa, uma tristeza que não me sai do regaço. Existe um olhar para o passado recorrente. Existe um sufoco desmedido de não pertencer, de não existir. Um desespero refinado de uma dor que se intensifica quando vejo como confio e me dou a níveis inacreditáveis. Depois para levantar do chão são anos a colar os pedacinhos. Hoje quebraram-se mais pedacinhos, porque não encontrei forças.
quinta-feira, março 29, 2012
"Estavas, linda Inês, posta em sossego"
Estamos no ano Inesiano, embevecida por toda a trama da famosa e trágica história de Inês de Crasto e D. Pedro, que foi explorada no Congresso Internacional a decorrer é impossível não associar esta história a uma crença que veicula ao longo de gerações, o sofrimento associado ao amor. Como se ambas as coisas fossem indissociáveis. Crescemos com histórias que nos toldam as percepções do amor. Crescemos a acreditar num Romeu e numa Julieta que lutam contra tudo e todos mas estão destinados a um fim trágico. Esta história toca-nos pela forma como nos foi contada, o sofrimento prende-nos à história, toca-nos, absorve-nos, somos empáticos com ele. Queremos sempre que da luta resulte o foram felizes para sempre, no fim é essa a nossa esperança. Vemos uma linda Inês, a ser vitima de um homicídio, e um Pedro que louco de amor obriga anos mais tarde toda a corte a beijar a mão da sua amada morta tendo em vista a sua dignificação como rainha de Portugal. Quantas faces tem o amor? Até onde vai o amor? Quando existirá uma história que perdure no tempo e seja cativante o suficiente para fazer valer a premissa de que tudo o que é sofrimento não é amor. O sofrimento somos nós humanos, imperfeitos, pouco elucidados, sem uma educação emocional que numa evolução muitas vezes sem um contexto saudável deturpamos os caminhos, tomamos decisões erradas ou são tomadas por nós e mudam de forma determinante e trágica os caminhos saudáveis. O amor puro e feliz onde a luz se demora e brilha. Eu sei sou demasiado ingénua, é muito delicodoce esta visão. Gostaria eu de perceber como ainda trago nas mãos resquícios de um amor que a vontade humana fez cessar e que apesar de toda a racionalidade, de toda a compreensão que busquei para me serenar, não consigo apaziguar dentro de mim um sofrimento que me consome. Sinto um aperto enorme, quebram-se-me os sentidos. E o sofrimento não se esgota, com a ideia de que as relações humanas não podem ser tão cruéis. As relações humanas não podem ser tão fúteis. Trago nas mãos não flores e alegrias, trago nas mãos um desgosto que parece não ter fim. Quero que o sofrimento acabe. Quero sentir paz e, ainda assim, ontem quando passava pela ponte luminosa, sentia o coração a bater forte. O meu Pedro não me enviava barquinhos com cartas de amor. O meu Pedro era atencioso, cuidador das minhas horas vazias, luz dos meus dias. E é essa a lembrança que quero ter. O sofrimento tem que desaparecer. Queira a vida, que ele esteja em sossego. E que na vida dele a água límpida seja uma fonte de amores e não uma fonte de lágrimas. Que o arco majestoso daquela paisagem que é a Quinta das Lágrimas dos nossos corações seja janela de boas memórias e das coisas boas que perduram ao longo dos anos.
quinta-feira, março 22, 2012
Pensamentos do dia: Fagocitose de pensamentos negativos
Quem dera que a nossa mente possuísse um sistema tal como os macrofagos (células que expulsam os virus, bactérias, corpos estranhos e células mortas) e removesse os pensamentos negativos e o mau humor. Era bom que fosse uma resposta automática que o nosso cérebro trouxesse incluído, talvez traga eu é que ainda não a activo de forma involuntária.
Hoje o pensamento positivo que me põe um sorriso nos lábios é estar a estudar para a prova teórica do novo curso que ando a fazer. Novos caminhos, enriquecimento, enlightement, empowerment, sobretudo bem-estar são as palavras chave.
quarta-feira, março 21, 2012
Ainda não aprendi...
...a andar só pelos caminhos. Como dizia o poeta não sei andar só pelos caminhos. Anseio sempre, sinto que merecia poder partilhar tantas coisas que por determinados contextos na vida não tive direito ou oportunidade de partilhar.
Esta semana pintei a minha primeira tela em aguarela. Existem tantas coisas que eu ainda não fiz. E existem coisas que eu gostaria de fazer e partilhar. Quero acreditar. Cada dia um pedacinho mais que a vida tem que ser mais risonha, tem que ser mais ... intensa. Tem de existir mais essência. Quero acreditar que o melhor ainda está para vir. E como diria alguém que eu tão bem conheci.... interessa-me o que está para vir.
Esta semana pintei a minha primeira tela em aguarela. Existem tantas coisas que eu ainda não fiz. E existem coisas que eu gostaria de fazer e partilhar. Quero acreditar. Cada dia um pedacinho mais que a vida tem que ser mais risonha, tem que ser mais ... intensa. Tem de existir mais essência. Quero acreditar que o melhor ainda está para vir. E como diria alguém que eu tão bem conheci.... interessa-me o que está para vir.
quarta-feira, março 14, 2012
Poder transformador
Acredito que todos nós possuímos um certo poder transformador. Demoramos este mundo e o outro a perceber a força que existe dentro de nós. Nem sempre os contextos nos permitem ser pessoas com capacidade introspectiva para percebermos o que passa dentro de nós, como geri-lo e como agir para que o que sentimos se torne positivo. Deixar fluir as emoções como se num rio estivéssemos não basta é preciso educá-las pela positiva. Quero percorrer esse caminho, quero agarrar-me às coisas boas. Aos momentos felizes, às coisas boas e aprender a cruzar-me com as coisas más sem lhes atribuir tanto significado como tenho feito ao longo dos anos. Preciso assumir isso como premissa para que o meu percurso deixe de ser tão cinzento, preciso ver luz onde na maioria das vezes existe vazio. Preciso acreditar, ter esperança, ser optimista. Preciso muito de acreditar que sou capaz, que tenho em mim o poder e a energia positiva para marcar a diferença na minha vida e nas das pessoas que estão à minha volta. Quero ser essa pessoa.
quinta-feira, março 08, 2012
HOJE...
Um copo de vinho do porto, chocolate negro, um bom livro e música da boa! My day is full. :)
quarta-feira, março 07, 2012
Wake up Call
Segundo o senhor GOLEMAN, as pessoas tendem a adoptar 3 tipos de estilos para acompanhar suas emoções:
1- Autoconscientes: quando entram em algum estado de espírito negativo não ficam a ruminar, reconhecem a emoção e procuram retirar soluções positivas, ou seja, buscam a aprendizagem.
2- Mergulhadas: estão imersas nas suas emoções, e são incapazes de superá-las, perdendo o controlo das suas vidas. Pouco fazem para superar um estado de espírito negativo, acreditando não serem capazes de controlar suas emoções.
3- Resignadas: Embora reconheçam um estado de espírito tendem a aceitá-lo, não exercendo o poder da mudança. Ex: depressivos.
PERGUNTA CRUCIAL: Quem tu és grita (continua a gritar) tão alto que não consegues ouvir o que estás a dizer???
Adaptado, Ralph Waldo Emerson
quinta-feira, março 01, 2012
Nuvens
"No dia triste o meu coração mais triste que o dia...
No dia triste todos os dias...
No dia tão triste..."
Álvaro Campos, Nuvens
Quando mais tento sacudir a tristeza profunda com que desgastam os meus dias, mais a encontro pelos passos que dou a cada dia. E por mais tentativas que faça, a minha mente dá voltas, faz o pino e volta aos mesmos pensamentos deprimentes. Por mais que esmiúce a essência das coisas, por mais que tente entender, este bloqueio.
Os psicólogos chamam de afecto negativo à ausência da vivência de afectos. Eu chamo-lhe um azar do caraças, ironizando a questão. A ponte entre o isolamento e a convivência social sempre me causaram estranheza. Na medida em que tanto com amigos como com companheiros, vivi sempre em micro-climas resguardados. Aposto sempre em pequenos grupos em detrimento de grandes grupos. Gosto de contar com relações sólidas mais do que em relações diversas, fúteis e sem profundidade. E quando as pessoas partem, quando as pessoas por diversos motivos se afastam, eu sofro de uma maneira incontrolável um luto que transforma os meus dias, semanas, meses e até anos numa prisão de sofrimento atroz.
Como diz numa música o Tiago Bettencourt, "tudo o que é meu é tudo o que eu não sei largar". Sou uma dependente dos afectos, constituem a minha base sólida. Não aprendi a ser só, a deixar fluir o evoluir da minha vida e das pessoas. Nunca aprendi a aceitar a solidão e isso fez de mim uma pessoa profundamente triste na maior parte do tempo em que tenho consciência da pessoa que sempre fui. Contudo prezo imenso a solidão e o silêncio. Sei o quanto na maioria das vezes me sossega. Não deixa de ser antagónico quando analiso a questão. Odeio multidões, já dei formação a grandes grupos e isso não me causou qualquer problema. É no mundo dos afectos que me prendo num novelo de carência tremenda. Não desenvolvi as estratégias necessárias de coping para lidar com a rejeição. E isso determinou profundamente a minha relação comigo mesma. O meu optimismo e a crença nas minhas potencialidades foram as minhas principais lacunas.
Escrever ajuda-me a clarificar os pensamentos, quem me lê deve entender e ficar com uma ideia de mim profundamente negativa. Aqui a questão não se prende com o que os outros pensarão de mim. Prende-se com a partilha de sentimentos, de um percurso e vivências não só mas especialmente com as pessoas que me são mais próximas. Escrever é algo que me acompanha desde a adolescência. Sou um ser bastante social, não existe um grupo onde tenha estado, onde não tenha criado relações positivas e de afecto, o que se passa comigo nos dias que correm é que vejo a minha vida através de um vidro como dizia o poeta e não lhe consigo tocar. Porque me dói, ter chegado na minha vida a este nível de sofrimento e nem sempre sinto possuir as ferramentas necessárias para sair deste estado de espírito.
Os psicólogos chamam de afecto negativo à ausência da vivência de afectos. Eu chamo-lhe um azar do caraças, ironizando a questão. A ponte entre o isolamento e a convivência social sempre me causaram estranheza. Na medida em que tanto com amigos como com companheiros, vivi sempre em micro-climas resguardados. Aposto sempre em pequenos grupos em detrimento de grandes grupos. Gosto de contar com relações sólidas mais do que em relações diversas, fúteis e sem profundidade. E quando as pessoas partem, quando as pessoas por diversos motivos se afastam, eu sofro de uma maneira incontrolável um luto que transforma os meus dias, semanas, meses e até anos numa prisão de sofrimento atroz.
Como diz numa música o Tiago Bettencourt, "tudo o que é meu é tudo o que eu não sei largar". Sou uma dependente dos afectos, constituem a minha base sólida. Não aprendi a ser só, a deixar fluir o evoluir da minha vida e das pessoas. Nunca aprendi a aceitar a solidão e isso fez de mim uma pessoa profundamente triste na maior parte do tempo em que tenho consciência da pessoa que sempre fui. Contudo prezo imenso a solidão e o silêncio. Sei o quanto na maioria das vezes me sossega. Não deixa de ser antagónico quando analiso a questão. Odeio multidões, já dei formação a grandes grupos e isso não me causou qualquer problema. É no mundo dos afectos que me prendo num novelo de carência tremenda. Não desenvolvi as estratégias necessárias de coping para lidar com a rejeição. E isso determinou profundamente a minha relação comigo mesma. O meu optimismo e a crença nas minhas potencialidades foram as minhas principais lacunas.
Escrever ajuda-me a clarificar os pensamentos, quem me lê deve entender e ficar com uma ideia de mim profundamente negativa. Aqui a questão não se prende com o que os outros pensarão de mim. Prende-se com a partilha de sentimentos, de um percurso e vivências não só mas especialmente com as pessoas que me são mais próximas. Escrever é algo que me acompanha desde a adolescência. Sou um ser bastante social, não existe um grupo onde tenha estado, onde não tenha criado relações positivas e de afecto, o que se passa comigo nos dias que correm é que vejo a minha vida através de um vidro como dizia o poeta e não lhe consigo tocar. Porque me dói, ter chegado na minha vida a este nível de sofrimento e nem sempre sinto possuir as ferramentas necessárias para sair deste estado de espírito.
O acontecer
"A felicidade não está no que acontece mas no que acontece em nós desse acontecer."
Vergílio Ferreira, Em nome da Terra
Quanto mais leio sobre as emoções, sobre a forma como lidamos com as mesmas e como se deve lidar, mais entendo a pessoa em que me tornei. Agora entendo o quanto não existe volta a dar ao que passou, o quanto o passado me marcou pela negativa. Sei perfeitamente que tenho nas minhas mãos a chave para a solução dos meus problemas. Se fosse tão fácil de colocar em prática o que se apreende através do conhecimento, metade das pessoas seriam pessoas melhores e mais felizes.
O conjunto de acontecimentos negativos, que me sucederam ao longo dos anos, o acumular dos mesmos tornaram-me uma pessoa mais cinzenta, uma pessoa com mais receios, mais ansiosa, mais preocupada com a vida e com os outros do que comigo mesma.
Torna-se para mim profundamente doloroso arriscar sem certezas absolutas tal foram a quantidade de vezes que bati fundo.
Cometi sobre mim mesma actos de abnegação extrema que estou a tentar entender e ultrapassar. Nem sempre é fácil gerir emoções, interpretá-las, refreá-las. Estou nesse caminho. Algures entre o estado a que a tristeza profunda me levou e entre o levantar do chão, para com esperança e optimismo, me conseguir motivar e chegar onde sei que tenho potencialidades para chegar. Onde sei que mereço chegar. Tanto a nível pessoal como a nível profissional. Quero acreditar, preciso de acreditar. Cada dia um bocadinho mais.
quarta-feira, fevereiro 22, 2012
Ler as emoções
" A raiz do altruísmo reside na empatia, na capacidade de ler as emoções dos outros; quem é incapaz de sentir as necessidades ou o desespero de outra, não pode amar. " Daniel Goleman
Todos nós já experienciamos em alguma altura da vida a incapacidade de outrem para nos entender, ou aliás, não é preciso que nos entenda é preciso que consiga ser empático o suficiente para sentirmos que está ali alguém que se preocupa, que nos ouve no matter what. É preciso que tenha uma postura de receptividade, que assuma uma expressão isenta de crítica, isenta de todas as expressões verbais e não verbais que nos fazem calar pois por mais que nos tentemos fazer entender a posição do outro pode ser tão antagónica que desistimos no primeiro segundo de partilhar.E isso faz-nos tão mal, ficar com as palavras atravessadas sem alguém para nos ouvir.
Podemos sentir isto nos mais diversos contextos, no trabalho, em casa, com os amigos e com a pessoa que mais amamos.
Neste último caso, pergunto-me qual será o limite que nos impomos para estar com alguém quando começamos a sentir que não existe qualquer empatia, não pelo ser com que me relaciono mas com toda a pessoa que existe para lá desse relacionamento. Podemos ser diferentes, ter hobbies distintos, amigos em grupos opostos mas existe no fundo um certo conjunto de valores que não podem deixar de existir e ser compartilhados para que a relação sobreviva positivamente.
Não percebo porque não consigo racionalizar a falta de empatia para comigo e interpretar isso como distanciamento afectivo. Inexistência de laços verdadeiros e de valores partilhados.
A incapacidade do outro sentir o meu sofrimento e continuar a agir indiferentemente mesmo quando não posso ser mais clara e demonstrar o quanto estou mal numa tentativa de pedir ajuda ao causador do sofrimento. Quando nesta situação alguém continua indiferente... Já vivenciei uma experiência limite em que isso me ajudou a afastar da pessoa e eventualmente o sentimento de sofrimento serenou depois de meses a fio, quase um ano. Consegui perceber que não podia nem mesmo ser amiga e dar importância a alguém que não estava lá para dar e receber numa simples relação de amizade. Foi um verdadeiro murro no estômago a ausência de partilha, a falta de diálogo após a revelação de uma das partes estar em sofrimento.
Mas não deixa de me causar estranheza, incompreensão, estamos sempre a mudar, consigo compreender que nem todas as pessoas se encontram na mesma curva de crescimento emocional mas não consigo não me sentir horrorizada. Completamente desorientada pela ausência de diálogo, de empatia, de valores, sobretudo. Estou faz já muito tempo noutra situação a tentar ultrapassar a frieza que a indiferença que me trespassa o coração todos dias, não percebo porque não consigo desligar deste sentimento de incompreensão, porque mantenho o olhar sobre a situação à espera de closure, de um pouco de paz, de valores, de humanidade. Como se muda tanto, como se evita tanto alguém a quem um dia no tempo dedicamos tantas horas e carinho? Causa-me estranheza, causa-me sofrimento atroz. Não devo saber viver o luto das ausências mas sobretudo quando não compreendo não consigo andar em frente. Mas se sofro por tempo demais, ao fim ao cabo sinto-me uma pessoa melhor por acreditar, por ter valores. Por esperar das pessoas mais ... mesmo que estas se afastem e estejam felizes. Continuo a não perceber. Já me disseram que não tenho que entender tudo. Mas é essa falta de encaixe que me falta deixar fluir o distanciamento. É como se estivesse num entroncamento, a pessoa seguiu um caminho e eu fico ali à espera que volte, demore o tempo que demore para conversar e chegar àquele momento em que ambos fiquemos em paz para aí sim cada um poder fluir positivamente e seguir o seu caminho. E se apesar de várias tentativas as pessoas não voltam aquele entroncamento? Causa-me tristeza. Mói-me o juízo, passam meses mas eventualmente até esse sentimento se esgota em si mesmo. Entristece-me o quanto as relações são fugazes, o quanto não se baseiam em valores de respeito, empatia e energia positiva. A falta de co-responsabilidade social. Ninguém é uma ilha, no entanto todos temos pequenas ilhas no coração que guardamos como pequenos oásis onde um dia o amor foi eterno mas onde não se pode tocar, nem voltar.
terça-feira, fevereiro 21, 2012
O amor é eterno enquanto dura
Hoje deambulava por entre as folhas e pétalas das flores do meu jardim quando me ocorreu novamente um pensamento que há dias me fez parar e reflectir o quanto não posso nem devo quantificar o amor. Não perdeste tudo, foste tão feliz e foi tão bom, tão eterno. O amor é imensurável. O amor é tão eterno enquanto dura. Mesmo. E eu tenho sempre a tentação de o prolongar no tempo e no espaço. Se fechar os olhos consigo sorrir e sentir a intensidade dos momentos, tão eternos, tão livres e meus! Nossos! Amo a intensidade dos afectos, sofro a ausência dos mesmos. O silêncio deixa-me sempre à espera de gestos de amor, como se parasse de respirar à espera das surpresas maravilhosas que a vida ainda tem para me revelar. E quanto mais eu desejar mais vai demorar. Eu sei! Assim sou eu, intensa... sim, sou felizmente assim! Amo com a intensidade, sou hipersensível aos gestos, às palavras, sou hiperpensante porque tantas vezes me deixo dominar pelos pensamentos acelerados e desatinados, sou hiperpreocupada comigo e com os que me rodeiam. Não sou especial, sou eu, assim. E, não existe nada que eu queira mudar. Sou emocionalmente densa. Não acredito na felicidade mas sim em momentos felizes. E se os revivo é porque sou feliz dentro deles, da memória eterna de que se nutrem. Hoje quero fluir e deixar o amor fluir. Hoje quero que o amor seja eterno.
"Se tanto me dói que as coisas passem ...
É porque cada instante em mim foi vivo
Na busca de um bem definitivo
Em que as coisas de Amor se eternizassem"
Sophia de Mello Breyner Andresen
terça-feira, fevereiro 14, 2012
Inverno emocional
"A flor mais exuberante brota no inverno emocional mais rigoroso."
Uma flor exuberante surgiu no caos do Inverno psíquico."
Augusto Cury
Hoje em todo lado somos inundados por mensagens de amor, declarações emocionadas e criativas, frases bonitas e tocantes, imagens inspiradoras e ternurentas. Todos na vida estamos predestinados a sentir paixão, amor e também muitas desilusões e desamor. Lidar com as perdas de pessoas significativas ao longo da vida revela-se das tarefas mais dolorosas por que passamos. Faz parte do crescimento emocional. Nem todos lidam com isso da mesma forma. Nem todos conseguem respeitar o luto que as pessoas travam. Nem todos conseguem ter a capacidade de ser empático o suficiente para mesmo não podendo sentir o que o outro sente, nem todos tem a grandiosa sensibilidade para estar lá e simplesmente dar apoio incondicional, a famosa escuta activa sem recriminar, estar lá. Claro que existem limites para o luto, que ultrapassam as margens do saudável. Quantas vezes não soubemos o que dizer a alguém nesta situação, quantas vezes as palavras não existem. Quero muito e todos os dias que passam ser um exemplo de aceitação incondicional, de empatia, de escuta activa, quero, faz parte de ser quem sou, de como me idealizo enquanto pessoa. Tenho a tremenda sorte de ter pessoas assim na minha vida que me ouvem horas a fio e estão lá. E, por isso estou grata. Sou a pessoa mais chata do mundo, oscilo, regrido e progrido nas fases do luto mais do que muito. Tenho feito mais do que muitas aprendizagens nestas épocas. Ao pensar em muitas pessoas à minha volta, que são exemplos vivos de como a vida muda a cada instante e pode ser tão mais leve e feliz,consigo perceber a curva ascendente que percorremos ao longo do nosso crescimento emocional. Agora sei que tudo o que implica sofrimento não é amor. Agora sei que mereço mais do que sempre tive. Agora sei que níveis de partilha vislumbro. Agora sei que a aceitação incondicional é a maior das bênçãos. Agora sei que o amor aprendido existe para comprovar as minhas teorias mirabolantes. Agora sinto que o amor apaixonado (eros) faz parte do nosso crescimento e nos ensina o quanto é importante sermos livres nas nossas vivências e respeitarmos os nossos valores e os dos outros. Mas, sobretudo sei como devo impor limites às experiências que apesar de altamente sensitivas e emocionais nos podem ferir de forma irreparável no tempo e no espaço sem percebermos o quanto elas nos dilaceram por dentro. Agora sei que o àgape (amor profundo) é uma experiência que pude sentir mesmo que por pouco tempo. Agora percebo a importância que o bem-estar assume, percebo a importância de analisar os níveis de reciprocidade como valor ético. A reciprocidade como valor de uma cumplicidade mútua que não se pede mas que se sente e partilha espontaneamente. Assim é, e deve ser o amor. Reciprocidade com as setas viradas nos dois sentidos. O meu bem-estar e o teu bem estar são a fonte inesgotável da energia de que se nutre o amor puro. :)
domingo, fevereiro 05, 2012
Lost in a moment
Adoro séries. Adoro histórias. Ainda bem que não tenho qualquer programa e não faço ideia de como as sacar, essa é a melhor coisa de um vício mantê-lo controlado com algo que simplesmente não controlamos. As novas tecnologias são fantásticas mas eu quero limites. De momento estou a acompanhar a anatomia de grey, californication, gossip girl, walking dead, covert affairs, homeland e existe uma lista de muitas mais que vou vendo e gostava de ver. Este fim de semana ao fazer o update semanal das best of do momento apercebi-me de uma palavra que foi repetida em várias. Ando muito atenta a palavras, ultimamente. Curiosamente andei a pensar sobre isso...E as palavras mais repetidas ou que pelo menos que mais eco tiveram em mim foram I'm in a good place. Excelente expressão. Very beautiful. Pronto gosto, gosto muito. Fez-me reflectir e aflorar as minhas ideias. Não estou num good place psicologicamente. Não sei bem onde estou. Entre um momento de sobrecarga de trabalho esgotante e um momento de inexistência de trabalho. Entre um momento de muita partilha e um momento de nenhuma partilha a nível afectivo. Entre momentos de grande sofrimento sem saber porque sentia tanta tristeza e um momento em que existe tristeza mas já não me fere como feria. O conhecimento que me atravessou nos últimos meses foi tão revelador como purificador. Mas isso não me impede de ser uma romântica incurável, as cicatrizes estão lá para sabermos que vivemos e crescemos e não para reviver os momentos, não para encontrarmos soluções ou respostas a perguntas que ecoam ainda baixinho mas ecoam. A aceitação dos momentos de mudança, de transição e até mesmo de sofrimento demora a chegar mas eventualmente chega. Não sei qual o meu lugar, não sei qual o meu caminho, não sei, estou naquele momento em que não existem setas, caminho apenas todos os dias com a esperança de encontrar água neste meu deserto.
domingo, janeiro 29, 2012
Felicidade = Equação Simples
Dizem os investigadores da área que a felicidade pode ser representada por uma simples equação:
Felicidade = Ponto Fixo Hedonista (40%) + Condições de Vida (7 a 12%) +
Acções Voluntárias ( +/- 50%)
Shocking !!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Quando descobri que esta fórmula existia perguntei-me seriamente porque só naquele dia me havia chegado este tipo de clarividência. O ser humano estuda os fenómenos mais incríveis e este é tão óbvio de se perceber.... ahhh... (suspiro).... the pursuit of happiness!!!
Onde está, para onde vai, como se manifesta, quão mutável é ....quantas condicionantes a afectam... Tantas e imensas perguntas...
O Ponto Fixo Hedonista: mecanismo cerebral que interpreta as situações como problemas (pessoas infelizes) ou oportunidades (pessoas felizes). É EM PARTE HEREDITÁRIO ou afectado pelas experiências vividas na infância.
A boa notícia é..........que com drogas (que actuam sobre o humor - efeito temporário), terapia cognitiva e meditação (os especialistas dizem que não existe coreografia que consiga que tantos químicos sejam libertados ao mesmo tempo... serotonina, dopamina, oxitocina e endorfinas) podemos superar influências negativas.
Condições de Vida: Qualidade de Vida, Capacidade de Adaptação, Resiliência emocional são as palavras chave.
Acções Voluntárias: Aquilo que escolhemos fazer todos os dias, as escolhas que fazemos...
De todas estas escolhas os especialistas afirmam que sem sombra de dúvidas que a via directa para a felicidade é tornar as outras pessoas felizes. Bem como expressar-nos utilizando a nossa criatividade. Estas duas representam as formas de encontrar a felicidade de forma mais duradoira.
.....................................
Após ter acedido a esta informação fiquei parada no tempo a pensar neste segredo da felicidade tão bem guardado dentro de nós.
Eu sei que a minha mente é a fonte inesgotável de onde provém a maioria de tudo aquilo que me causa sofrimento .... mas também sei que a mesma é responsável pelas decisões e escolhas que me levarão a ser mais feliz cada dia. Entre a minha luz e a minha sombra... é melhor começar a meditar que em tempo de crise não há dinheiro para terapias cognitivas. Existe uma paz que se instala quando temos acesso a certo tipo de conhecimento. Algures entre esse degrau e a minha escalada para ser uma pessoa mais feliz existe um certo crescimento que sei ....ainda não alcancei. Mas... existe uma paz momentânea após cruzar-me com estes conhecimentos. Tornam-se espirituais, são lanternas a que me agarro quando a sombra me ofusca.
Hiato...
Entre o que eu sei e o que consigo pôr em prática. Entre o que sinto e o que eu sei que não devia sentir. Febre de sentir incontrolável. Anseio profundo que não me larga e corrói. Mente possuída de pensamentos a mil à hora. A serenidade está ali ao fundo mas nem sempre consigo tocar-lhe, controlar as emoções para que domine e se sobreponha. O bem-estar conquista-se bem sei. Mas... existe sempre um mas... Como dizia um actor no outro dia numa entrevista...(eu não diria melhor), é este o sentimento... eu não quero estar triste, eu não quero mas... entre estar e sentir o que verdadeiramente sinto os dias de tristeza sobrepõem-se sempre. É como diz este senhor...
O que sinto é tão ruidoso que não consigo perceber ou interpretar o que significa, a sua dimensão e intensidade. Acho que é isso. E ao não impedir o que sinto sei que eventualmente se esgotará essa fonte inesgotável da sombra. Sei que algures começarei a ver raios de luz. Sei.
"Quem tu és grita tão alto que não consigo ouvir o que estás a dizer." Ralph Waldo Emerson
O que sinto é tão ruidoso que não consigo perceber ou interpretar o que significa, a sua dimensão e intensidade. Acho que é isso. E ao não impedir o que sinto sei que eventualmente se esgotará essa fonte inesgotável da sombra. Sei que algures começarei a ver raios de luz. Sei.
quarta-feira, janeiro 11, 2012
Quero Falar-te dos meus sentimentos...
“Quero falar-te dos meus sentimentos”. Foi assim que a comunicação começou.
Comunicar é como jogar andebol. Eu atiro a bola e tu apanha-la. Depois, tu atiras a bola e eu apanho-a . E, outra vez, eu atiro a bola...
“Quero falar-te dos meus sentimentos.” Foi assim que a comunicação começou.
Tal como precisamos de atirar a bola para trás e para a frente para jogar andebol, precisamos de falar uns aos outros dos nossos sentimentos para comunicar.
Se estamos demasiado perto ou excessivamente afastados uns dos outros, não é fácil jogar andebol. A comunicar é o mesmo. Se estivermos muito perto ou demasiado afastados dos nossos amantes ou dos nossos amigos ou de um filho ou dos nossos pais, não será fácil comunicar com eles. A comunicação não começa com ambas as pessoas a falar ao mesmo tempo. O primeiro gesto tem de partir de uma delas. Alguém tem de atirar a primeira bola. Mas você pode não querer ser o primeiro a atirar a bola – pode querer esperar que alguém lha atire. (Porque quando a atira e ninguém tenta apanhá-la, fica infeliz.)
Há alturas em que se sente inesperadamente rejeitado. Há alturas em que atira a bola, querendo jogar andebol com outra pessoa, e acaba por ver essa pessoa atirar a bola a uma terceira. Habituamo-nos desde cedo a que algumas pessoas não ouçam o que lhe queremos dizer. “Agora estou ocupado”, dizem elas. “Falaremos mais tarde, está bem?” E assim, acabamos por pensar “Afinal o que eu digo não interessa”. É por isso que é preciso ter a coragem para ser o primeiro a atirar a bola. Algumas vezes, quando finalmente arranjamos coragem para atirar a bola a outra pessoa, ela desvia-a para o lado. Alguma vez isto lhe aconteceu? Ou lançamos uma bola com toda a nossa alma, e a pessoa a quem atiramos devolve-a com um pontapé... Alguma vez isso lhe aconteceu? Ou atiramos uma bola muito rica e muito grande, que nos é devolvida muito mais magrinha... Alguma vez isso lhe aconteceu?
Já alguma vez disse a si próprio, “Em vez de atirar a bola eu mesmo, e ser infeliz, é melhor não a atirar nunca e esperar que alguém ma atire”? Mas e se ninguém a atira...?
Você não é o único a ser inesperadamente rejeitado, a receber a bola de volta, intocada, a ser infeliz. Talvez dê também pontapés nas bolas algumas vezes, e faça alguém infeliz, sem saber que o está a fazer! Todos nós queremos que as bolas que atiramos sejam aceites. Todos nós queremos ter alguém que ouça o que temos para dizer. Todos nós queremos que os outros saibam que existimos. Mas quem é que realmente está pronto para aceitar todos aqueles que querem que os outros dêem por eles? Se a pessoa a quem atiramos uma bola com toda a nossa alma a apanhar, e se nós apanharmos a bola que essa pessoa nos lança de volta, então um acto de comunicação acontece. Mas às vezes sentimos, “Ele não a apanha do modo como eu queria que o fizesse!” Ou, “Não há maneira de eu poder apanhar a bola que ele me atirou!”
Comunicar é como jogar andebol. Eu atiro a bola e tu apanha-la. Depois, tu atiras a bola e eu apanho-a . E, outra vez, eu atiro a bola...
“Quero falar-te dos meus sentimentos.” Foi assim que a comunicação começou.
Tal como precisamos de atirar a bola para trás e para a frente para jogar andebol, precisamos de falar uns aos outros dos nossos sentimentos para comunicar.
Se estamos demasiado perto ou excessivamente afastados uns dos outros, não é fácil jogar andebol. A comunicar é o mesmo. Se estivermos muito perto ou demasiado afastados dos nossos amantes ou dos nossos amigos ou de um filho ou dos nossos pais, não será fácil comunicar com eles. A comunicação não começa com ambas as pessoas a falar ao mesmo tempo. O primeiro gesto tem de partir de uma delas. Alguém tem de atirar a primeira bola. Mas você pode não querer ser o primeiro a atirar a bola – pode querer esperar que alguém lha atire. (Porque quando a atira e ninguém tenta apanhá-la, fica infeliz.)
Há alturas em que se sente inesperadamente rejeitado. Há alturas em que atira a bola, querendo jogar andebol com outra pessoa, e acaba por ver essa pessoa atirar a bola a uma terceira. Habituamo-nos desde cedo a que algumas pessoas não ouçam o que lhe queremos dizer. “Agora estou ocupado”, dizem elas. “Falaremos mais tarde, está bem?” E assim, acabamos por pensar “Afinal o que eu digo não interessa”. É por isso que é preciso ter a coragem para ser o primeiro a atirar a bola. Algumas vezes, quando finalmente arranjamos coragem para atirar a bola a outra pessoa, ela desvia-a para o lado. Alguma vez isto lhe aconteceu? Ou lançamos uma bola com toda a nossa alma, e a pessoa a quem atiramos devolve-a com um pontapé... Alguma vez isso lhe aconteceu? Ou atiramos uma bola muito rica e muito grande, que nos é devolvida muito mais magrinha... Alguma vez isso lhe aconteceu?
Já alguma vez disse a si próprio, “Em vez de atirar a bola eu mesmo, e ser infeliz, é melhor não a atirar nunca e esperar que alguém ma atire”? Mas e se ninguém a atira...?
Você não é o único a ser inesperadamente rejeitado, a receber a bola de volta, intocada, a ser infeliz. Talvez dê também pontapés nas bolas algumas vezes, e faça alguém infeliz, sem saber que o está a fazer! Todos nós queremos que as bolas que atiramos sejam aceites. Todos nós queremos ter alguém que ouça o que temos para dizer. Todos nós queremos que os outros saibam que existimos. Mas quem é que realmente está pronto para aceitar todos aqueles que querem que os outros dêem por eles? Se a pessoa a quem atiramos uma bola com toda a nossa alma a apanhar, e se nós apanharmos a bola que essa pessoa nos lança de volta, então um acto de comunicação acontece. Mas às vezes sentimos, “Ele não a apanha do modo como eu queria que o fizesse!” Ou, “Não há maneira de eu poder apanhar a bola que ele me atirou!”
Há
sempre infelizmente muitas tentativas de comunicação que não chegam a
concretizar-se. Quando as comunicações não concretizadas se acumulam, as
nossas emoções tornam-se instáveis. Tornamo-nos tristes , preocupados,
zangados, preconceituosos, pouco amigáveis. E, de vez em quando,
explodimos... Então, pouco a pouco, chegamos a um ponto em que não
sentimos nada... E mais tarde ou mais cedo, estamos sós.
Se a pessoa a quem atirámos a bola não a apanhou como queríamos não a culpemos por isso. Talvez seja simplesmente porque ela não é uma boa jogadora de andebol. Talvez seja só porque estava nervosa e a mão lhe escorregou. Talvez seja só porque a nossa bola era demasiado pesada.
Se o seu patrão ou os seus pais ou o seu parceiro nunca o deixam dizer de sua justiça, como é que isso o faz sentir-se? Se, pelo contrário, lhe atiram três ou quatro bolas ao mesmo tempo, como é que isso o faz sentir-se?
A sua capacidade de comunicar pode ser avaliada pela reacção da pessoa com quem está a tentar comunicar. Mesmo que você não o queira admitir. Há uma boa e uma má maneira de comunicar.
Trocar comunicação é uma boa maneira de comunicar. Não trocar comunicação é uma má maneira de Comunicar. É igualmente mau trocar alguma coisa que parece Comunicar – mas que, na verdade, o não é.
O que significa parecer comunicar? Falar somente sobre o tempo, ou sobre desportos, ou sobre o sexo oposto é parecer comunicar. Falar somente do papel que desempenhamos na vida (como alguém mais velho, como professor, como jovem, como marido, como esposa) é parecer comunicar. Quando se trocam banalidades apenas parecidas com comunicar não se corre o risco de aparentar solidão ou sentir dor. Não temos de nos preocupar com sentimentos ou raciocínios inesperados. Mas também não experimentamos a alegria súbita e irresistível – ou o sentimento de estarmos realmente vivos.
Se o comportamento da pessoa com quem se está a comunicar não muda, quer dizer que não houve realmente qualquer comunicação entre vós. Houve apenas jogos sociais. A verdadeira comunicação gera sempre um novo comportamento. Há uma diferença entre comunicar com pessoas e simplesmente confirmar relações existentes entre elas. As relações tornam-se rígidas. Comunicar pode mudar isso.
Que tipo de relações quer ter? Uma das dificuldades que há em comunicar é que sempre que dizemos que queremos ser amigos de alguém estamos, na verdade, apostados em mostrar a essa pessoa que somos um pouco melhores do que ele ou ela é.
Que espécie de relacionamentos quer ter com outra pessoa? Um relacionamento unilateral? Querem ignorar-se um ao outro? Jogar com brutalidade? Ou esconder os vossos sentimentos? “Se ao menos eu fosse melhor do que ele ou ela” diz você. Sem nos apercebermos disso, usamos muitas vezes a comunicação como um meio de competir. Lembre-se porém: Só se atinge um novo nível de comunicação com aquilo a que pode chamar-se compreensão. As pessoas mudam o seu comportamento quando se sentem compreendidas.
Gostar de outra pessoa não é necessariamente compreende-la. Se há uma pessoa de quem simplesmente não goste, esforce-se por conhecer primeiro o “eu” que não gosta dessa pessoa. A forma como conhecemos outra pessoa coincide inteiramente com a forma como nos conhecemos a nós próprios. Conhecer é saber ouvir o que a outra pessoa está a dizer.
“Quero falar sobre os meus sentimentos”, pode você dizer, “mas ninguém me ouve.” Não é o único que pensa isto muitas vezes. De facto, isso é o que acontece sempre que as pessoas tentam usar a comunicação para competir, em vez de conhecer. Enquanto pensar que a capacidade para comunicar idêntica à capacidade para falar, nunca experimentará um sentimento de união com outra pessoa. A capacidade para comunicar depende da capacidade para fazer a outra pessoa falar – e da sua capacidade para ouvir o que ela está a dizer. Só se ouve verdadeiramente quando se ouve tudo o que a pessoa está a dizer sem julgar, ou negar, ou comparar essa pessoa connosco.
Se se está verdadeiramente a ouvir, e se está preparado para compreender, será fácil para a outra pessoa falar. Mesmo que a bola seja difícil de apanhar, ou tenha sido atirada debilmente,
se fizer o seu melhor para a apanhar... consegue! Não conseguirá apanhar nenhuma bola se se limitar a esperar. Se está pronto realmente para conhecer, dê um passo em frente. Use o seu corpo todo. Estenda a sua mão e descubra o que está mesmo à sua frente. Se pensa que compreender outra pessoa significa concordar com tudo o que ela diz e faz, a compreensão não será fácil.
Conhecer significa ouvir tudo o que a outra pessoa tem para dizer a tomar o que a outra pessoa diz pelo seu valor facial. Se há compreensão, pode ter-se pensamentos diferentes, interesses diferentes, sentimentos diferentes – e ainda assim estar juntos. Quando o conhecimento ocorre, atinge-se um outro patamar de comunicação. Quando um determinado patamar de comunicação se cumpre, sentimo-nos um pouco aliviados. Quando duas pessoas se encontram pela primeira vez, ambas estão nervosas. O problema não é o nervosismo. O problema está em tentar escondê-lo.
Às vezes, você preocupa-se tanto em atirar bem a bola que esquece a preocupação e age como se nada estivesse errado. Ou preocupa-se tanto em apanhar bem a bola que esquece a preocupação e age como se nada estivesse errado. No próprio instante em que deixa de agir como se nada estivesse errado, começa a conhecer-se a si mesmo. Somente depois de você se conhecer a si mesmo pode ocorrer a verdadeira comunicação.
“Quero falar-te dos meus sentimentos.” No momento em que começar a sentir deste modo, começa a atirar bolas que são fáceis de apanhar. (É impossível que alguém que não tenha jogado
muitas vezes andebol apanhe bolas rápidas e em curva, mesmo que queira muito consegui-lo. Se a pessoa com quem está a jogar não estiver pronta para o conhecer, atire-lhe uma bola que seja fácil de apanhar.)
Vivemos graças à comunicação. Quando a nossa comunicação com alguém se altera, a nossa relação com os outros muda também. Tal como muda a nossa relação com o trabalho e a nossa relação com a vida. Até a nossa relação connosco mesmos mudará igualmente.
“Quero falar-te dos meus sentimentos.”
É assim que a comunicação começa.
Se a pessoa a quem atirámos a bola não a apanhou como queríamos não a culpemos por isso. Talvez seja simplesmente porque ela não é uma boa jogadora de andebol. Talvez seja só porque estava nervosa e a mão lhe escorregou. Talvez seja só porque a nossa bola era demasiado pesada.
Se o seu patrão ou os seus pais ou o seu parceiro nunca o deixam dizer de sua justiça, como é que isso o faz sentir-se? Se, pelo contrário, lhe atiram três ou quatro bolas ao mesmo tempo, como é que isso o faz sentir-se?
A sua capacidade de comunicar pode ser avaliada pela reacção da pessoa com quem está a tentar comunicar. Mesmo que você não o queira admitir. Há uma boa e uma má maneira de comunicar.
Trocar comunicação é uma boa maneira de comunicar. Não trocar comunicação é uma má maneira de Comunicar. É igualmente mau trocar alguma coisa que parece Comunicar – mas que, na verdade, o não é.
O que significa parecer comunicar? Falar somente sobre o tempo, ou sobre desportos, ou sobre o sexo oposto é parecer comunicar. Falar somente do papel que desempenhamos na vida (como alguém mais velho, como professor, como jovem, como marido, como esposa) é parecer comunicar. Quando se trocam banalidades apenas parecidas com comunicar não se corre o risco de aparentar solidão ou sentir dor. Não temos de nos preocupar com sentimentos ou raciocínios inesperados. Mas também não experimentamos a alegria súbita e irresistível – ou o sentimento de estarmos realmente vivos.
Se o comportamento da pessoa com quem se está a comunicar não muda, quer dizer que não houve realmente qualquer comunicação entre vós. Houve apenas jogos sociais. A verdadeira comunicação gera sempre um novo comportamento. Há uma diferença entre comunicar com pessoas e simplesmente confirmar relações existentes entre elas. As relações tornam-se rígidas. Comunicar pode mudar isso.
Que tipo de relações quer ter? Uma das dificuldades que há em comunicar é que sempre que dizemos que queremos ser amigos de alguém estamos, na verdade, apostados em mostrar a essa pessoa que somos um pouco melhores do que ele ou ela é.
Que espécie de relacionamentos quer ter com outra pessoa? Um relacionamento unilateral? Querem ignorar-se um ao outro? Jogar com brutalidade? Ou esconder os vossos sentimentos? “Se ao menos eu fosse melhor do que ele ou ela” diz você. Sem nos apercebermos disso, usamos muitas vezes a comunicação como um meio de competir. Lembre-se porém: Só se atinge um novo nível de comunicação com aquilo a que pode chamar-se compreensão. As pessoas mudam o seu comportamento quando se sentem compreendidas.
Gostar de outra pessoa não é necessariamente compreende-la. Se há uma pessoa de quem simplesmente não goste, esforce-se por conhecer primeiro o “eu” que não gosta dessa pessoa. A forma como conhecemos outra pessoa coincide inteiramente com a forma como nos conhecemos a nós próprios. Conhecer é saber ouvir o que a outra pessoa está a dizer.
“Quero falar sobre os meus sentimentos”, pode você dizer, “mas ninguém me ouve.” Não é o único que pensa isto muitas vezes. De facto, isso é o que acontece sempre que as pessoas tentam usar a comunicação para competir, em vez de conhecer. Enquanto pensar que a capacidade para comunicar idêntica à capacidade para falar, nunca experimentará um sentimento de união com outra pessoa. A capacidade para comunicar depende da capacidade para fazer a outra pessoa falar – e da sua capacidade para ouvir o que ela está a dizer. Só se ouve verdadeiramente quando se ouve tudo o que a pessoa está a dizer sem julgar, ou negar, ou comparar essa pessoa connosco.
Se se está verdadeiramente a ouvir, e se está preparado para compreender, será fácil para a outra pessoa falar. Mesmo que a bola seja difícil de apanhar, ou tenha sido atirada debilmente,
se fizer o seu melhor para a apanhar... consegue! Não conseguirá apanhar nenhuma bola se se limitar a esperar. Se está pronto realmente para conhecer, dê um passo em frente. Use o seu corpo todo. Estenda a sua mão e descubra o que está mesmo à sua frente. Se pensa que compreender outra pessoa significa concordar com tudo o que ela diz e faz, a compreensão não será fácil.
Conhecer significa ouvir tudo o que a outra pessoa tem para dizer a tomar o que a outra pessoa diz pelo seu valor facial. Se há compreensão, pode ter-se pensamentos diferentes, interesses diferentes, sentimentos diferentes – e ainda assim estar juntos. Quando o conhecimento ocorre, atinge-se um outro patamar de comunicação. Quando um determinado patamar de comunicação se cumpre, sentimo-nos um pouco aliviados. Quando duas pessoas se encontram pela primeira vez, ambas estão nervosas. O problema não é o nervosismo. O problema está em tentar escondê-lo.
Às vezes, você preocupa-se tanto em atirar bem a bola que esquece a preocupação e age como se nada estivesse errado. Ou preocupa-se tanto em apanhar bem a bola que esquece a preocupação e age como se nada estivesse errado. No próprio instante em que deixa de agir como se nada estivesse errado, começa a conhecer-se a si mesmo. Somente depois de você se conhecer a si mesmo pode ocorrer a verdadeira comunicação.
“Quero falar-te dos meus sentimentos.” No momento em que começar a sentir deste modo, começa a atirar bolas que são fáceis de apanhar. (É impossível que alguém que não tenha jogado
muitas vezes andebol apanhe bolas rápidas e em curva, mesmo que queira muito consegui-lo. Se a pessoa com quem está a jogar não estiver pronta para o conhecer, atire-lhe uma bola que seja fácil de apanhar.)
Vivemos graças à comunicação. Quando a nossa comunicação com alguém se altera, a nossa relação com os outros muda também. Tal como muda a nossa relação com o trabalho e a nossa relação com a vida. Até a nossa relação connosco mesmos mudará igualmente.
“Quero falar-te dos meus sentimentos.”
É assim que a comunicação começa.
Mamoru Itoh
segunda-feira, janeiro 09, 2012
A liberdade é uma maluca
"A dependência é uma besta que dá cabo do desejo, a liberdade é uma maluca que sabe quanto vale um beijo..." Jorge Palma, A gente vai continuar.
"Frágil .... sinto-me frágil", my friend, é o que me apraz dizer.... quero verdadeiramente sentir-me livre, mais do que me sentir livre, quero ser livre. Livre das dependências, livre de me sentir agarrada a um mundo onde por certo governam as Leis de Murphy. A um mundo, a um momento em que já não tenho estrutura para o que de mau ainda está por vir. Já chega! É tempo de viragem, a liberdade é sem dúvida uma maluca mas antes maluca que completamente débil e sem alimento para a alma. Dependência vai-te, leave the building, já compreendi e absorvi a lição, já a estou a por em prática. Mas faz-me um favor não me tentes o juízo, não me digas e mostres todo o santo dia o quanto és perniciosa e sugadora das vivências. Vai, ontem!
Liberdade, vida, sorrisos, energia boa por favor entrem pela porta principal. Arrebatem todo o meu ser com uma energia forte que se entranhe nas horas dos dias que passam. Vinde sem medos, e entrai na minha sala, ocupai todas as divisões do meu ser. Vou acender-vos uma lareira quentinha, vamos ser felizes? Vamos beijar cada dia, como se amanhã ainda fosse melhor que hoje, sem tantas preocupações. Janelas, janelinhas abri-vos e deixai-me entrar nesses mundos que me esperam. Vamos ser livres, sorrir, criar, viver, projectar. Vamos viajar, vamos? Agarra-te a mim e deixa-te estar, sim?
A dependência é uma besta...
Tira a mão do queixo não penses mais nisso
o que lá vai já deu o que tinha a dar
quem ganhou ganhou e usou-se disso
quem perdeu há-de ter mais cartas p´ra dar
E enquanto alguns fazem figura outros sucumbem á batota
chega a onde tu quiseres
mas goza bem a tua rota
Enquanto houver estrada p´ra andar
a gente não vai parar
enquanto houver estrada p´ra andar
enquanto houver ventos e mar
a gente vai continuar
enquanto houver ventos e mar
todos não pagamos por tudo o que usamos
o sistema é antigo e não poupa ninguém
somos todos escravos do que precisamos
reduz as necessidades se queres passar bem
que a dependência é uma besta
que dá cabo do desejo
a liberdade é uma maluca
que sabe quanto vale um beijo...
sexta-feira, janeiro 06, 2012
As camadas mais profundas...
" A cura emocional profunda leva tempo. Não pode ser apressada ou forçada. Precisa de se abrir no seu próprio tempo, levando por vezes um bom número de anos para se mover através das camadas mais profundas. Felizmente, à medida que cada camada é curada, a vida torna-se cada vez mais plena e compensadora e, na realidade ilumina-se."
Os quatro níveis da cura, Shakti Gawain
Pronto, pronto... sossega sim... para quê mentir ainda reside em mim aquela esperança agarrada às festividades e à magia dos momentos. Existe, ainda, uma tiny winy esperança de que aconteça magia. É como se todo o meu ser vivesse com as suas energias concentradas à espera daquele momento maravilhoso. Ouvia ontem no masterchef um concorrente usar a expressão 8 camadas de sofrimento ao criar um bolo. O meu bolo mental deve ter umas 10 camadas de sofrimento e aumenta de dia para dia. Quem dera que os pensamentos negativos tivessem um peso 10 vezes inferior aos pensamentos positivos e energias positivas. Devia ser obrigatório as energias positivas duplicarem, quadruplicarem e proporcionalmente os desejos bons e verdadeiramente espirituais concretizarem-se. Universo querido, conspira a meu favor, traz-me luz e magia. Só um bocadinho sim? Preciso de um sorriso espontâneo, um rasgo de vida, uma lufada de ar fresco. E se poder ser uma injecção daquele miminho quentinho que aquece o coração, sim? Fingers crossed!
quinta-feira, janeiro 05, 2012
O pó dos dias (II)
"Não sei como chamar a quem não fica nem amigo nem amor. Não encontrar um nome que descreva alguém assim talvez queira dizer que essas pessoas ficam em todo o lado e em lado nenhum. E, se bem me parece, é nisso que elas nos incomodam mais. Não fica amor, pelas razões que se imagina. Nem fica amigo porque, por mais que se exija tanto assim ao coração, ele nunca se esquece de quem o magoa. E desamparo, pela mão de quem se ama, dói demais. Às vezes, chamo-lhe afinadores (como se o nosso coração fosse um piano). Ajudam-nos a afinar para a subtileza de tudo o que sentimos. Para a forma como nos despertam ou nos agitam. Para o modo como nos arrepiam (sempre que nos falam ao ouvido). Ou para o jeito de dizer «gosto de ti». Para o modo como nos cheiram ou se chegam a nós, e acarinham. Para o furor das suas fúrias e para o encantamento que nos colocam à pele, sempre que são ingénuas. Para o modo como tocam, por dentro, e remexem por fora. Para as lágrimas que deixam ao nosso cuidado. Para o modo como nos desabotoam os olhos. E, sempre que abrem neles outra janela, para o jeito de nunca os deixarem às escuras. Para o suor que, sempre que se mistura, nos adoça. E, é claro, para as figuras tristes e para as mensagens. Parvas."
Eduardo Sá, Nunca se perde uma paixão
Estou com estas palavras no olhar e o coração nas mãos, ainda. E batem forte cá dentro, como quem tem o meu nome impregnado do afecto que estas palavras transmitem, da verdade e dureza que a vida pode ser, quando as palavras nem amigo nem amor, fazem o desespero acordar sobressaltado como se alvorada fosse. E o som estridente do sofrimento soasse em torno do meu corpo inerte e cansado, triste e doente. Desejoso de ti e do amor que sentes e preferes calar e distanciar por força de não saberes ser feliz. A distância ajuda a que os teus olhos não sintam e o teu coração não veja. Jogaste bem não me permitiste nem mais um vislumbrar sequer do teu sorriso. A tua defesa foi e será sempre o melhor ataque. Sei como o calor das minhas mãos pode queimar a ferida que existe dentro de ti. Sei o quanto te lembram do que não viveste. Sei o quanto o meu beijo te deixa a suspirar e o quanto a chuva não assume a metáfora dos dias felizes. Sei, sinto... um tremor só de pensar.
quarta-feira, janeiro 04, 2012
O pó dos dias ...
"Somos sempre tão pequeninos diante do amor! Não que ele seja uma
tarefa desmedida. Pelo contrário. O amor é, entre todas as relações,
seguramente, a mais simples. Mas atropelam-se tantas páginas em branco
nos nossos gestos! Fomos tão ensinados a ser tão pouco transparentes,
tão pouco espontâneos e tão pouco autênticos que são as palavras que não
dizemos, quando sentimos, que nos azedam para o amor e nos trazem muitos
nunca mais.
Todos nós nos desencontramos para o amor. Porque toda a verdade num gesto
só é muito dificil. E porque somos mais vezes sabichões que sábios.
Sobretudo diante do amor. E porque pedimos desculpa poucas vezes. É
dificil termos uma experiência riquissima e complexa e sermos claros e
expeditos, sempre que a confiamos aos outros. É dificil sermos sábios e
sermos simples. E será por isso que, à medida que crescemos estamos mais habilitados para amar e mais distanciáveis do amor. A mim parece-me que, sempre que nos sentimos amados, nos tornamos todos um bocadinho egocêntricos. Quando nos sentimos o melhor do mundo para alguém compreende-se que seja assim. Mas, mais tarde ou mais cedo, as pessoas que nos amam desencontram-se do nosso crescimento e, no lugar do seu amor, deixam, sobretudo descuido e desamparo."
Já passou...foi o fim de ano mais introspectivo e inesperado de sempre... Acho que nunca me tinha emocionado tanto sozinha na vida. Comecei a aprender a andar sozinha pelos caminhos..
Começaram, mais ou menos, assim os primeiros dias do ano. Profundamente embrenhada neste livro maravilhoso. Prenda de Natal da mana, por sugestão da mãe (ena... uma prenda directa ao coração, plimmmm).
Acabei agora de o ler e apetece-me abraçar alguém. Apetece-me que o afecto voe e as pessoas se sintam amadas. Apetece-me que o pó dos dias não se acumule nas prateleiras da vida, sorrio tanto com as metáforas ternurentas do Professor Eduardo, quase que consigo ouvir a sua voz doce e meiga.
As pessoas deviam ter escrito nas agendas, calendários, iphones, etc, etc lembretes com mensagens, verdadeiras injecções de vida. Para nunca se esquecerem de cuidar e mimar as pessoas que estão na fila da frente das suas vidas. E pronto é isto, tenho dito...
Começaram, mais ou menos, assim os primeiros dias do ano. Profundamente embrenhada neste livro maravilhoso. Prenda de Natal da mana, por sugestão da mãe (ena... uma prenda directa ao coração, plimmmm).
Acabei agora de o ler e apetece-me abraçar alguém. Apetece-me que o afecto voe e as pessoas se sintam amadas. Apetece-me que o pó dos dias não se acumule nas prateleiras da vida, sorrio tanto com as metáforas ternurentas do Professor Eduardo, quase que consigo ouvir a sua voz doce e meiga.
As pessoas deviam ter escrito nas agendas, calendários, iphones, etc, etc lembretes com mensagens, verdadeiras injecções de vida. Para nunca se esquecerem de cuidar e mimar as pessoas que estão na fila da frente das suas vidas. E pronto é isto, tenho dito...
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